Fábio Pannunzio dá adeus aos fascistas mascarados

Eles querem um retorno aos tempos de Brucutu. Os Black Bloc se organizaram em 23 Estados para implementar o levante popular: clique aqui para ler reportagem de hoje do Estadão. 

Neste material disponibilizado pelo editor, o jornalista Fábio Pannunzio conta que foi destacado para cobrir a manifestação convocada pela página Black Bloc do Facebook. Estive com os manifestantes desde as cinco horas da tarde, quando eles começaram a se concentrar em frente à Prefeitura de São Paulo. Leia o que ele viu e como analisa tudo o que acontece:

Acompanhei todo o trajeto da marcha até a Avenida Paulista. Vi quando um policial agrediu, sem nenhum motivo e de forma covarde, pelas costas, uma manifestante que subia a Brigadeiro Luís Antônio.

Percebi que alguma coisa mudou radicalmente desde o início da safra de protestos. Quando saiu do Centro, a manifestação tinha cerca de 500 participantes. Quando chegou à Paulista, tinha os mesmos 500.

Mas ninguém aderia.

Mais uma vez, houve muitas hostilidades contra jornalistas e técnicos das empresas de comunicação. A primeira vítima da ira dos arruaceiros foi o motociclista da equipe de moto-link da Band. Ele foi empurrado e derrubado. Ameaçaram linchá-lo e depredar seu equipamento. Isso só não aconteceu porque um grupo de manifestantes contrários à prática da violência (contra pessoas) interveio.Logo adiante, eu mesmo acabei me transformando em alvo da ira daquela turba. Um grupo me cercou, tentou tomar meu microfone e passou a me atacar fisicamente. Deram cotoveladas, caneladas e chutaram meu joelho. É horrível ser cercado por uma alcateia raivosa, que baba de ódio de tudo e te enxerga como inimigo a ser eliminado.
Senti-me ultrajado com a intimidação. Não é possível que um jornalista não possa exercer seu ofício em plena rua de um País livre e democrático. Resolvi resistir ao expurgo, finquei pé e enfrentei os arruaceiros. O clima ficou péssimo. E só não foi pior porque, mais uma vez, alguns anjos-da-guarda mascarados vieram em meu socorro. Agradeço imensamente sua intervenção. Mas ela só aconteceu depois que os vândalos já haviam danificado o microfone, impossibilitando a continuação do meu trabalho.

Sabe o que parece? A Ku Klux Klan vestida de preto. É isso que parece: a KKK pós-moderna – um grupamento fascista e antidemocrático que não tem nenhuma proposta construtiva. Destruir é a palavra-chave. Destruir os governos, as instituições, o capitalismo, a liberdade de imprensa. Para por o que no lugar? Eles não sabem. Só querem destruir. Pois bem. Entendi, finalmente, que nós, jornalistas, não somos bem-vindos à República dos Mascarados. Nela, não vigora a nossa Constituição. Não existem as salvaguardas do Artigo Quinto. A liberdade é tão escassa quanto os negros e pardos.

8 comentários:

  1. E é bom que os jornalistas continuem a defender esta corja, já que a policia não presta, a classe média suga o povo, enfim sempre eles tem razão,
    Ainda bem, que pelo menos um abriu os. olhos

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  2. Labora em equívoco o jornalista. Lembram as SA, de Ernst Rohm, e a Guarda Vermelha, do Camarada Mao.

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  3. A classe média suga o povo? E quem vocês acham que sustenta essa porcaria de país?

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  4. A mesma imprensa que aguçou e atissou os movimentos agora sofre um viez.

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  5. A globo dá a maior cobertura a estes terroristas. É isto que eles querem.
    Já a manifestação contra o Foro de São Paulo...
    Salvo raras exceções, não assisto a globo desde meados de 1980. Não dá informações muito confiáveis.

    mjosé

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  6. Essa corja é apoiada pelo governo!!
    Bando de cu de cacahorros!!!

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  7. Quando o filósofo Olavo de Carvalho, numa entrevista da TVE do RS, cobrou dos jornalistas uma atitude contra essa indigência cultural, intelectual, moral e espiritual, eles ( os jornalistas) não gostaram!

    O Olavo de Carvalho, como é uma pessoa mais inteligente, acordou mais cedo para a realidade, já o Fábio Pannunzio, que tem, salvo engano de minha parte, um pé no esquerdismo, só agora - quando sentiu que a sua vidae estave por um fio - começou a acordar! Antes tarde do que nunca... né, Fábio Pannunzio?

    Almirante Kirk

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  8. Políbio,

    Ainda teve uma crise de "Sindrome de Estocolmo" por ter sido salvo, dos bandidos "mais perversos", pelos bandidos "menos perversos".

    JulioK

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