Artigo, Juliana Mynssen, médica - Hoje eu chorei de novo

CLIQUE AQUI para ler nota do Sindicato Médico do RS, no mesmo tom.

A médica carioca Juliana  Mynssen escreveu um pungente e inteligente texto no Facebook, hoje, protestando contra a fala de Dilma Roussef, dando ênfase à importação de 6 mil médicos para resolver o problema da saúde. Trata-se de outro embuste do governo, que há muito tempo vem ameaçando atrair médicos cubanos. O problema da saúde pública é de incompetência geral (má gestão). O governo sequer implementou até hoje um Plano de Cargos e Salários para os médicos do SUS, loteia entre políticos incompetentes e seus apaniguados os cargos de direção nos hospitais, permite descontrole, sujeira, ineficiência e corrupção no sistema de saúde, e faz baixa politicagem. Leia trecho selecionado a seguir. Ao final, clique no link e leia tudo:

(...) Ouvi (você, Dilmaq) dizendo que escutou "o povo democrático brasileiro". Que escutou que queremos educação, saúde e segurança de qualidades. "Qualidade"... Ela disse.
E disse que importará médicos para melhorar a saúde do Brasil.... 
Para melhorar a qualidade....?
Sra "presidenta", eu sou uma médica de qualidade. Meus pais são médicos de qualidade. Meus professores são médicos de qualidade. Meus amigos de faculdade. Meus colegas de plantão. O médico brasileiro é de qualidade.
Os seus hospitais é que não são. O seu SUS é que não tem qualidade. O seu governo é que não tem qualidade. 
O dia em que a Sra "presidenta" abrir uma ficha numa UPA, for internada num Hospital Estadual, pegar um remédio na fila do SUS e falar que isso é de qualidade, aí conversaremos. 
Não cuspa na minha cara, não pise no meu diploma. Não me culpe da sua incompetência.
Somos quase 400mil, não nos ofenda. Estou amanhã de plantão, abra uma ficha, eu te atendo. Não demora, não. Não faltam médicos, mas não garanto que tenha onde sentar. Afinal, a cadeira é prioridade dos internados.

Hoje, eu chorei de novo.

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Protestos continuaram fortes neste sábado. No RS, Santa Maria reuniu 30 mil manifestantes.

Novas manifestações marcaram e continuam marcando este sábado em todo o Brasil. No RS, os protestos de rua mais imponentes ocorreram em Santa Maria, onde 30 mil pessoas saíram às ruas para protestar contra a impunidade das autoridades e contra a corrupção. No Brasil, os episódios mais marcantes aconteceram em Belo Horizonte, com confrontos de rua (pela primeira vez a Força Nacional de Segurança entrou na briga), Rio, com acampamento na frente da casa do governador Sérgio Cabral, São Paulo (30 mil pessoas contra a PEC 37)  e São Luiz, que conseguiu reunir 5 mil pessoas. As consignas estão se refinando. 

. Manifestações surpreendentes são registradas em ocasiões surpreendentes, como na transmissão desta tarde do jogo Brasil x Itália, quando o narrador Pedro Ernesto, ao comemorar o segundo gol de Neymar, bradou empolgado:
- Foi um chutão contra a corrupção.
- Foi um chutão contra os desmandos na saúde e na educação

. A Rádio Gaúcha é do grupo RBS, que tem sido alvo de manifestações de protesto em Porto Alegre.

. Também no exterior a repercussão dos protestos no Brasil são muito grandes. Leia o que o editorialista da CNN, EUA, escreveu hoje no site da rede:

O que REALMENTE está por trás das manifestações no Brasil?

Os protestos que vêm ocorrendo no Brasil vão além do aumento de R$ 0,20 na tarifa dos transportes públicos.
O Brasil está experimentando atualmente um colapso generalizado em sua infraestrutura. Há problemas com portos, aeroportos, transporte público, saúde e educação. O Brasil não é um país pobre e as taxas impostos são extremamente altas. Os brasileiros não veem razão para uma infraestrutura tão ruim quando há tanta riqueza tão altamente taxada. Nas capitais, as pessoas perdem até quatro horas por dia no tráfego, seja em automóveis ou no transporte público lotado que é realmente de baixíssima qualidade.
O governo brasileiro tem tomado medidas remediadoras para controlar a inflação apenas mexendo nas taxas e ainda não percebeu que o paradigma precisa compreender uma aproximação mais focada na infraestrutura. Ao mesmo tempo, o governo está reproduzindo em escala menor o que a Argentina fez há algum tempo atrás: evitando austeridade e proporcionando um aumento com base em interesses da taxa Selic, o que está levando à inflação alta e baixo crescimento.

Além do problema de infraestrutura, há vários escândalos de corrupção que permanecem sem julgamento, e os casos que estão sendo julgados tendem a terminar com a absolvição dos réus. O maior escândalo de corrupção da história do Brasil finalmente terminou com a condenação dos réus e agora o governo está tentando reverter o julgamento usando de manobras através de emendas constitucionais inacreditáveis: uma, o PEC 37, que aniquilará os poderes investigativos dos promotores do ministério público, delegando a responsabilidade da investigação inteiramente à Polícia Federal. Mais, outra proposta busca submeter as decisões da Suprema Corte Brasileira ao Congresso – uma completa violação dos três poderes.

