Os leilões de precatórios organizados pelo governo gaúcho deixaram muita gente sem emprego no RS. A PGE citou nominalmente os advogados, mas não é só. O número de atravessadores é enorme e inclui compradores que adquirem precatórios por 10% do valor de vace e quitam impostos por 100% do crédito. É a única justificativa para a grita, porque o governo gastará R$ 200 milhões, este ano, contra a média anual de R$ 13 milhões que foram pagos nos últimos 20 anos.
. O governo Yeda pagará num ano o equivalente ao total do que pagaram governos anteriores ao longo de 15 anos.
. A opinião pública está sendo envenenada e sabe-se bem por quê - e não foi pelo PT. Os leilões nem começaram no RS e são a última alternativa para o acerto. Em dezembro, o governo gaúcho pagou R$ 27 milhões em precatórios, em dinheiro vivo, cash, sem leilão, conciliação ou qualquer negociação. O princípio foi pagar os precatórios de pequeno valor, que correspondiam a 15% do total. Feita esta limpeza, será obedecida a ordem de antiguidade. Já existem R$ 14 milhões apartados em janeiro e outros R$ 14 milhões serão anunciados nesta sexta, referentes a fevereiro. Serão R$ 14 milhões por mês. Este dinheiro será usado pelas Juntas de Conciliação, que trabalharão do seguinte modo: o detentor do precatório dirá se topa receber o valor original (o mais antigo é de 1999) e alguma correção do tipo caderneta ou semelhante, mas não juros sobre juros e mais correções, como decretaram os juízes. Caso o detentor do precatório tope, o pagamento sairá na hora. Se não topar, receberá o valor de face e as correções e juros sobre juros virarão outro precatório e irão para o final da fila. E os leilões ? Eles acontecerão apenas para os detentores de precatórios que não quiserem esperar a sua vez para as reuniões de conciliação. Neste caso, darão lances de desconto. O que se espera é que façam um bom negócio, porque atualmente os credores deste tipo de caso chegam a vender seus precatórios por apenas 10% do valor de face.
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