* Edivilson
Brum
Superintendente técnico da Famurs (Federação das Associações de
Municípios do Rio Grande do Sul)
Os gaúchos de
cem cidades ainda enfrentam estradas de chão batido nos acessos a outros
municípios. Inscritos no Plano de Obras Rodoviárias do DAER, os projetos de
asfaltamento têm andado a passos de tartaruga – quando não estão completamente
parados. Em muitos locais, as obras sequer foram iniciadas, o que prolonga a
angústia e os prejuízos ocasionados pela ausência de pavimentação. Os efeitos são
sentidos por toda a população. A começar pela saúde, onde são vergonhosamente
frequentes acidentes que tiram vidas ou deixam sequelas nas vítimas. Além
disso, médicos e dentistas se recusam a trabalhar em algumas comunidades, em
virtude do difícil acesso. Outra consequência é sentida na educação. As
estradas de chão dificultam o transporte escolar, além de oferecer um risco
para a segurança de nossos jovens.
Na economia,
os efeitos são ainda mais severos. Sem asfalto, as comunidades não conseguem
crescer e ainda perdem oportunidades. É o caso, por exemplo, de Benjamin
Constant do Sul, onde uma indústria de criação de aves desistiu de se instalar
pela falta de pavimentação – o que resultou em R$ 1 milhão em investimentos
perdidos. O setor primário sofre com o custo elevado da logística gerado pelas
estradas precárias: os danos aos caminhões e o tempo elevado para percorrer as
vias em más condições tornam mais caro o escoamento da produção. Com prejuízos
por tantos lados, a falta de acesso asfáltico também favorece o êxodo rural.
Jovens, agricultores e empreendedores buscam oportunidades em cidades com
infraestrutura mais robusta. Assim, acabam gerando renda e emprego em outro
lugar, quando poderiam contribuir para o crescimento de seu município de
origem.
O pesadelo da
longa espera das comunidades gaúchas precisa ter fim. O Governo do Estado deve
cumprir o que prometeu, colocando como prioridade a execução do Plano de Obras
Rodoviárias do DAER. O que há de mais concreto no asfalto das nossas estradas
são os sonhos dos cidadãos que esperam por essas obras. E, por eles, não
podemos aguardar mais.
Mas esta gente burra que vota no PT tem mais e' que morrer de fome. O PT e' contra gastos publicos porque quer todo o dinheiro para arrumarem mais cabides de emprego.
ResponderExcluirComo vai haver dinheiro se a folha de ativos e inativos "come" quase toda a arrecadação ?
ResponderExcluirAcorda RS, temos que enxugar gastos, ajustar as contas para poder crescer.
Ah, havia me esquecido, com comunistas no poder isso é impossível !
a gauchada do interior tem que pastar...
ResponderExcluirQual seria a serventia de um governo que sequer mantem a infraestrutura de um estado?
ResponderExcluirEssa situação do Rio Grande do Sul colhe como parceiro do Governo Federal,imaginem se fosse como São Paulo,Paraná e Minas que tem Governadores de oposição, o que seria então?Quando fazem eleições prometem que se for candidato alinhado ao Governo Federal tudo será uma beleza e quando assumem nada acontece.
ResponderExcluirORA! O CACHORRÃO DISSE QUE devemos andar de CARROÇAS.
ResponderExcluir