O editor buscou pelo menos cinco fontes diferentes, inclusive a direção do grupo, em São Paulo, para conferir as razões pelas quais as Casas Bahia levantou acampamento do RS em agosto.. A rede não se deu bem no Estado.
. Nem mesmo o motoboy da CDL acredita na versão dada pelas Casas Bahia para levantar acampamento do RS (a empresa alegou que foi autuada indevidamente em R$ 52 milhões).
. O RS possui redes de lojas e magazines fortíssimas (Colombo, Renner, Manlec, Tumelero, Quero-Quero, Volpato) e os grupos de fora raramente conseguem sobreviver aqui.
. Não é só isto.
. As grandes redes de outros Estados precisam falar e praticar gauches. Neste sentido, a rede paulista de Samuel Klein foi embora por que não entendeu o consumidor e o fornecedor locais, cometendo erros mercadológicos fatais:
1) A Casas Bahia tentou mudar a cultura do consumidor local, mas isto não aconteceu. Não se trata apenas do chapéu nordestino enfiado na cabeça dos gauchinhos – uma heresia imperdoável. O marketing da empresa foi um desastre completo.
2) Há mais. Um lojista exemplificou este outro erro mercadológico da Casas Bahia:- O consumidor gaúcho quer levar na hora o que ele compra na loja e a Casas Bahia trabalha com programação de entrega.. Há mais.
3) A Casas Bahia tem uma metodologia de compra estranha para o mercado local, que é comprar a produção de linha branca e exigir fidelidade sobre modelos. No RS, o consumidor quer fazer comparações, não consegue, e acaba optando por modelos dos concorrentes que lhe permitam fazer comparações.
4) A disputa pelo mercado de móveis. A Casas Bahia tenta impor suas próprias marcas, justamente num mercado que é o líder brasileiro na produção de móveis (a área que vai de São Bento, SC, a Bento, RS).
. Há meio ano o mercado local sabia que as Casas Bahia tinham decidido bater em retirada e isto começou quando elas reduziram sua rede para 5 lojas (a rede chegou a ter 28 lojas em 19 cidades).
Um certo professor da ESPM andou declarando para Zero Hora que a Casas Bahia foi embora porque a empresa tinha foco no preço baixo e o consumidor gaúcho não liga para isto!!! Parece piada! Um professor da ESPM dizendo isto comprova no que está virada esta instituição de ensino! Era melhor ele nem ter se identificado... Todos sabem que o consumidor gaúcho quer preço baixo sim, mesmo os mais ricos (e principalmente os mais ricos). Se a qualidade é baixa, isto ele vai reclamar depois...
ResponderExcluirPolibio leia a ISTOÉDINHEIRO que tem o Abilio Diniz na capa, nesta reportagem tem exatamente a estrategia.
ResponderExcluirNo RS o nome CASAS BAHIA sofre com preconceito, ninguém sabe explicar direito, as vendas não decolam, não tem quem consiga fazer o nome ser bem visto aqui.(esta é a explicação da reportagem).
O Ponto Frio assumirá todas as lojas, passando a vigorar esse limitador de areas, já no NORDESTE, as Casas Bahia assumem todas as lojas do Ponto Frio.
continuando...
ResponderExcluir5)Ano passado em pleno inverno, após uma semana de chuva sem trégua, eles põem um anúncio de página inteira de um "umificador". Pode isso? Cheguei a esfregar os olhos para ver se estava lendo direito.
6) Tem ainda o fato de seus folhetos encartados nos jornais, não serem no formato tablóide, utilizado no RS, mas sim Standart. Muitas pessoas não se davam nem ao trabalho de desdobrar.
a retirada das casas Bahia já era previsível. Foi até um dos temas abordados na matéria "o Marketing da bombacha", publicado na Veja e reproduzido aqui no PB.
ResponderExcluirAqui neste rincão ninguém se mete com as oligarquias locais. Em uma terra de manés, o coroné manda e todos obedecem.
