Andrade Gutierrez manda módulos FPSOS para construção na China. Como fica o Pólo Naval do Jacuí ?

Ao mesmo tempo em que concedeu férias coletivas de 30 dias para mil empregados e no dia seguinte, hoje, ao início das primeiras dezenas de demissões, o caso do Pólo Naval do Jacuí parece naufragar definitivamente, já que a Andrade Gutierrez, que assumiria o contrato de US#$ 700 milhões assinado com a Petrobrás, não só não assinou o acordo, como decidiu construir módeulos FPSOS para construção na China.

. O Pólo do Jacuí foi criado com pompa, circunstância e irresponsabilidade pelo atual governo estadual.

. Leia esta nota do boletim eletrônico Petronotícias de hoje:

A crise no Grupo Inepar está cada vez mais grave depois de pedir recuperação judicial de suas empresas instaladas em vários Estados. A coisa parece mais grave na Iesa Óleo e Gás, que está responsável pela montagem de módulos para os replicantes da Petrobrás. A partir de segunda-feira mais de mil funcionários, já com salários atrasados e em greve,  serão colocados em férias coletivas, sem qualquer perspectiva de receberem sequer as férias e indenizações, aumentando ainda mais a tensão na cidade de Charqueadas, no Rio Grande do Sul.

A solução encontrada pela Petrobrás foi a entrada da Andrade Gutierrez, que assumiu 75% do contrato, recebendo um valor não divulgado para retomar as obras. Mas o que seria uma solução definitiva vai acabar se transformando em mais transtorno para os empregos no país, porque a empresa, com autorização da Petrobrás, e em confronto com as normas e determinações da ANP, vai mandar 16 módulos de quatro FPSOs para serem construídos na China. A estatal, mais uma vez, passa por cima da política de conteúdo local do governo brasileiro e, ao que parece, prefere pagar as multas à Agência Nacional do Petróleo a desenvolver a indústria nacional. Como as multas só serão pagas quando a plataforma estiver entregue, o mal já estará feito e a ANP terá um embate na justiça para receber pelo desrespeito às suas determinações.