Conheça aqui, cada item desconstruído pelo perito judicial no caso da acusação no caso do Natal Luz

A operação e os processos encabeçados pelo Promotor Antonio Képez em Gramado, no âmbito da Operação Papai Noel, por pouco não destruiu a programação do Natal Luz deste ano, o que só não ocorreu porque já estava tudo contratado. Empresas e profissionais que empreenderam os últimos cinco Natal Luz, foram acusados de apropriação de R$ 17 milhões de repasses públicos. O perito Rogério Steigleder, descobriu que o promotor refere-se aos R$ 17.165.043,20, que corresponde a receitas por serviços prestados de verdade, checados e contabilizados.

. Nunca, antes, na história de Gramado, a cidade foi tão vilipendiada quanto está sendo agora, em função do escândalo, segundo avaliação da jornalista Tela Tomazelli.

. O laudo pericial de 62 páginas, publicado por esta página, assinado pelo perito judicial Rogério Steigleder, desconstruiu cada um dos itens da ação movida pelo promotor Képez, que é descrita desta forma:
- São 1.150 folhas, constando depoimentos, fotos, reportagens, pareceres e alguns poucos documentos, todos escolhidos e lançados aos autos de forma aleatória e desconexa para a repercussão (desejada). (...) já que (a ação) é carente de qualquer técnica contábil ou comportamento lógico.

. O perito Rogério Steigleder foi obrigado “a buscar relatórios, balanços e balancetes de edições do Natal Luz” (....) porque sem isto não seria “possível realizar a perícia técnica em razão da não apresentação pela acusação de “qualquer” documento conexo às operações implementadas pelo Natal Luz”.

. Na página 17 do seu laudo, o perito Steigleder vai ainda mais longe: “ (...) os representantes do Ministério Público de Gramado (emitiram) opiniões, suposições e medidas tomadas sem conhecimento técnico de turismo, de gestão de empresas e de organização de eventos”, descobrindo só agora uma série de incongruências, depois de 25 anos de realizações continuadas do Natal Luz.

- Eventos idênticos ao sistema do Natal Luz de Gramado, agora impugnado pelo MPE, são a Oktoberfest de Santa Cruz, o Carnaval de Uruguaiana, a fenadoce de Pelotas, a Feira do Livro e o Carnaval de Porto Alegre e até o Carnaval do Rio. Não há diferença. Não são promoções colocadas sob total gestão pública (a secretaria de Turismo de Gramado tem apenas nove funcionários).


CLIQUE AQUI para examinar melhor as 62 páginas do laudo do perito judicial Rogério Steigleder. O editor leu e grifou cada trecho considerado mais relevante, a fim de facilitar a compreensão por parte do leitor. 

9 comentários:

  1. Chega a ser surpreendente que o MP faça uma denúncia criminal, ou apropriação indébita não é crime?, desacompanhada de um laudo oficial.

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  2. Todo mundo sabe quem está atrás de processo, aqueles da "Famíglia S", que queriam faturar em cima e tomar conta dessa grana que rola no Gramado Luz, mas como foram sempre rechachados resolveram usar os meios mais repugnantes para criar um escandâlo juridico e acabar com um dos maiores espetáculos natalinos do país. Depois de criar esse factóide conseguiram o que queriam. Esses descendentes de Abrão acham que mandam em tudo.

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  3. Todo mundo em Gramado sabe que se trata de uma bela e geniosa armação, para, digamos, favorecer alguém de fora.
    O MP conseguiu a façanha de retirar Gramado da organização de seu principal evento. Notícias dão conta que tanto o administrador judicial quanto seus 3 diretores artísticos vieram de cidades como Arvorezinha, Porto Alegre e Caxias. Em detrimento da comunidade local, que por 25 anos faz o evento, agora é um cidadão que nunca fez nada na cidade, sem vínculo, que acende a luz dos nossos jardins. como se não bastasse o disparate à população autóctone, o agente cultural que era a associação de cultura e turismo de gramado foi substituída por uma empresa particular de Pelotas.
    que filme que dava essa história!!!!!

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  4. Eu só queria ver o MP ganhar essa causa e criar jurisprudência que acabaria totalmente com a gestão atual de cerca de 90% dos eventos culturais brasileiros. queria ver o Sr. Veiga, ao invés de adular publicamente seus subordinados, entrar com ações simultâneas contra todos os eventos que o MP entende ser público, como fez em Gramado.
    Procurem no site da Secretaria de Cultura do Estado, na seção da Lei de Incentivo á Cultura, e verão que quase 100% dos eventos "públicos" são geridos pela sociedade civil. Quero ver também o MP acusar todos os organizadores de eventos que atuam no mesmo sistema que opera o Natal Luz de locupletadores, mafiosos e quadrilha. Se o Judiciário for insano ao ponto de dar razão ao MP no caso Natal Luz, certamente centenas - quiçá milhares - de eventos gaúchos sofrerão - pela lógica da igualdade - o mesmo processo que os organizadores de Gramado enfrentaram. Mas com uma grande diferença: o prestigio do Natal Luz continua firme e forte, pois foi consolidado em 25 anos de vanguarda e encantamento peculiar. Já em outras cidades gaúchas, temo que não haja possibilidade de reversão e, por certo, muitos desses eventos culturais e turísticos deixarão de existir. ANOTEM ISSO

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  5. Estive esse final de semana em Gramado e me decepcionei com a bagunça generalizada, o caos no trânsito, a repetição na íntegra dos espetáculos do ano passado, sem inovação alguma na decoração e, além disso, soube do escândalo dos cambistas, inclusive com gente da atual organização envolvida no esquema. Será que os promotores de justiça também serão responsabilizados - já que agora estão no comando do Natal Luz através de seu representante / o interventor judicial / por práticas criminosas ocorridas na venda de ingressos para os turistas?
    Estou pagando pra ver!

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  6. Pois é, foram os Promotores, o administrador judicial e a Polícia Civil que descobriram o esquemão da bilheteria, que já vinha a muitos anos prejudicando turistas e consumidores em geral. O trânsito, caro turista, é sempre caótico em Gramado nesses eventos, pois fica tudo concentrado numa avenida, com outra principal trancada. Imagina para quem mora aqui! Discordo da repetição dos eventos, pois tem muitas novidades e alterações, tanto no desfile, na fantástica fábrica e no centro da cidade, como sempre teve, nunca foi repetitivo o evento.

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  7. Promotores não são subordinados ao Procurador-Geral de Justiça. Cuidado com a desinformação. A Constituição Federal deu a eles o que muitos querem: independência funcional. Sabe o que é isso?

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  8. O pessoal da bilheteria não é da organização do Natal Luz. É empresa terceirizada que faz a bilheteria, todo mundo em Gramado sabe disso.

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  9. Gramado é uma cidade modelo, com gente empreendedora e trabalhadora que fez um lugar mágico, conhecido em todo mundo. O Natal Luz só existe por isso. Deveriam dar o crédito que eles merecem.

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