Governo insiste com pacotes de efeitos limitados

Vem aí um novo pacote para estimular a economia. Embora o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, tenha adiantado alguns pontos nesta terça-feira, o desenho completo do conjunto de medidas sairá nesta quarta-feira pela boca da presidente Dilma Rouseff.

. O governo parece alarmado com a falta de reação a todas as medidas de reaquecimento implementadas até agora.

. São todas medidas pontuais.

. O governo vacila sobre a questão principal, que é de natureza distinta da “marolinha” de 2008 e por isto exige uma abordagem que implique também em melhorar a qualidade dos gastos do próprio governo, reformar suas estruturas administrativas, modernizar a economia para torná-la mais competitiva e reforçar o setor exportador.

. O mercado prossegue descrente em relação a qualquer tipo de reação relevante para 2012, tanto que já reestimou as taxas de crescimento do PIB para pouco mais de 2%, com viés de queda.

. Nesta quarta, o conjunto de medidas terá como fator principal o apoio a medidas generalizadas para alavancar a economia. Um dos itens principais será o reforço e a aceleração das compras governamentais.

. O problema central da retração econômica é o alto nível de inadimplência. Nesta terça-feira, o chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Tulio Maciel, avisou que o atraso nos pagamentos das pessoas físicas é de 8%, o maior desde maio de 2009.
 
. A inadimplência é maior na área do crédito para veículos.

. O governo tem agido para estimular a oferta de empréstimos e financiamentos, mas a inadimplência impede melhorias.