A crise no Senado parece longe de um desfecho moralizador. A Casa que convive desde o início do ano com denúncias de atos secretos, suspeitas de nepotismo, engavetamentos sucessivos de processos no Conselho de Ética e cartões vermelhos em plenário gasta em excesso com servidores até no mês do recesso.
. O pagamento de horas extras em julho, quando a Casa funcionou apenas até o dia 18, chegou a R$ 6,4 milhões. O valor corresponde a 74,8% do desembolsado em junho, que foi de R$ 8,6 milhões. Numa comparação levando em conta os dias trabalhados, são R$ 359,4 mil em horas extras por dia no mês do recesso contra R$ 278 mil do mês anterior.
. Os números foram apurados em levantamento feito pelo Correio no Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (Siafi) e no Siga Brasil. Nos 18 dias de julho, não houve movimentação madrugada adentro no plenário. Em função da crise, as poucas votações que ocorreram eram de consenso entre oposição e base aliada. A prioridade foi para reuniões do Conselho de Ética e para a votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), aprovada em sessão conjunta de Câmara e Senado.
Corre pra lá... Corre pra cá... Corre... Arno Edgar Kaplan
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