Não se trata propriamente de uma Operação Rodin II, mas poderão resultar em algo semelhante os 25 novos depoimentos que a Polícia Federal tomará por ordem da juiza Simone Fortes, da Justiça Federal de Santa Maria, que desenrola os autos do processo da chamada Operação Rodin. A juiza pediu os depoimentos porque muitas testemunhas que se negaram a falar para a Polícia Federal, abriram a boca nas audiências, como além disto vários episódios expostos em gravações adquiriram outras dimensões depois das audiências já realizadas em Santa Maria.
. A Operação Rodin desmontou um esquema de roubalheira de dinheiro público no Detran e 33 pessoas foram denunciadas. A quadrilha desmontada teve origem na Universidade de Santa Maria, foi arquitetatada por professores universitários e envolveu políticos e agentes públicos de diversos Partidos, incluindo PP, PSDB, PDT e PMDB.
Sérgio Moraes tem razão:abaixo a opinião pública !
OPINIÃO DO LEITOR
Segue o comentário de Arnaldo Jabor no Jornal da Globo de ontem a noite. É um desabafo contra o deputado gaúcho Sérgio Moraes, ex-prefeito de Santa Cruz do Sul. Arnaldo Salvador, Porto Alegre, RS.
"Sabe que talvez o Deputado Sérgio Moraes tenha razão. A opinião pública neste país não serve para nada, nós somos os cabeças duras. Nós não entendemos ainda que políticos como ele, que são maioria na Câmara, foram gerados nas belas picaretagens municipais, nas malandragens escusas, nos sacos puxados, nos golpinhos das prefeituras, nas propinas de empreiteiros.Nós não entendemos ainda que eles não tem sentimentos velhos como os nossos. Sentimentos como interesse público, amor ao país e outras bobagens. Nós somos bobos, não sacamos ainda que eles moram em outro país chamado Congresso, onde as leis são feitas para eles mesmos.Chamamos de roubo de dinheiro público, o que para eles é apenas um delicioso uso-fruto do maravilhoso cinismo da moderna falta de vergonha. Achamos que eles foram eleitos para legislar. Quando não estão no Congresso, apenas para construir castelos, arrumar uma grana fácil, empregar parentes, pegar umas propinas.Nós não sabemos de nada, principalmente os que elegeram sete vezes Sérgio Moraes, que responde a oito processos inclusive com um suposto envolvimento com um caso de prostituição. Por isso guardem esse nome, Sérgio Moraes, ele é o novo. Nós já éramos. Abaixo a opinião pública." (Arnaldo Jabor)
Lula quer apoio do PT ao PMDB do RS para aliança nacional com Dilma
A reação do ministro Tarso Genro ao diktakt petista nacional de que ninguém se candidatará antes do ano que vem, nem mesmo no RS, foi bem diferente da reação que ele teve há uma semana diante das declarações que fez no mesmo sentido o deputado Ricardo Berzoini. Tarso bateu em retirada.
. Acontece que por trás de Berzoini e do comando nacional do PT está o próprio Lula, mais caudilho do que nunca na condução do seu disciplinado e obediente Partido.
. Nesta sexta-feira, em Aquidauana, Mato Grosso, Lula avisou que está pertíssimo de fechar um acordo nacional com o PMDB e que em função desse acordo tudo o mais tem pouca importância, inclusive a eleição de Tarso no RS.O PMDB daria o vice de Dilma, provavelmente o deputado Michel Temer, e imediatamente couparia assento num núcleo palaciano que decide as coisas de verdade no governo. Lula e o comando nacional do PT trabalham para que o PT do RS esqueça Tarso, Vannazi e Villaverde, passando a encorpar os nomes de Fogaça ou Rigotto, seja quem for o candidato do PMDB, desde que o PMDB apóie Dilma. No RS, existe muita simpatia por Dilma, a começar pelos próprios Rigotto e Fogaça. Fogaça não se cansa de elogiar Dilma, a quem sempre recorre quando suas demandas falham em Brasília. No caso de uma improvável aliança do PMDB e do PT no RS, sobrariam para Serra apenas os palanques do PSDB, DEM e PP, porque PDT, PTB, PC do B e PSB também já estão com Dilma.
