Em tempos de intolerância religiosa explícita, travestida de pretensa defesa da laicidade do Estado, muito oportuna a lembrança da presença judaica no Brasil, a profunda ligação destes com nosso país e a histórica tolerância que trouxe para cá, além dos judeus e gente de todas as etnias e credos. Assim se construiu, com erros e acertos, o Brasil, um país cristão, com símbolos cristãos espalhados por toda a parte, mas que ao longo de sua história soube estabelecer uma relação não excludente com todos os que o adotaram como nova pátria.
O artigo lembra bem a trajetória judaica em terras brasileiras, desde a época do descobrimento, quando de cada dez portugueses que aqui chegavam, oito eram de origem judaica, o que faz com que hoje cerca de um décimo da população brasileira atual tem ascendência judaica direta – dentre os quais eu me incluo, como descendente, pela linha materna, de judeus ashkenazim da Polônia.
Lembra também o período holandês, onde era permitida a prática aberta da religião judaica, com a fundação da primeira sinagoga das Américas, a Kahal Kadosh Zur Israel, em Recife; a chegada dos imigrantes da Europa Oriental, fugindo dos brutais pogroms, no começo do século XX, e que, no Rio Grande do Sul fundaram as colônias de Phillipson e Quatro Irmãos; os fugitivos da perseguição nazista, na década de trinta e a última leva, depois da partilha da Palestina pela ONU, no final dos anos quarenta.
A história da imigração judaica no Brasil, bem lembrou o Presidente da FIRS, demonstra a vocação democrática, de acolhimento à diversidade étnica, cultural e religiosa que fez do nosso país a pátria de tantas pátrias. Uma herança abençoada, que nem a mais tresloucada decisão dos “doutores da lei” - um Conselho de Magistrados que, não conseguindo nem resolver as dissenções internas do seu próprio Tribunal, quer ter a pretensão de impor à sociedade uma estapafúrdia leitura constitucional - será capaz de destruir.
Viva meu Pai Ogum!
ResponderExcluirO Brasil não é cristão faz tempo. Os católicos praticantes, aliás, poderiam ser considerados uma "minoria". Não faz sentido mesmo uma religião de tão poucos e para tão poucos ter representação nos espaços públicos. Daqui a pouco, as bancadas evangélicas começarão a impor seus próprios símbolos, aí sim vocês vão ver. De resto, gostaria de perguntar onde o editor do blog comprou suas viseiras. É que meu jegue está precisando de algumas tão boas quanto as dele.
ResponderExcluirRECONHECIMENTO E GRATIDÃO DOS JUDEUS À SANTA IGREJA CATÓLICA E À SUA SANTIDADE, O PAPA PIO XII: Declarações de alguns judeus: 10 -- Pinchas E. Lapide: "Em um tempo em que a força armada dominava de forma indiscriminada e o sentido moral havia caído ao nível mais baixo, Pio XII não dispunha de força alguma semelhante e pôde apelar somente à moral; se viu obrigado a contrastar a violência do mal com as mãos desnudas. Poderia ter elevado vibrantes protestos, que pareceriam inclusive insensatos, ou melhor proceder passo a passo, em silêncio. Palavras gritadas ou atos silenciosos. Pio XII escolheu os atos silenciosos e tratou de salvar o que poderia ser salvo." [Pinchas E. Lapide, historiador hebreu e consul de Israel em Milão, em sua obra "Three Popes and Jews" (Três Papas e os Judeus), Londres 1967; ele calcula que Pío XII e a Igreja salvaram com suas intervenções 850.000 vidas]. Íntegra no site: " Deus lo Vult! ", texto " Sobre espiritismo e catolicismo "
ResponderExcluirGrato, caro Políbio!
Almirante Kirk
REITERO:
ResponderExcluirA estratégia dos esquerdopatas, em seu desavergonhado ataque aos VALOES e PRINCÍPIOS valorizados e consagrados pelos ocidentais, como aqueles oriundos da Doutrina Cristã ou Cristianismo e presentes na moral judaico-cristã, é evitar o confronto direto, como forçar mudanças via Congresso Nacional, por exemplo, mas atacar os referidos VALORES via portarias, decretos e mudanças de natureza administrativa, entre outras!Ou seja, os esquerdopatas estão comendo pelas beiradas, erodindo, qual cupins, os pilares da Civilização Ocidental de moral judaico-cristã!Logo, não surpreende as perseguições e ataques padecidos pelo grande, inteligente, culto e corajoso padre PAULO RICARDO, o qual é, a exemplo dos católicos Olavo de Carvalho e Reinaldo Azevedo, entre outros, a bola da vez, sendo mais uma vítima do conhecido patrulhamente ideológico levado a efeito pelos esquerdistas, os quais estão presentes tanto fora da santa Igreja Católica quanto de dentro, infiltrados no seio católico via a ala vermelha (Teologia da Libertação)!
A propósito do tema, sugiro duas excelentes e esclarecedoras palestras, porque libertadoras, do referido padre PAULO RICARDO:
- “MARXISMO CULTURAL” - http://padrepauloricardo.org/audio/marxismo-cultural/
Ou, no youtube:
http://www.youtube.com/watch?v=DjiwE5Stw-g&feature=related
- “CARDEAL RATZINGER E A TEOLOGIA DA LIBERTAÇÃO” - http://padrepauloricardo.org/audio/cardeal-ratzinger-e-a-teologia-da-libertacao/
Almirante Kirk
Falou, falou, disse e não acresceu nada!
ResponderExcluirO que será que ele tem a dizer sobre judeus que se vendem? Ou ele também não lê Zero Hora?
ResponderExcluirContinues assim Polibio,lendo este jornal vermelho, que desta forma continuaremos poupando nosso dinheiro.
ResponderExcluirAlmirante Kirk disse tudo - a prova é que alguns lobos a serviço já se manifestaram...
ResponderExcluir"Vaticano e comunidades judaicas condenam atentado
ResponderExcluirNo Estadão Online:
O Vaticano lamentou, nesta segunda-feira,19, o ataque contra uma escola judaica na França, que provocou a morte de ao menos quatro pessoas. Em mensagem divulgada pela Rádio Vaticana, o porta-voz da Santa Sé, padre Federico Lombardi, classificou o acontecimento como “um ato horrível e vergonhoso”, que suscita “profunda indignação e desconcerto e a mais resoluta condenação, inclusive pela idade e pela inocência das pequenas vítimas, e porque ocorreu em uma pacífica instituição educativa judaica”.
O primeiro-ministro da Itália, Mario Monti, também expressou sua “profunda indignação de desconcerto” pelo ataque. “O antissemitismo, como a xenofobia e a intolerância, são totalmente estranhos aos princípios fundadores da nossa convivência civil e do patrimônio de valores sobre os quais se apoia toda a humanidade”, atestou Monti.
A Conferência dos Rabinos Europeus (CER), com sede em Bruxelas, também lamentou o ataque. “Este ato horrível é indicativo de uma sociedade onde, para a intolerância, é permitido espalhar os seus venenos”, disse o rabino Pinchas Goldschmidt, presidente da CER. Ele também destacou que a entidade “pede às autoridades francesas para fazerem todo o necessário para garantir que o autor desse ato seja encontrado e enviado à Justiça”.
O atentado foi condenado, ainda, pela Comunidade judaica brasileira. “É inadmissível que testemunhemos um ato de tamanha violência e covardia”, avaliou Claudio Lottenberg, presidente da Confederação Israelita do Brasil.
(…)
Por Reinaldo Azevedo "
Almirante Kirk