. Do lado das fraquezas pode se apontar a demora que
Michael Dell teve em perceber ou pelo menos reagir às mudanças que seus
concorrentes HP e Lenovo imprimiram às suas operações reduzindo ou eliminando
as vantagens do outrora inovador e eficiente “Delta Way” de atender o mercado.
Adicionalmente, tendo reinado na era dos PC’s, não reagiu adequadamente à
mudança no comportamento dos consumidores em direção aos notebooks, tablets e
smartphones, um território no qual Apple e Samsung avançaram com tudo.
Esta lentidão tende a ser natural nas empresas de
sucesso, pois mexer num modelo que está dando certo requer, acima de tudo, um
grau de ousadia que será visto quase como loucura. É aquela errada percepção de
que em time que está ganhando não se mexe. Mexe sim, pergunte à Dana, IBM,
Nestlé, Bernardinho e não pergunte à Matarazzo, Varig ou Kodak, porque já não é
possível.
. Ainda nas deficiências, é hoje visível que quando Michael
Dell voltou ao comando executivo da empresa em 2007, faltou determinismo
estratégico e clareza, coesão e alinhamento da estrutura organizacional e da
equipe executiva para implantar o que era necessário, resultando numa enorme
perda de valor de mercado.
Mas, os ensinamentos positivos deste fechamento de
capital são muito mais significativos.
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Análise interessante, mas é 'Dell Way'.
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