Em duas editorias diferentes, os colunistas Márcio Pinheiro e Rosane Oliveira analisaram a intenção do governo gaúcho de usar prédios de escolas desativadas para implantar albergues para apenas e até prisões de verdade. Há uma grita fantástica por mais e melhores presídios no RS. É uma grita necessária.
. A linha de argumentos dos dois colunistas de ZH expõe a perplexidade que domina boa parte da opinião pública gaúcha diante da proposta inusitada. Os próprios colunistas parecem perplexos e incorrem em contradições enormes. No Informe Especial, espaço nobre do jornal, escreve Márcio: “Soa estranha (a intenção)... Escolas de qualidade são antídotos para a lotação de presídios.... Os governos devem encontrar caminhos (para abrigar e recuperar presos ... e dar um destino digno aos prédios públicos)”. Na página 10, Oliveira não vai distante da opinião do colega Márcio: “Quem propôs não conhece lições elementares de marketing nem o manual de sobrevivência na selva política... O Estado precisa de escolas e de cadeias, mas a simbologia.. é fatal numa campanha eleitoral... É uma decisão defensável (fechar escolas sem alunos)”.
. No frigir dos ovos, o resumo da ópera é a seguinte no atrasado Estado do RS: 1) prédios de escolas desativadas podem até ser derrubados ou ir a leilão, mas não podem abrigar presos, porque “não pega bem”. 2) o governante que insistir em buscar eficiência e eficácia no uso dos bens públicos, cometerá um “suicídio político”, porque a sociedade gaúcha preferiria notórios incompetentes e mentirosos no Piratini. 3) prédios públicos podem mudar de mãos, mas precisam ter um “destino digno”, mesmo que estejam caindo aos pedaços, como os monturos da Corlac, na avenida Carlos Gomes, em Porto Alegre, porque a massa ignara acha que abrigar presos é “destino indigno” e não consegue distinguir um prédio vagabundo de outro tombado ou de valor histórico definido.
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