Estas são, de fato, a revolta dos brasileiros.

Os protestos não são movimentos meramente isolados, unificados ou badernas de extrema esquerda, como parte da imprensa brasileira afirma. Não é uma rebelião adolescente. É o levante da porção mais intelectualizada da sociedade que deseja pôr fim a esses problemas brasileiros. A classe média jovem, que sempre se mostrou insatisfeita com o esquecimento político, agora “despertou” – na palavra dos manifestantes.

Multidão caminha rumo ao Mineirão e Força Nacional é acionada

- De cima dos edifícios, pessoas tiram fotos da multidão em Belo Horizonte.



Pessoas tiram foto da multidão em cima do telhado. Manifestação parte para o Mineirão

Uma nova onda de protestos é esperada para chegar ao Mineirão neste sábado à tarde. Segundo dados não-oficiais da polícia militar de Belo Horizonte, mais de 125 mil pessoas caminham em direção ao estádio. A Força Nacional, inclusive, foi acionada para reforçar a segurança do duelo entre México e Japão pela Copa das Confederações.

. O número total de manifestantes ainda não foi oficializado, pois o grupo ainda está crescendo, de acordo com a polícia militar.

. A marcha deixou a Praça Sete, no centro de BH, por volta das 13h30 e segue em direção ao Mineirão. A expectativa é que o público chegue ao estádio antes do apito inicial, marcado para as 16h. A segurança é feita por mais de mil homens, entre a polícia local e a Força Nacional. 

. Ao todo, mais de 40 mil ingressos foram vendidos para a partida. México e Japão já estão eliminados do torneio e disputam apenas a terceira colocação do Grupo A depois de ambas terem sido derrotadas por Brasil e Itália nas duas rodadas inicias da Copa das Confederações.

* Clipping www.uol.com.br

Protestos que pedem fim da corrupção podem evitar "revisão de penas de mensaleiros"

As repercussões das manifestações que tomam as mas de vários Estados, tendo como uma das bandeiras o combate à corrupção, passaram a ser vistas por advogados que atuam no processo do mensalão como uma pressão em potencial ao Supremo Tribunal Federal para a manutenção das penas dos condenados.

. O jornal O Estado de S.Paulo ouviu nos últimos dois dias cinco advogados de réus do mensalão. A possibilidade de redução das penas, livrando alguns dos principais réus do regime fechado, e as chances de novo julgamento para alguns dos condenados poderiam transferir o palco dos protestos para a porta do Supremo. Internamente, ministros contrários à revisão das penas já antecipam, em conversas reservadas, que a redução das punições e o adiamento da conclusão do processo para 2014 não serão bem recebidos pela opinião pública.

.Entre os ministros, é dado como certa a possibilidade de novo julgamento para parte dos condenados, incluindo o ex-ministro cia Casa Civil José Dirceu – apontado como mentor do esquema do mensalão. Da mesma forma, vários ministros consideram que o tribunal terá de acolher parte dos recursos movidos pelos réus, o que também poderia. acarretar a redução das penas impostas no ano passado. O julgamento dos primeiros recursos dos réus está previsto para o segundo semestre, conforme anunciado pelo presidente do STF, Joaquim Barbosa.


. Advogados que recentemente despacharam com ministros do Supremo afirmam que a tendência hoje no tribunal é corrigir eventuais erros cometidos no julgamento e baixar as penas impostas a alguns réus. Conforme a defesa, o tribunal falhou ao buscar um critério para calcular as penas de forma isonômica.

Planalto teme que protestos continuem até vinda do Papa

O governo e a Igreja Católica estão preocupados com os efeitos das manifestações populares na Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que ocorre a partir de 22 de julho, no Rio, com a participação do Papa Francisco. Há um temor de que os protestos persistam até o evento, ou que sejam retomados no período. Ontem, o ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência) disse se preocupar que os episódios de violência dos últimos dias comprometam a realização da Jornada.

. A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) também demonstrou preocupação, mas espera que o governo assegure que o evento transcorra sem riscos aos participantes.

. "O governo tem a responsabilidade de garantir a realização da Jornada. É um evento mundial, com a presença do Santo Padre, e cabe ao Estado garantir segurança e tranquilidade. Mas acho que as manifestações não vão prejudicar", disse o presidente da CNBB, Dom Raymundo Damasceno, pouco antes de audiência com a presidente Dilma Rousseff". Sabemos que a violência afasta os turistas. Onde há risco, é prudente que não se vá. Mas acredito que essa não será a grande motivação da ausência de pessoas da Europa".

