Adriana Rojas, diretoria do Sindicato Médico do RS
A demissão dos médicos que atendem 18 postos da Estratégia de Saúde de Porto Alegre
tem alguma coisa a ver com a vinda de médicos cubanos?
Há pelo menos três anos o Ministério Público vem
pressionando a prefeitura para acabar com as terceirizações. É o caso. Por isto
a prefeitura criou o Imesf.
Quantos postos tem Porto Alegre?
Em números grosseiros, são 100: 18% eram atendidos pelo Instituto de
Cardiologia, onde ocorreram as demissões; 30% não possuem médicos e 50% são do
Imesf. Cada um deles atende 4 mil pessoas. No total, portanto, são 400 mil
porto-alegrenses.
Numa hipótese absurda de substituição de médicos nos
postos da ESF, quem mais perderia?
O próprio sistema ruiria, porque a base dele é o
conhecimento que os profissionais adquirem ao longo de 2 a 3 anos,
identificando o modo como as próprias doenças ocorrem no âmbito das famílias. Além disto, se o programa “Mais Médicos” visa levar médicos para locais onde
não existem esses profissionais, como justificar demissões?
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