Base domesticada do governo Tarso patrola oposição na votação do Pacotarso III. Projeto mais polêmico já saiu.

O governo gaúcho do PT vai tirando a fórceps os 37 projetos que enviou em regime de urgência para a Assembléia. Os governistas não admitiram sequer debates nas Comissões Técnicas.

. Trata-se do Pacotarso III.

. O projeto mais polêmico foi aprovado no primeiro dia de esforço concentrado (a Assembléia entrará em recesso nesta quinta-feira). Ele determina o aumento de 28,98% para os professores estaduais,  dividido em três parcelas: 6,5% em novembro de 2013, 6,5% em maio de 2014 e 13,72% em novembro de 2014. Os professores queriam parcela única, lotaram as galerias, ofenderam gravemente os deputados do PT, PCdoB, PDT, PSB e PTB – a base aliada – chamando-os de “vendidos” e “traidores”, portanto invertendo a mão do que fizeram durante todo o governo anterior de Yeda Crusius. Nesta troca de papéis, os deputados do PSDB, PMDB, DEM, PP e PPS retiraram-se ovacionados do plenário, para não dar quórum, mas o projeto acabou aprovado por 26 x 1.

- As sessões da Assembléia estão cada vez mais interessantes, porque finalmente a oposição (23 deputados) resolveu enfrentar o rolo compressor da base aliada (32 deputados). Na sessão desta quarta-feira, no caso dos professores, o governo perdeu o apoio dos deputados Cassiá Carpes , PTB, e Carlos Gomes, PR, que se rebelaram em plenário. O clima exaltado colocou em confronto os deputados Jorge Pozzobom, PSDB, e Raul Carrion, PCdoB, que só não trocaram socos em plenário porque foram contidos por colegas. Pozzobom foi tirar satisfações do comunista.