O governador paulista Geraldo Alckmin recusou a antecipação da renovação de
concessões para a Cesp, que equivale à CEEE de São Paulo, argumentando que as
exigências do governo federal quebrariam a estatal de energia elétrica. Ao
aderir ao acordo proposto, as tarifas da energia fornecida pela Cesp poderiam
cair 20%. A medida provisória 579, que prevê a renovação das concessões de
energia elétrica por vencer com redução nas receitas, provocou a ira de
acionistas privados, contrariou governadores e derrubou a cotação das ações,
produzindo insegurança entre investidores estrangeiros e brasileiros, que alegam
quebra de contratos.
No RS, por ordem do governador Tarso Genro, a CEEE
aderiu ao diktakt do governo Dilma Rousseff. A CEEE terá uma perda de 60% das
receitas com os segmentos de geração e transmissão, o que jogará seus lucros ao
chão, segundo admite a companhia, que aderiu ao plano na quarta-feira.Os
empreendimentos de transmissão da companhia gaúcha receberão uma compensação de
R$ 661,08 milhões, enquanto que, para os complexos de geração (12
hidrelétricas), não estão previstas indenizações. No total, as usinas do Grupo
CEEE que estão relacionadas no processo de renovação das concessões somam cerca
de 420 MW (em torno de 11% da demanda média de energia do Rio Grande do
Sul).
. Sem a Cesp, a presidente Dilma não atinge a meta do
plano.
. As ações da Cesp subiram 8,9% nesta segunda-feira. Já as da
Eletrobras caíram quase à metade desde que concordou com a adesão. Em Nota
Técnica feita pela Eletrobras, na qual propõe aceitar a prorrogação das
concessões, a companhia admite uma perda de receita anual de R$ 8,7 bilhões, 70%
da receita total nos próximos 30 anos..
- O objetivo do governo federal
com a renovação das concessões de várias empresas de geração e transmissão de
energia é, através de uma menor remuneração dos ativos, reduzir as tarifas a
partir do próximo ano, de 16,2% a 28%, para consumidores residenciais e
industriais, algo previsto na Medida Provisória 579.
CLIQUE AQUI para
entender melhor todo este caso provocado pela MP 579, inclusive os efeitos sobre
as companhias e os ganhos para os consumidores.
CLIQUE AQUI para ler a
íntegra do debate promovido pelo jornal Valor na sua edição de sábado, colocando
de um lado Maurício Tomalsquin, presidente da Empresa de Pesquisas Energéticas,
homem forte de Dilma Rousseff, na área, e de outro lado Elena Landau, que foi
diretora de Desestatização do BNDES ao tempo das privatizações do governo FHC. O
debate é exatamente sobre o assunto deste material desta página.
Se o irmão do Rigotto não tivesse feito o que fez com a CEEE, talvez ela hoje estivesse em melhores situação. Energia limpa e caríssima a brasileira!
ResponderExcluirO PSDB de SP vai carregar o fardo pelo povo e empresas do Brasil e SP não pagar menos por energia elétrica.
ResponderExcluirCertamente, não vão esquecer disso nas eleições presidenciais e para Governador em SP.
O Governo Federal deveria editar um MP reduzindo o preço da energia elétrica nos 20% prometidos, exceto para os Estados de SP, PR e MG, únicos estados da Federação que não aderiram a redução da energia elétrica para os consumidores.
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