Na Argentina, Cristina manda polícia invadir empresa do grupo Clarín

A sede em Buenos Aires da operadora de TV a cabo Cablevisión, do grupo do jornal ‘El Clarín’, crítico a Cristina Kirchner, foi invadida pela polícia após decisão judicial que atendeu pedido do grupo que controla seu concorrente Supercanal.

. Na ação, o Clarín é acusado de atos anticompetitivos, como fazer ofertas com preços predatórios para eliminar a concorrência. Já o Clarín acusou a presidente de estar por trás da ação, parte de um processo judicial movido contra o grupo por um concorrente ligado ao governo.

. Já a oposição ao governo Kirchner fez duras críticas a ação: "Estamos diante de uma atitude lamentável, que não envolve apenas um grupo de meios, mas ameaça todos os âmbitos de expressão que não sigam o discurso oficial", disse o deputado federal Francisco de Narváez. Para Gustavo Ferrari, da Frente Peronista, o "avanço sobre a liberdade de expressão está escrevendo um novo capítulo". Em comunicado, a deputada federal Patricia Bullrich, da União por Todos, classificou a operação como um "ato intimidatório" e "um atentado à liberdade de imprensa que erode o sistema democrático do país". A Deputada Silvana Giudici também criticou a operação na Cablevisión, vinculada por ela a intervenções sobre veículos no interior do país: "Uma investigação deste tipo é inaceitável na democracia e, lamentavelmente, não é a primeira que acontece durante o governo kirchnerista".