* Governo gaúcho pode perder R$ 10 milhões por desordem
administrativa
* Existem mais R$ 20 milhões para prevenção que nem foram tocados
* 70% dos prefeitos reclamam do Piratini: "Há um ano esperamos. E agora
perdem por incúria. Uma barbaridade".
O Rio Grande do Sul corre o risco de perder os R$ 10
milhões anunciados no início deste ano pelo governo federal para investimento
em obras de prevenção à estiagem. De acordo com o Ministério da Integração
Nacional, o Estado só deu entrada no processo em setembro e, agora, precisa
correr contra o tempo para garantir a assinatura do convênio até o dia 31 deste
mês, sob o risco de o aporte caducar em 2013. Diante deste impasse, 60% dos 370
municípios que decretaram situação de emergência entre novembro de 2011 e
agosto de 2012 seguem sem os recursos previstos para perfuração e equipamentos
de poços artesianos, recuperação de barragens e redes de distribuição de água.
Os outros 40% já foram atendidos com repasse de verba estadual, de pouco mais
de R$ 13 milhões.
A chefe adjunta da Casa Civil, Mari Perusso, credita a
demora à burocracia que envolve o processo e à ampla exigência de documentação.
Contudo, confia na liberação nos próximos dias. Também coordenadora da Sala de
Situação – criada há um ano para debater os efeitos da estiagem –, Mari afirma
que, com a verba federal, será possível atender a mais 135 municípios de uma
lista inicial de 279 cidades prioritárias. Cada uma deverá receber até R$ 80
mil para tirar seus projetos do papel. Com uma fatura de R$ 123,18 milhões deixada
pela seca, isso sem contar o impacto de R$ 17,1 bilhões na economia gaúcha,
Mari admite que “quanto mais se gasta na emergência, menor será o investimento
posterior”. Com a chuva marcando os primeiros dias do verão gaúcho, ela
acredita que a estiagem não deve devastar novamente a produção. “O governo
trabalhou em ações emergenciais e estruturantes. Mesmo com seca, nossa condição
de enfrentamento hoje é muito maior.”
Outra pedra no sapato do governo é o prazo para a
utilização de R$ 10 milhões destinados exclusivamente para ações humanitárias
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* Clipping Correio do Povo, by Cleidi Pereira.