Neste artigo de hoje no Estadão, intitulado Bom dia, Cinderela, o jornalista Fernando Gabeira informa que são cada vez mais claras as evidências de que se perdeu
muito dinheiro em Pasadena. A partir daí constrói o seguinte artigo, que o editor recomenda à leitura:
Lula, no entanto, não acredita nas evidências, mas
nas versões. Se o seu conselho é partir para a ofensiva quando se perdem quase
US$ 2 bilhões, a agressividade será redobrada quando a perda for de US$ 4
bilhões e, se for de US$ 6 bilhões, o mais sábio será chegar caindo de porrada
nos adversários antes que comecem a reclamar.
Partir para a ofensiva na Copa do Mundo? Não é melhor
deixar isso para os atacantes Neymar e Fred? Desde o ano passado ficou claro
que muitas pessoas não compartilham o otimismo do governo nem consideram
acertada a decisão de hospedar a Copa.
O governo acha que sufoca as evidências. O próximo passo
desse voluntarismo é controlar as evidências. O papel do IBGE e do Instituto de
Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), por exemplo, começa a ser deformado pelo
aparelhamento político. Pesquisas que contrariam os números de desemprego são
suspensas. E o Ipea foi trabalhar estatísticas para Nicolás Maduro, que
acredita ver Hugo Chávez transmutado em passarinho e, com essa tendência ao
realismo mágico, deve detestar os números.
Controlar as evidências, determinar as sentenças pela
escolha de ministros simpáticos à causa, tudo isso é a expressão de uma vontade
autoritária que vê a oposição como vê os números desfavoráveis: algo que deva
ser banido do mundo real. A visão de que o País seria melhor sem uma oposição,
formada por inimigos da Petrobrás e por gente que torce contra a Copa,
empobrece e envenena o debate político.
Desde o mensalão até agora o PT decidiu brigar com os
fatos.
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É o desespero batendo na porta.Já pensou isso na COPA?
ResponderExcluirQue lucidez, vinda de um político da esquerda!
ResponderExcluirGabeira e a maldição do mito morto
ResponderExcluirPor Sérgio Saraiva
Fernando Gabeira foi um ícone da minha adolescência e juventude. Ele, e não José Dirceu, era o candidato a Che Guevara verde e amarelo.
Hoje, José Dirceu ainda é o símbolo da resistência dos valores e lutas da sua geração, ainda pode erguer com legitimidade o braço esquerdo com o punho cerrado à frente de uma prisão e despertar na militância o sentimento de que há um líder a ser defendido. Gabeira, por seu lado, parece que, como outros da sua geração, tornou-se apenas mais alguém que chega à velhice com a alma curtida em ressentimentos.
É isso que deixa transparecer em seu artigo de 25/04/2014, no Estadão, "Bom dia, Cinderela".
Essa Cinderela é a Presidente Dilma Rousseff e, se Gabeira pretendia ser irônico ou mordaz com o tal título, acabou sendo apenas deselegante, senão grosseiro. Até onde eu saiba, este ainda é um caso de um homem se dirigindo a uma senhora.
“São cada vez mais claras as evidências de que se perdeu muito dinheiro em Pasadena.”
Verdade? Quais são essas evidências? O jornalista Gabeira não diz.
“Bom dia, Cinderela. O mundo mudou. Dilma e o PT não perceberam, no seu sono, que as condições são outras”.
Mudou mesmo, Gabeira? Vejamos.
No plano internacional os EEUU [Gabeira irá, no final do artigo, se referir a eles como “grandes centros tecnológicos”], pois bem, os EEUU estão em pé de guerra com a Rússia, disputando poder de influência na Europa.
No plano nacional, José Dirceu e José Genoino estão presos. Acusaram-nos de “domínio do fato”. Nos jornais, a grande imprensa denuncia um “mar de lama” e a classe-média pede uma intervenção dos militares. A presidente, durante a campanha de 2010, foi acusada de ser terrorista e a direita católica, bradando pelo reestabelecimento da moral e dos bons costumes, acusou-a de “aborteira”. Isso é os anos 60 redivivos.
Mas você tem razão, Gabeira, o mundo mudou.
Nos EEUU há um presidente negro. Tecnicamente é mulato, sua mãe era americana branca e seu pai um preto africano, do Quênia.
No Brasil, um professor da USP, um metalúrgico do ABC e uma “guerrilheira” foram democraticamente eleitos presidentes. Não era seu sonho, Gabeira? A intelectualidade, a classe operária e seus colegas de lutas da juventude assumiram o poder.
Gabeira, sei que você não confia nas estatísticas oficiais: “O papel do IBGE e do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), por exemplo, começa a ser deformado pelo aparelhamento político. Pesquisas que contrariam os números de desemprego são suspensas”.
Mas, Gabeira, para verificar in loco como o pleno emprego e a melhoria de renda está transformando a nossa sociedade, basta visitar um dos shoppings da elite paulistana. Neles, a classe média está botando a polícia para por para correr os filhos dos pobres que insistem em frequentá-los como clientes e usando roupas de grife.
Escolha sua realidade, Gabeira, o copo meio cheio ou o meio vazio, porque é aquilo mesmo que você afirma: “Sabemos que a verdade é mais nuançada.” E não uma visão rancorosa onde “tudo o que escapa, evidências, vozes dissonantes, estatísticas indesejáveis, tudo é condenado à lata de lixo da História”.
Gabeira pratica o preconceito quando se sai com pérolas destes quilates:
“E o Ipea foi trabalhar estatísticas para Nicolás Maduro, que acredita ver Hugo Chávez transmutado em passarinho e, com essa tendência ao realismo mágico, deve detestar os números.”
“Será a hora de pôr de novo em xeque a onipotente tática de eleger um poste”.
“Nem o poste nem seu inventor hoje conseguem iluminar sequer um pedaço de rua. Estão mergulhados no escuro e comandarão um exército de blogueiros amestrados para nublar as redes sociais”.
“Até nas relações exteriores o viés partidário sufocou o nacional, atrelando o País aos vizinhos, alguns com sonhos bolivarianos, e afastando-o dos grandes centros tecnológicos”.
Que pena, Gabeira, logo você que já foi vítima de tanto preconceito....
Ao anonimo das 09:95. Levantou cedo hoje para defender a sua quadrilha de comunas.
ResponderExcluirEste anônimo papagaio dos PeTralha$, das 9h52min, parece que não tem opinião própria. Fica PosTando factoides escritos por terceiros.
ResponderExcluirE é tão cretino que não assina aquilo que PosTa!