. Acontece que por trás de Berzoini e do comando nacional do PT está o próprio Lula, mais caudilho do que nunca na condução do seu disciplinado e obediente Partido.
. Nesta sexta-feira, em Aquidauana, Mato Grosso, Lula avisou que está pertíssimo de fechar um acordo nacional com o PMDB e que em função desse acordo tudo o mais tem pouca importância, inclusive a eleição de Tarso no RS.O PMDB daria o vice de Dilma, provavelmente o deputado Michel Temer, e imediatamente couparia assento num núcleo palaciano que decide as coisas de verdade no governo. Lula e o comando nacional do PT trabalham para que o PT do RS esqueça Tarso, Vannazi e Villaverde, passando a encorpar os nomes de Fogaça ou Rigotto, seja quem for o candidato do PMDB, desde que o PMDB apóie Dilma. No RS, existe muita simpatia por Dilma, a começar pelos próprios Rigotto e Fogaça. Fogaça não se cansa de elogiar Dilma, a quem sempre recorre quando suas demandas falham em Brasília. No caso de uma improvável aliança do PMDB e do PT no RS, sobrariam para Serra apenas os palanques do PSDB, DEM e PP, porque PDT, PTB, PC do B e PSB também já estão com Dilma.
Veja consegue as fitas de Lair sobre a campanha de Yeda
Na manhã deste sábado, Yeda Crusius concedeu inesperada coletiva de imprensa para rebater as denúncias de Veja e da mulher de Marcelo Cavalcante. Yeda alfinetou Magda, a mulher ouvida por Veja: "É uma versão que ela está criando para se livrar da hipótese de suicídio induzido, o que é muito grave. Ela disse ter ouvido de uma pessoa que não pode mais falar. Marcelo está morto".
A revista Veja deste final de semana publica corrosiva reportagem sobre as repetidas denúncias de corrupção que teriam ocorrido durante a campanha do PSDB ao governo do RS. Os repórteres da revista revelaram que ouviram 1h30m de 10 horas de gravações em poder do Ministério Público Federal, todas entregues pelo lobista Lair Ferst, um dos homens que ajudaram a coordenar a campanha de Yeda Crusius há três anos. As fitas transcritas são quase todas de conversas entre Lair, que gravou tudo, e o ex-representante do governo estadual em Brasília, Marcelo Cavalcante. Em algumas passagens, pelo tilintar dos copos, deu para perceber que conversas ocorreram em mesas de bar e com pelo menos uma testemunha. Veja não procurou saber quais as datas das conversas, mas no governo gaúcho se estima que algumas delas foram "montadas" depois que Lair e Marcelo já tinham sido expurgados do governo. Numa das conversas, Marcelo disse a Lair que pegou R$ 200 mil da Alliance One e outros R$ 200 mil da CTA, duas fumageiras de Santa Cruz do Sul, entregou tudo para o marido de Yeda, Carlos Crusius, que teria usado os recursos na forma de caixa 2, para despesas pessoais, inclusive a quitação da casa comprada pela governadora. A Alliance One confirmou o pagamento, mostrou o recibo e avisou que não houve caixa 2, enquanto que a CTA informou que o PSDB pediu o dinheiro, mas não levou. O Ministério Público Federal não comprovou a veracidade das informações transmitidas nas conversas gravadas e nem promoveu novas investigações, como também não comunicou o ocorrido ao Procurador Geral da República, a quem cabe por lei apurar denúncias contra governantes. Yeda, ouvida para tres linhas de transcrição na reportagem, negou tudo. Um depoimento de Magda Koenigkan, empresária da área de comunicação de Brasília, última mulher de Marcelo, também integra a reportagem. Ela ouviu as gravações levadas por Veja e confirmou as vozes de Lair e Marcelo. Magda disse que antes de morrer, Marcelo teria se comprometido a autenticar as gravações no Ministério Público Federal. Nelas também existem denúncias sobre recursos desviados do Detran, o uso de dinheiro do Sicepot e a utilização da agência de publicidade DCS para pagamento de despesas pré e pós eleitorais de 2006.
