Novos grampos da Polícia Federal comprometem mais ainda Protógenes Queiroz

- O jornalista Rosa Costa, do Estadão, voltou a revelar diálogos comprometedores entre a equipe de Carlinhos Cachoeira e o delegado e deputado Protógenes Queiroz, PCdoB, autor do requerimento da CPI da Corrupção. O delegado queria investigar justamente Cachoeira, segundo disse ao protocolar o pedido. A CPI sairá e será mista. Protógenes é da base aliada do governo do PT e até ser descoberto foi o principal acusador de Demóstenes Torres. 

Apesar da tentativa do deputado Protógenes Queiroz (PC do B-SP) de esconder sua proximidade com Idalberto Matias de Araújo, o Dadá, pelo menos duas interceptações telefônicas feitas pela Polícia Federal na Operação Monte Carlo mostram que da parte do operador do contraventor Carlinhos Cachoeira, a situação era outra. Dadá não apenas fala de sua amizade por Protógenes, como também que chegou a se indispor com o então delegado da PF, Daniel Lorenz, para defender o amigo.

No grampo de mais de 5 minutos, no dia 20 de dezembro de 2011, Dadá conversa com o policial civil Ventura, da Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, sobre a nomeação de Lorenz para comandar o órgão. O faz-tudo de Cachoeira diz que Lorenz “é um cara bom”, mas acrescenta: “Meu problema com ele é que ele queria que eu botasse o Protógenes na mão dele e esse negócio é o seguinte, cara, você vai para vala com os amigos, né”. Dadá e Cachoeira estão presos desde fevereiro, acusados de integrar esquema de exploração de jogo ilegal.

Em outra conversa de 6 minutos, grampeada no dia 14 de janeiro do ano passado, Dadá conta para um determinado Serjão que tentou arrumar emprego no gabinete do deputado Protógenes para uma ex-secretária do deputado Laerte Bessa (PMDB-DF), derrotado nas eleições. No meio da conversa ele diz: “…Aí eu liguei para o Protógenes, eu sou muito amigo do Protógenes, ele está na Bahia, na Bahia. Falei: ‘Protógenes em seu gabinete como é que tá?’ Ele disse: ‘Tá fechado, não tem jeito de botar mais ninguém’”. Mais na frente, o diálogo grampeado chama a atenção por ser um dos poucos em que Dadá fala o nome completo de Cláudio Monteiro, chefe de gabinete do governador Agnelo Queiroz, que deixou o cargo na última terça-feira para se defender da acusação de receber propina para favorecer empresas de limpeza urbana. 

Um comentário:

  1. Tenham a santa paciencia esse jogo de disque me disque não cola aqui e nem na China. Quero ver gravaçoes do Protogenes conversando pessoalmente com alguem do jogo do bicho, tipo o Senador DEMOstenes com o Carlinhos Cachoeira. Na CPMI vamos ver se isso é verdadeiro. Lembrando que alguns jornalistas vão ser chamados para depor na CPI.

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