. É simples assim.
. O que diz a certidão:
- A gravação incluída no processo contra o ex-vereador Márcio Klaus, de Lajeado, foi obtida com autorização judicial.
. No total, eram oito as gravações.
. O Ministério Público Estadual tem dito e repetido que as oito gravações apresentadas à OAB por Adão Paiani foram obtidas com autorização judicial. Na tarde desta sexta-feira, o promotor do caso, de Lajeado, confirmou tudo. A guerra de contrainformação teima em ver chifre em cabeça de cavalo e não quer acreditar no promotor, na juiza, no TRE - em ninguém, a não ser nas suas próprias teorias conspiratórias e na palavra de Paiani, que já não vale mais nada. A obsessão por provar uma conspiração palaciana, o uso ilegal de ferramentas de escuta oficial e a advocacia administrativa, eliminou o discernimento até mesmo de jornalistas experientes de grandes redes (e de imediata repercussão) impedindo-os de enxergar verdades muito simples. Alias, o MPE vai responsabilizar o promotor de Lajeado. Ele foi ingênuo, como foi Busatto com Feijó, ao julgar que estava conversando com pessoas de bem, sem saber que aqui no RS também já existe gente capaz de tudo - tudo mesmo - para alcançar seus objetivos, mesmo os mais sórdidos. É a lei do fascista Protógenes Queiroz, o novo queridinho do PSOL.
. E, se agora o TRE refere-se apenas a uma das gravações, como ficam as outras sete ? Não ficam. Elas eram irrelevantes, como constataram 18 conselheiros da OAB que no domingo perderam horas de lazer para ouvir as tricas e futricas paroquiais de Lajeado. Isto quer dizer que o MPE aproveitou apenas a gravação que era mais relevante, que, aliás, também era irrelevante.
. Isto posto, ficam desmentidas as três denúncias do ex-ouvidor Adão Paiani: 1) os grampos eram legais e não ilegais. 2) o serviço de inteligência do governo não teve nada a ver com a história. 3) não havia conspiração alguma nos porões do Piratini.
. O que comprova todo esse escabroso episódio de política rasteira e vingança vexaminosa é que a temporada de fúria denuncista aberta pelo vice-governador Paulo Afonso Feijó e depois abraçada pelo PT, PSOL e Cpergs, passou de todos os limites da civilidade, inclusive ao dos regramentos legais, éticos e morais que permitem a convivência social.
. É de se perguntar
1) de que forma a deputada Luciana Genro e o vereador Pedro Ruas pagarão pelas mentiras que produziram há um mês ?
2) como fica o nosso caso gaúcho da Escola Base, o incidente relacionado com o cadáver de Marcelo Cavalcante, cujo mandante do suidício seria a própria governadora Yeda Crusius, segundo atiçou boa parte da mídia e toda a oposição ?
2) Mais do que isto: de que forma o sr. Adão Paiani será tratado pela OAB ? O presidente da OAB, Cláudio Lamacchia, avisou no domingo que Paiani ou o promotor de Lajeado estava mentindo. Caberá a Lamacchia dizer ao povo gaúcho o nome do mentiroso.
- Expor todos esses maus atores à execração pública é muito pouco, porque eles não se emendam.
Nota do editor - Desde o início deste caso, o editor trabalha com informações primárias, obtidas junto a fontes confiáveis de todos os lados, além de provas. O editor foi o primeiro jornalista a informar o caso (é só usar a ferramenta de busca na capa do site e verificar dia e horário da postagem, comparando-os com os dos demais veículos decomunicação). Não houve pressa e nem "opinião" sobre as oito gravações,mas houve e há informação. O texto acima está claríssimo,embora tenha gente perseguindo vento. O sr. Paiani está pagando pela sua inexperiência, inclusive jurídica. Paiani, quando foi nomeado para o cargo, tinha obtido apenas dois anos antes sua graduação como advogado.