Tarso repete La Fontaine e avisa que as uvas estão verdes

Como na fábula da Raposa e as Uvas, de La Fontaine, o governador do RS, Tarso Genro, finge que não existem mais os grandes investimentos.

. É que da mesma forma que a raposa, o atual governo gaúcho não consegue alcançar as uvas.

. O Sr. Tarso Genro não é nenhum Fukuyama, que chegou a anunciar o fim da história, mas por seu lado ousa decretar o "fim das ilusões", que seria a hecatombe da economia globalizada, o que impediria daqui para a frente a migração de grandes capitais para investimentos produtivos de escala industrial nas economias emergentes.
 
. Trocando em miúdos: montadoras como a Volkswagen, a JAC ou a Hyundai, não teriam mais espaço para investirem pesadamente fora das suas matrizes.

. Os governadores de  Pernambuco, São Paulo e Paraná não parecem pensar da mesma forma.

. Todos eles, a seu modo, vão para a guerra com incentivos fiscais e financeiros portentosos, condições infraestruturais e logísticas modernas e sobretudo ambiente institucional e jurídico amigável.

. O RS não tem nada disto e nem quer oferecer nada disto, conforme demonstrou novamente nas eleições do ano passado.

. Os gaúchos não terão do que se queixar quando perderem mais riqueza, mais renda e mais empregos para seus trabalhadores.

. Em que cenário o Governador do RS mostrou-se tão pouco confiante no taco do seu governo e da economia gaúcha?

. Pois foi ao lançar o seu Programa de Cooperativismo Rural.

. Ali, sim, nas cooperativas rurais, como de resto no sistema de Arranjos Produtivos Locais, enfim, em todas as atividades econômicas tradicionais, miúdas, de baixo valor agregado, nelas é que o governo estadual voltará a apostar, como fez o governo Olívio Dutra.

. As razões da mudança de fundo e de tom são compreensíveis em governos atrasados que não ousam porque não conseguem ouvir a voz rouca do progresso e porque só conseguem enxergar o próprio umbigo.