ResponderExcluirpara quem sabe um pouquinho de matemática, eles nunca foram a opção mais barata (para quem tem noção do quanto se pagaria no final)
ResponderExcluirEles vendiam dinheiro e não produtos. Esta tentiva de virar banco disfarçado estava com os dias contados.
ResponderExcluirPolíbio, um outro detalhe: as Casas Bahia foi a última das grandes redes a vender pela internet...
ResponderExcluirA questão de ganharem mais nos juros do que na margem de lucros era um sinal.
ResponderExcluirMas o gaucho tem suas lojas de departamento locais, que conseguem competir, alem de fazer credito ao velho modo.
O gerente me conhece, eu sou amigo do vendedor. Assim o credito de boca, da palavra que muito funciona no RS, não era costume dos donos das Casas Bahia, que sempre repassavam ao Bradesco todos os titulos de credito com um spreead gordinho embutido, ou seja, lucro certo. Vender era a moeda, os moveis e os eletrodomesticos eram o meio, o verdadeiro produto era credito caro.
Mas o PONTO FRIO vai assumir tudo, não se enganem com o Abilio Diniz, até assinar o contrato era sorrisos, depois da assinatura mostrou as garras, ja circula que as brigas começaram, mas agora "a inês é morta" contrato assinado grilhões ferrados.
Acontece que Casas Bahia é sinônimo de povão(produtos que se usa e joga fora - DIZEM ASSIM EM S.PAULO: isso não presta são produtos casas bahia...), então aki no Rio Grande, nós queremos produtos que tenham marca. Não é por outra que o Rio Grande tem a maior percentagem de classe média do país. Esse tal João Manoel Oliveira das 09,48 deve estar enganado, não estamos no nordeste em que os coroné mandam na comunidade.
ResponderExcluirO gaúcho gosta de escolher, comparar custo X benefício e depois comprar. Outros aspecto importante, gostamos de privilegiar os produtos fabricados/produzidos no RS, o que sem dúvida é muito bom, estamos garantindo empregos, movimentando a economia local e fica mais fácil reclamar quando o produto está em desacordo. Aprovo o jeito gaúcho de ser. No centro-oeste, onde moro atualmente, vale o preço, qualidade é detalhe.
ResponderExcluir"gostamos de privilegiar os produtos fabricados no rs...". Quanta abobrinha! De realidade... NADA!
ResponderExcluirEu estou TOTALMENTE alienado dessa estória, estou me LICHANDO para esse gauches IDIOTA. Meu único critério na hora da compra é escolher o produto e procurar o melhor preço.
ResponderExcluirMas discordo que tenha sido o nome "casas bahia" um dos fatores, pq nós amamos os bahianos. Mandamos um parque metalúrgico INTEIRO para lá não faz nem dez anos :D
Feliz Ano Novo Galera!
Isso não tem nada a ver com bairrismo nem com identificação do consumidor com a loja. Afinal, o que interessa para o consumidor é que o produto final levado para sua casa seja bom e bem sabemos que ele é o mesmo, pois todas as redes vendem as mesmas marcas e produtos.
ResponderExcluirO consumidor quer saber mesmo é de preços baixos e juros de acordo com os praticados pelo mercado, coisa que as Casas Bahia não fazia. Eles tinha juros sempre muito altos, assim de que adianta financiar em até 24 vezes fixas se com esse mesmo valor dava para comprar mais por menos na concorrência. Não há "garoto propaganda abobado" perguntando "Quer pagar quanto?" que resolva isso, pois, aí sim, concordo que o gaúcho é um consumidor mais difícil de se deixar ludibriar por propagandas enganosas.
O resto é balela.
Mas vale destacar que as redes locais daqui do estado atendem super mal, só obtendo boas vendas por pura falta de alternativa. Entre ser mal atendido e pagar menos ou ser bem atendido e pagar muito, prefiro sentir menos impacto no meu bolso do que no meu ego.