- Esta é a primeira vez que alguém diz possuir as fitas gravadas por Lair Ferst e é capaz de mostrá-las, o que comprova que o material existe, está de posse do MPF e pode servir de prova. A existência das gravações também comprova que o lobista Lair Ferst acertou mesmo um acordo de denúncia premiada com o Ministério Público Federal para se livrar da cadeia. Isto tudo vai engrossar o tom da oposição, que insiste em formar nova CPI na Assembléia do RS, num momento em que o governo Yeda está muito forte e não parece correr mais risco de desestabilização.
CLIQUE ou copie o endereço a seguir para ler a reportagem de Veja, só acessível na íntegra aos assinantes da revista:
http://veja.abril.com.br/130509/p_064.shtml
A revista Veja deste final de semana publica corrosiva reportagem sobre as repetidas denúncias de corrupção que teriam ocorrido durante a campanha do PSDB ao governo do RS. Os repórteres da revista revelaram que ouviram 1h30m de 10 horas de gravações em poder do Ministério Público Federal, todas entregues pelo lobista Lair Ferst, um dos homens que ajudaram a coordenar a campanha de Yeda Crusius há três anos. As fitas transcritas são quase todas de conversas entre Lair, que gravou tudo, e o ex-representante do governo estadual em Brasília, Marcelo Cavalcante. Em algumas passagens, pelo tilintar dos copos, deu para perceber que conversas ocorreram em mesas de bar e com pelo menos uma testemunha. Veja não procurou saber quais as datas das conversas, mas no governo gaúcho se estima que algumas delas foram "montadas" depois que Lair e Marcelo já tinham sido expurgados do governo. Numa das conversas, Marcelo disse a Lair que pegou R$ 200 mil da Alliance One e outros R$ 200 mil da CTA, duas fumageiras de Santa Cruz do Sul, entregou tudo para o marido de Yeda, Carlos Crusius, que teria usado os recursos na forma de caixa 2, para despesas pessoais, inclusive a quitação da casa comprada pela governadora. A Alliance One confirmou o pagamento, mostrou o recibo e avisou que não houve caixa 2, enquanto que a CTA informou que o PSDB pediu o dinheiro, mas não levou. O Ministério Público Federal não comprovou a veracidade das informações transmitidas nas conversas gravadas e nem promoveu novas investigações, como também não comunicou o ocorrido ao Procurador Geral da República, a quem cabe por lei apurar denúncias contra governantes. Yeda, ouvida para tres linhas de transcrição na reportagem, negou tudo. Um depoimento de Magda Koenigkan, empresária da área de comunicação de Brasília, última mulher de Marcelo, também integra a reportagem. Ela ouviu as gravações levadas por Veja e confirmou as vozes de Lair e Marcelo. Magda disse que antes de morrer, Marcelo teria se comprometido a autenticar as gravações no Ministério Público Federal. Nelas também existem denúncias sobre recursos desviados do Detran, o uso de dinheiro do Sicepot e a utilização da agência de publicidade DCS para pagamento de despesas pré e pós eleitorais de 2006.
- Esta é a primeira vez que alguém diz possuir as fitas gravadas por Lair Ferst e é capaz de mostrá-las, o que comprova que o material existe, está de posse do MPF e pode servir de prova. A existência das gravações também comprova que o lobista Lair Ferst acertou mesmo um acordo de denúncia premiada com o Ministério Público Federal para se livrar da cadeia. Isto tudo vai engrossar o tom da oposição, que insiste em formar nova CPI na Assembléia do RS, num momento em que o governo Yeda está muito forte e não parece correr mais risco de desestabilização.
CLIQUE ou copie o endereço a seguir para ler a reportagem de Veja, só acessível na íntegra aos assinantes da revista:
http://veja.abril.com.br/130509/p_064.shtml