Título original: A mediocridade satisfeita, by Alexandre Schwartsman
O comportamento do mercado de trabalho, salários e preços
aponta uma conclusão desanimadora. O crescimento brasileiro acelerou visivelmente entre 2003
e 2010, atingindo uma velocidade média de 4% ao ano, ante 2,5% ao ano nos oito
anos anteriores.Voltamos, porém, a patinar em 2011 e 2012, crescendo a
menos de 2% ao ano. Mesmo que observemos a aceleração esperada para este ano (3%) e para o
próximo (3,5%), estaremos de volta ao patamar anterior. Trata-se de
desaceleração cíclica ou de reflexo de um problema mais profundo?
Não resta dúvida acerca do diagnóstico do governo.
Na sua visão, a piora do desempenho é tratada como
questão cíclica, provavelmente causada pela crise internacional, assim como
pela menor disponibilidade de crédito, um mini "replay" da crise de
2009, que mereceria, portanto, o mesmo tipo de resposta: juros mais baixos,
aumento da disponibilidade de crédito por meio dos bancos públicos e, por fim,
uma política fiscal mais frouxa, expressa na redução ("anticíclica")
do superavit primário.
Há apenas um problema com esse diagnóstico: não encontra
o menor amparo na realidade.
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Não é possível continuar com o desemprego baixo np Brasil. Basta ver o ajuste virtuoso da Grécia. Em pouco tempo, provavelmente no segundo semestre, a Grécia, Espanha e Itália vão estar crescendo a uma taxa de 7,65% ao ano. Isso foi previsto cientificamente por pesquisadores departamento de economia de Berkley (ver referência International Journal of Modern Economics B, vol 65, 457-489 (2009)).
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