Desconto na compra de produtos industrializados
prejudicará arrecadação dos municípios com a prorrogação da medida até dezembro
Em situação de crise financeira, os municípios amargarão
outra queda de receitas com a prorrogação até o final do ano da redução do Imposto
sobre Produtos Industrializados (IPI), que começou a valer nesta terça-feira. O benefício foi concedido pelo governo federal e significará um prejuízo de R$ 108 milhões para as
prefeituras gaúchas em 2014, de acordo com estudo da Famurs.
. Ao todo, a
desoneração representa uma renúncia de R$ 1,6 bilhão até dezembro, que deixará
de ser recebido pelos 5.570 municípios brasileiros.
O presidente da Federação e prefeito de Tapejara, Seger
Menegaz, alerta sobre os prejuízos dessa medida na economia das
prefeituras gaúchas:
- A confirmação do reajuste nas alíquotas do IPI era uma
esperança que os prefeitos tinham de retomar a economia no segundo semestre.
Infelizmente, a União voltou atrás na sua promessa e decidiu estender a
isenção. Teremos grandes dificuldades para fechar as contas no final do ano. A receita do FPM chega a representar mais de 80% de todos os recursos de alguns municípios gaúchos como São Pedro das Missões (84,3%) e Lajeado do Bugre (83,5%), segundo estudo da Famurs.
- A isenção de IPI impacta nos cofres das prefeituras porque
o tributo é um dos componentes do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Junto com o Imposto de Renda, o IPI compõe o FPM, que é a principal fonte de
receita das prefeituras gaúchas. Prevista para acontecer no dia 1º de julho, a elevação
das taxas não foi ratificada pelo governo federal. A decisão de estender o IPI
reduzido foi anunciada pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, nesta
segunda-feira. Com isso, a alíquota para carros populares, que deveria
voltar a 7%, vai continuar em 3%. Para veículos com motor flex, a taxa
retornaria para 11%, mas será mantida em 9%. Já automóveis a gasolina manterão
a alíquota reduzida de 11%, ao invés de ser reajustada para 13%. Utilitários
(3%) e caminhões (0%) também mantiveram desconto, já que haveria elevação para
7% e 5%, respectivamente.
Mais um motivo de quebradeira de municípios.Fazem doações com chapéu alheio.
ResponderExcluirAfinal o editor é CONTRA ou a FAVOR de benefícios fiscais? Ou só era a favor para a Ford?
ResponderExcluirBem feito aos prefeitos, a maioria deles está do lado e apoia este governo petralha centralizador, gastador e corrupto!
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