Miriam Leitão diz que governo e centrais sindicais provaram que não têm mais o controle das ruas. A greve das centrais sindicais foi apenas um feriado forçado.

* Os ruídos da resposta
Míriam Leitão, O Globo

A ideia inicial do governo era, no Dia Nacional de Lutas, mostrar que ainda tem controle sobre as ruas, através das centrais sindicais que, direta ou indiretamente, estão ligadas a ele. Mas o balanço é melancólico. Houve confusão, mas não adesão popular. Não foi uma demonstração de força do trabalhismo oficial, e vários lemas foram até hostis ao governo. O governo pensou que estrelas seriam lustradas, bandeiras, sacudidas, e o PT e os partidos da coalizão governamental exibiriam controle majoritário no movimento social organizado. Mas foi uma manifestação bem mais vazia do que imaginaram, e os interesses defendidos foram diversificados.

(...)

As próprias centrais sindicais, mesmo todas juntas, como CUT, CGT, Força Sindical, entre outras menos votadas e representativas, mostraram que não conseguiram fazer sombra à força da participação espontânea, quando ela irrompeu em junho.

O movimento, quando aconteceu, deixou as centrais confusas. Achavam que tinham o monopólio de levar manifestantes para as ruas e foram surpreendidas. O movimento de ontem foi convocado para mostrar que elas ainda sabem como encher avenidas com seus seguidores. O que mais impressionou no Dia Nacional de Lutas foi o uso abusivo do que é cada vez mais comum nos últimos tempos: bloqueio de rodovia como ato de protesto. Isso, seja qual for o motivo da reivindicação, cria uma série de problemas para o país, limita o direito de ir e vir, afeta o escoamento do abastecimento de produtos, que é majoritariamente rodoviário. E, como se viu ontem, virou a forma mais comum de protesto.

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O Dia Nacional de Lutas acabou sendo um mosaico de reivindicações — algumas justas, outras inviáveis, algumas corporativas, outras ideológicas — mas não foi demonstração de força do governo sobre o movimento social organizado. Não foi sequer demonstração de força das centrais sindicais sobre os trabalhadores.

Houve adesão, o dia esteve longe de ser normal, trabalhadores foram para as ruas, muitas categorias se manifestaram, mas a mobilização esteve abaixo do que os próprios sindicatos tinham imaginado. Enquanto isso, o governo continua enrolado na sua incapacidade de dar uma resposta à insatisfação que espontaneamente apareceu nas ruas de junho.

CLIQUE AQUI para ler a íntegra.

11 comentários:

  1. Os botocudos das centrais sindicais
    parando o estado através de bloqueio de rodovias, acharam que com esta atitude antidemocrática atingiram seus objetivos.
    Vão catar coquinhos idiotas.

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  2. O maior atentado ao país que estas mobilizações provocam é a suspensão do direito de livre circulação, assegurado pela lei maior do país, a Constituição.

    Ontem, mais uma vez, o Estado de Direito levou uma bofetada, com a cumplicidade das forças policiais.

    Fizeram, da Constituição, letra morta ... mais uma vez !

    Não respeito e tenho profundo desprezo por quem, em nome do exercício de um direito, me impede também de exercer o meu direito.

    Isso já é ditadura da mediocridade, tão valorizada nesta republiqueta bananeira sindicalista !

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  3. Disse o óbvio, o que todo mundo está escrevendo nas redes sociais.Greve Chapa Branca não engana ninguém.

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  4. Mais um tiro no pé... pelegada, vocês não me representam...

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  5. Quem te viu e lembra das tuas falas de esquerda não te compra, essa leitão tem muito que acertar na virada.



    Eduardo Menezes

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  6. Ontem foi o dia dos bolivarianos de vermelho...

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  7. FORA DILMA! FORA PT! Vocês não nos enganam mais.

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  8. Greve dá certo quando os onibus param. E em Porto Alegre eles pararam. Tomem.

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  9. Os PaTifes estão se comendo uns aos outros. É tanto radicalismo nestes comunistas que perderam o limite de tudo. Estamos nos tornando um País mandado por sindicalistas e isso é o inicio da implantação da baderna, do marxismo radical e terrorista. Primeiro vamos deixar eles se destruirem, depois reagimos e os colocaremos na clandestinidade.Uma coisa das mais absurdas é sermos mandados por gente retrógrada e intelectualmente inferior.

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