* Clipping jornal Valor,
conforme material disponibilizado no Google
A estratégia utilizada é desestimular seu anunciado
interesse em retornar ao partido, colocando em dúvida se haveria a
possibilidade de ele ser novamente aceito. Isso porque, na condição de
ex-parlamentar, sua ficha de filiação precisa ser abonada pela Executiva
nacional do PDT, que, por sua vez, não dá nenhum sinal de que seu retorno seria
fácil. Procurado, Araújo não retornou ao pedido de entrevista."Não sei se ele seria aceito. Isso precisaria passar
pelo comando do partido. Foi uma regra colocada no estatuto pelo (ex-presidente
do PDT) Leonel Brizola justamente para evitar aventureiros", disse ontem
ao Valor PRO, serviço em tempo real do Valor, o líder do PDT na
Câmara e presidente nacional em exercício do PDT, André Figueiredo (CE). O
parlamentar questiona a viabilidade de Araújo voltar ao PDT. "Ele tenta se
intrometer em uma seara que não é dele. Saiu do PDT rompido com Leonel Brizola.
Não cabe a ele essa discussão sobre o partido", disse.
. A revolta decorre das declarações mais recentes de
Araújo, que disse que o PDT se afastou do trabalhismo. "Justamente por
estar falando um absurdo desses que ele não tem qualquer respaldo do partido.
Uma pessoa que abandonou o partido quando seu maior líder, Leonel Brizola,
ainda estava vivo, não tem respaldo para falar isso."Segundo Figueiredo, Araújo também fez declarações de que
o PDT precisava de vários "brizolinhas" no seu comando, uma clara
alusão a disputa interna entre Lupi e Brizola Neto, cujos grupos devem se
enfrentar na convenção nacional do dia 22 de março. "O partido não é uma
capitania hereditária. Não é por ter um sobrenome que legitima alguém dentro do
PDT."
, O deputado é muito ligado ao ex-ministro do Trabalho
Carlos Lupi, demitido do cargo por Dilma após denúncias de irregularidades. O
gesto também teve um forte viés político: tratou-se de uma clara tentativa de
fazer do ministro que o sucedeu, Brizola Neto, obter o controle do partido.
Algo cada vez mais difícil.
Anteontem, em reunião da Executiva Nacional, Brizola Neto
tentou um acordo com o grupo majoritário do partido, comandado por Lupi.
Aliados de Brizola asseguraram apoio à recondução de Lupi à presidência do
partido em troca de uma moção de apoio à permanência do ministro na Pasta.
Desde que assumiu, o partido não o reconhece como ministro indicado pelo PDT.
. A avaliação é de que ele foi nomeado por Dilma apenas
para enfraquecer Lupi internamente. Além disso, sobram críticas à sua gestão: a
Pasta foi mais esvaziada do que já era (perdeu, por exemplo, a gestão do
Pronatec para a Educação) e anunciou em rede nacional um plano de
intenções contra a criação de sindicatos apenas para marcar posição em relação
ao antecessor, o próprio Lupi. "Eu disse a ele que o respeito que ele tem
no partido é por ter sido presidente da Juventude do PDT, não por ser
ministro", disse Figueiredo (CE). Aliados de Lupi rejeitaram o acordo. Agora, se quiser
obter o controle do partido, Brizola Neto tem até o dia 18 para registrar sua
chapa. Para tanto, precisa ter o apoio de pelo menos 30% dos 420 delegados que
votarão na convenção nacional.Com isso, a iminente recondução de Lupi deve implicar na
ampliação do isolamento de Brizola no partido e no tensionamento da relação do
PDT com o Palácio do Planalto, a não ser que ele seja substituído em uma
eventual reforma ministerial.
- Se isso não ocorrer, a legenda se sente aberta a apoiar
outras candidaturas. Há conversas abertas com os presidenciáveis Aécio neves
(PSDB) e Eduardo Campos (PSB). Mas Figueiredo garante que a primeira opção é a
candidatura própria. "Nossa primeira opção, se não apoiarmos a reeleição,
é pela candidatura própria, com o senador Cristovam Buarque (DF), por
exemplo."
Um partido que une-se a Carlos Lupi e fantastico!
ResponderExcluirViera da Cunha vai ser eterno Dep desse jeito. Se é que vai ser reeleito.
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