Sem vergonha

* O trecho a seguir é de artigo do jurista, ex-deputado, ex-senador e ex-ministro Paulo Brossard. Foi publicado no jornal Zero Hora desta segunda-feira. O texto integral está no link. 

 Em reunião do seu partido, desnecessário dizer tratava-se do PT, realizada em Sapiranga/RS, referiu-se à Justiça Eleitoral em termos simplesmente inacreditáveis, como o seriam se não tivessem sido gravados e reproduzidos pela radiodifusão, sem qualquer ressalva, e, ao contrário, confirmado pelo próprio protagonista; as palavras são poucas, mas nem precisavam ser mais numerosas para estarrecer a gregos e troianos. Com estas palavras o presidente do mencionado Partido se referiu aos juízes da Corte Eleitoral - "Nós não controlamos esse bando de sem-vergonha que compõe o Tribunal Eleitoral". Procurado por jornalistas acusou-os de estar "praticando um jornalismo marrom e vagabundo" e, no dia seguinte, adiantou que "a gravação não tinha sido autorizada"... desse modo confirmou a declaração insultuosa, afinal o "bando de sem vergonha" eram os juízes do TRE do Rio Grande do Sul! Esta a linguagem do parlamentar e presidente de um Partido de inexcedível agressividade frontalmente endereçada a um Tribunal, cujas decisões podem ser objeto de recursos legais e de críticas explícitas à sua sabedoria, mas jamais como "um bando de sem-vergonha que compõe o Tribunal Eleitoral".

Nunca imaginei que seria juiz do TSE e até seu presidente, ao tempo em que advoguei da primeira à derradeira instância da Justiça Eleitoral, mas posso dizer que nunca, jamais, nem quando advogado, nem quando presidente vi coisa igual nem parecida como essa agressão covarde, que causou tristeza e mal estar a quantos se esforçaram por ver praticada e respeitada a maior reforma política já realizada no Brasil, com a adoção da Justiça Eleitoral e do voto secreto, que lhe deu sentido.

Aliás, embora desnecessário, mas apenas a título ilustrativo, lembro que ideias estapafúrdias surgem aqui e ali quando se trata de reformas institucionais, mas nunca alguma que extinguisse a justiça eleitoral ou alterasse sua estrutura.

CLIQUE AQUI para ler a íntegra do artigo.
CLIQUE na foto acima para ver melhor. Trata-se do deputado Raul Pont, presidente do PT do RS, personagem central do artigo de Brossard. 

14 comentários:

  1. Muito menos uma idéia de que o PT seria quem manda nos tribunais e legislativos do país! E este individuo ainda é o presidente do partido e não foi nem reclamado por seus pares as suas várias desqualificações morais de sua carreira delinquente.

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  2. Mas e bom ouvir isto dito pelo PT.. eles sempre estam de tanque cheio sempre vam longe e não acontece nada.
    pode c falar 10 verdade eles com uma mentira derubam tudo..

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  3. Quando esse mesmo cidadão me ofendeu, teve que retratar-se, em juízo. Estou esperando que algum(ns) magistrado(s) da Justiça Eleitoral o interpele, não obstante a imunidade parlamentar de que ele goza (!), graças a eleitores equivocados.

    Dagoberto Lima Godoy

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  4. Tem que ter um petista macho para cagar na cabeça desta direita com saudade das torturas e dos assassinatos dos criminosos de 64.

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  5. Raul Pont além de desprezar a democracia, o estado de direito, as instituições e até os seres humanos que nelas trabalham é arrogante.

    Poderia ter tido um pingo de humildade, "me excedi, me exaltei, peço desculpas pelas minhas palavras".

    Ao melhor estilo dos reis babilônicos preferiu despejar sua ira no "mensageiro" da sua grosseria, a imprensa.

    E segundo o que me consta, foi alguém do PT que filmou e vazou seu ataque histérico.

    E o TRE, ou suas associações de classe, não vão tomar nenhuma medida legal contra o jurássico deputado comunista? Creio que este seu xilique não está protegido pela imunidade parlamentar.

    Fernando Martins

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  6. Aqui se faz, aqui se paga. Este senhor cresceu politicamente sempre as custas de denúncias e inverdades ditas dos outros. Agora chegou a hora dele ser a vidraça.
    Este Raul pensa e age como o Ditador Raul Castro de Cuba.

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  7. A algumas semanas atrás reli o livro do Fernando Morais sobre o Assis Chateubriand (Chatô, o rei do Brasil). A ética do "chatô" era deploravel, porém construiu um império e elegeu presidentes e governadores. Outros jornalistas com a mesma ética nos dias atuais sequer tem bens a serem penhorados e muito menos tem capacidade de modificar uma eleição (nem de sindíco). Este tipo de jornalista sem ética é uma praga que assola esta nação, porém, com base no livro, concluo que Chatô era um gênio e os seguidores atuais da sua ética são totalmente desprovidos de inteligência e precisam mendigar patrocinios para seus blogs (e torcer que seus amigos estejam no poder para ter uma boquinha). Uma pena que nosso jornalismo tenha virado isso.

    Obs1. Polibio, pq não registrou BO de ameaça contra o italiano???
    obs2.pelo que escreveram nos comentários do teu blog, certamente ele pode te processar por calúnia e difamação. Acho que vc precisa moderar melhor os comentaristas. Alguns passam dos limites.

    Um grande abraço.

    Edu de PF.

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  8. Políbio,

    Para esse celerado das 18:34, devemos informar que eles não precisam defecar, pois é a matéria que constitui seus cérebros, por isso só no ato de tentar pensar já causa um odor insuportável.Vá dizer bobagens no blog desse retardado mental, presidente dessa seita de doentes, vadios e filhos de pais desconhecidos.

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  9. Todo petista quer agir à margem da lei.É um perigo isto. Inclusive contrariá-los.
    Vejam o que aconteceu com o Celso Daniel, por exemplo.

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  10. Mas este remindo é um retardado mesmo !

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  11. A Constituição garante a livre manifestação de pensamento.

    Mas não garante a Controladoria-Geral do pensamento.

    Pelo andar da carruagem, em breve, além de controlarem o T.R.E., vão controlar seu pensamento também !

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  12. Esse tal de Remindo das 18:34 tem titica de galinha na cabeça, pois se que saber, eu era mais feliz na ditadura, pois podia sair da MINHA casa e caminhar pelas ruas da cidade sem ser agredido e nem tinha esse bando de mensaleiros para sustentar. Vá se tratar 'cumpanheiro'!!!!

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  13. Ao falarem em Raul Pont me faz lembrar o escândalo Adubo Papel.

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  14. Se os que ele se referiu não o processarem então ele tem razão, ou não?

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