Artigo - site da Veja - 25 de novembro de 2009
por Reinaldo Azevedo
Numa carta enviada a Lula — um fax que é, na verdade, coisa da diplomacia —, o presidente dos EUA, Barack Obama, explicou o que pensam os EUA sobre Honduras, Rodada Doha, visita de Ahmadinejad e a conferência do clima de Copenhague. Grande deferência? Dada a reação de Marco Aurélio Garcia (acima), a coisa foi mais um “chega-pra-lá”… E não para que o Brasil seja menor do que é, mas para que tenha consciência do tamanho que tem.
De todas as questões, a que mais irritou Lula foi mesmo Honduras. Washington já decidiu que vai reconhecer as eleições do dia 29 próximo, se transcorridas dentro da normalidade, e o governo que sair das urnas. Como dissemos aqui tantas vezes, a pequenina Honduras deu um olé no chavismo — mas a luta não acabou! — e resistiu a uma pressão internacional como raramente se viu, coisa espantosa, dado o tamanho do país. Micheletti 10 x 0 Combinado do Resto do Mundo…
E o que fazer agora com o nosso hóspede em Tegucigalpa, Manuel Zelaya? Perguntem a Celso Amorim! A bobagem feita em Honduras não é a mais importante protagonizada pelo Megalonanico. Mas é a mais visível, a mais circense. Pois é, caros leitores deste blog: nós bem que avisamos…
E os bolivarianos e sandinistas deram uma grande ajuda. O humor de Washington mudou definitivamente quando o orelhudo Daniel Ortega fez a “sua” Suprema Corte suprimir — apenas isso… — o trecho da Constituição que o impedia de se candidatar de novo. Até a tonta da Hillary Clinton percebeu o que estava em curso. E louve-se, claro, a resistência republicana no Senado nos EUA.
Pois é, Amorim! Sobrou com o Zelaya na mão…
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Com mais Battisti, agora são dois.
ResponderExcluirO Reinaldo Azevedo,como sempre,está EXCELENTE!!!
ResponderExcluirKIRK