Sem ambiente para festa, Aécio cancela incursão pelo Nordeste

A tensão política das últimas duas semanas levou o senador Aécio Neves (PSDB) a adiar a viagem que faria a partir de amanhã para Pernambuco e Paraíba, onde iria aproveitar as festividades do São João para incursão política pelo Nordeste. Provável candidato tucano à Presidência em 2014, Aécio iria a Caruaru (PE) e a Campina Grande (PB), que disputam a condição de “maior festa de São João do país”.

. Em Pernambuco, Aécio estaria com o governador Eduardo Campos (PSB), seu potencial concorrente na corrida presidencial do próximo ano. Aécio telefonou para Campos ontem para explicar os motivos da sua desistência.

. O tucano entende que o clima político atual do país não é propício a aparições em ambientes festivos, motivo pelo qual preferiu adiar a viagem, em data a ser ainda marcada.

FHC: Nenhum partido vai ganhar com protestos

A trilha sonora na sala do apartamento do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, no final da tarde de quinta-feira, era composta por sirenes de carros e pelo barulho dos helicópteros que passavam a caminho dos protestos na avenida Paulista.

. “As passeatas vão ser grandes?”, perguntou o jornal Folha de S.Paulo. Aos 82 anos, completados na semana passada, o presidente está lançando um novo livro, sobre intelectuais que elaboraram grandes teorias sobre o país. Mas ele diz que nenhum teórico do passado poderia entender o que acontece hoje nas ruas.

. Mais que isso, acredita que os políticos não têm condições de compreender a “insatisfação genérica” nem de capitalizá-la. “Tenho dúvidas se os partidos vão ter capacidade de captar tudo isso e transformar ao menos sua mensagem”, diz.

. Para FHC um dos motivos centrais que levaram aos protestos populares das últimas semanas é um fator que ele batizou com o codinome “anti-China”. “Desde o governo Lula estamos vivendo um estilo de crescimento que é o oposto ao dos chineses. Lá fazem poupança e investem. Aqui consome-se sem investir. A rua está dizendo: não basta o consumo, quero mais.”

Este grupo de candidatas a Miss é o exemplo mais refinado de vândalos ? Elas apóiam os protestos de rua.

OPINIÃO DO LEITOR

Pode ser de esquerda light, eu concordo com tudo, mas é melhor se manifestar assim ou não?
Tem gente dizendo no facebook, que isto é de direita, que isto está fora do sentido da manifestação, eu não entendi... A foto são das candidatas a Miss Espírito Santo, conforme o jornal A Tribuna, Vitória, de sexta-feira. 

Elas tem o direito  de se manifestar. Não são vândalos. Por que só a Dilma, gays, skinheads, anarquistas, gente do PSOL, PSTU, PT, ou sindicatos e ONGS ligados a eles, podem se manifestam?

Abaixo o fascismo!
Carlos Frederico Lindenberg, Vitória, Espírito Santo.

Dilma, governos e boa parte da mídia tentam criminalizar multidões que vão às ruas por mudanças

“Dilma promete ouvir a voz das ruas e coibir arruaças”, é a manchete deste sábado da Folha de S. Paulo. As capas da maior parte dos outros jornais de São Paulo, Rio e Brasília seguem no mesmo tom.

. Em Porto Alegre, os três diários principais preferiram dar ênfase única aos trechos em que Dilma Roussef condenou as violências e as arruaças.

. Nenhum dos jornais estampou fotos da presidente na TV.

. O jornal Zero Hora foi o diário que tratou com mais estardalhaço e volume de páginas (foram 17 no total, todo o primeiro caderno) o tema da violência e das arruaças, o que se deve ao fato de ter sido alvo escolhido em duas ocasiões diferentes, esta semana, para os ataques dos grupos minoritários mais agressivos que se postaram à frente das manifestações para depredar, assaltar e vandalizar. O prédio da RBS na avenida Ipiranga chegou a ser protegido por 200 brigadianos, quatro vezes mais soldados e oficiais do que o total destacado para proteger a prefeitura.

. Uma das colunas da página 8 do jornal foi entregue à veiculação de informações sobre as sucessivas tentativas feitas nos últimos dias pelo governador Tarso Genro para assumir algum tipo de protagonismo no caso. Suas intervenções caíram totalmente no vazio.

- A ênfase às violências e depredações vem sendo a tônica do noticiário, por razões óbvias, mas a mídia e as autoridades parecem esquecer que as enormes multidões que saem para as ruas, desprezam e combatem o vandalismo, ainda não se organizaram nas redes sociais e na rua para combatê-lo (no Rio e SP, as massas chegaram a expulsar oportunistas políticos que tentaram tomar conta das ações) mas apesar disto colocaram suas consignas por mudanças imediatas no modo de governar e falar com a sociedade brasileira. A ênfase concedida por Dilma aos casos de vandalismo, seguida por outras autoridades e pela mídia, é uma tentativa de criminalizar as ações de rua, pelo menos a partir do momento em que perderam protagonismo os grupos políticos provocadores minoritários ligados ao PT, ao próprio governo Dilma, e também ao PSOL, PSTU e seus satélites sindicais e ongueiros, que soltaram também os cães de guerra alojados em bolsões fascistas de renegados e desajustados sociais. 
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