O Movimento em Defesa da Uva e dos Vinhos do Brasil vai protestar dia 03 de julho, em Porto Alegre. Mais de duas mil pessoas protestarão em Porto Alegre.
. Respaldado por entidades como os Sindicatos dos Trabalhadores Rurais, Associação Gaúcha de Vinicultores (AGAVI), Câmara Setorial da Uva e do Vinho, Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) e Sindicato das Indústrias do Vinho do Rio Grande do Sul (Sindivinho), entre outras, o movimento pretende reunir mais de duas mil pessoas na manifestação pública que será realizada na próxima quinta-feira, em frente ao Palácio Piratini e na Assembléia Legislativa do Estado.
. Mais de 40 ônibus sairão dos municípios como Bento Gonçalves, Garibaldi, Farroupilha, Caxias do Sul, Flores da Cunha, Veranópolis e Antônio Prado com destino à capital gaúcha. Em Porto Alegre, os participantes do movimento cumprirão um roteiro que inclui manifestação junto aos Ministérios da Agricultura e da Fazenda e caminhada até a Praça da Matriz na parte da manhã. À tarde, a manifestação seguirá até o Palácio Piratini e a Assembléia Legislativa.
. Entre as reivindicações estão destaques para antigas bandeiras de luta, como a tributação excessiva dos vinhos e espumantes brasileiros e o crescimento das importações, facilitado pela taxa cambial e por acordos internacionais que só beneficiam os produtos estrangeiros. Além disso, engrossam a lista de pleitos do movimento, itens como a redução de 25% dos estoques de vinho através de instrumentos de controle e a formação de estoques reguladores que possam garantir a colocação total da próxima safra de uvas; redução dos tributos incidentes sobre o vinho e diferenciação da carga tributária incidente sobre o vinho – produto genuíno – com a dos produtos que imitam o vinho – sangrias, coquetéis e bebidas alcoólicas mistas; ação enérgica da Polícia Federal, Receita Federal, Ministério da Agricultura, em relação à fiscalização, entre outros.
A Toyota repete o caso da Ford: Yeda é um novo Olívio ?
OPINIÃO DOS LEITORES
Sou um leitor dos comentários e textos seus, e aprecio suas posições e ponderações quando os assuntos são delicados. No caso do artigo sobre a não escolha do RS para sediar a fábrica da Toyota, gostaria de saber quem pode ter falhado nas negociações para que ela ficasse aqui e não fosse para SP? Pergunto porque quando foi o caso da Ford, o PT foi crucificado, particularmente o governo do Olívio que não teve o tino político adequado para evitar este erro histórico. E agora, quem estava negociando, pois nem isto fiquei sabendo pois parece que houve um "apagão" ou "blindagem" nas notícias negativas que foi a não vinda de uma montadora do porte de 1 Bi. para o RS. Agradeceria se o que efetivamente ocorreu fosse divulgado, para julgarmos o quanto o Estado efetivamente é ou não atraente aos investimentos, independente de quem nos representa. Vitor Dahm, Gravataí, RS.
Esperteza paulista ? Acredito que a esperteza do milênio foi "aquela festa" (ou seria um showmício?) do jogo Brasil x Argentina, patrocinada pelos mineiros, para iniciar a campanha para eleição do Sr. Aécio Neves que, no meu entender, seria vassalo da catrefa do Lula, que se não conseguir alterar autoritariamente a legislação eleitoral, visando um terceiro mandato, tentará ir com o bonitão. J F Silva, Porto Alegre, RS.
Nota do editor - O caso da Ford foi bem diferente, porque no caso o governo e a Ford tinham assinado todos os contratos, produzido o anúncio e a montadora já estava até trabalhando a área de Guaíba. Apesar disto tudo, o Olívio Dutra e o PT preferiram maltratar a montadora e a mandaram de presente para a Bahia, torrando os R$ 800 milhões que Britto deixou de presente para afivelar o contrato final. Neste caso da Toyota, o governo estava trabalhando os japoneses, mas nunca houve promessa ou acerto algum. São Paulo decidiu o páreo. Apesar disto, Yeda, ao contrário de Rigotto, não parece demonstrar muita garra quando se trata de atrair empreendimentos de porte para o RS, deixando as coisas para seus secretários, embora dê a eles todo o apoio. Neste último caso da AmBev, a companhia se queixou ao editor das constantes dificuldades impostas por Yeda sequer para agendar data para o anúncio do investimento. Isto tem sido recorrente.
PTB intervém em Santo Ângelo: uma chapa apóia Loureiro e a outra é contra Loureiro
O PTB estadual causou rebuliço nas definições políticas em Santo Ângelo, principal cidade da região das Missões. O diretório estadual do PTB anunciou uma intervenção na comissão executiva municipal, nomeando novos membros, que invalidaram as negociações com a oposição encaminhadas até o momento. O resultado é que, neste sábado pela manhã, foram realizadas duas convenções do PTB em Santo Ângelo.
. Uma convenção foi comandada pelo novo presidente anunciado, o ex-deputado federal pastor Reinaldo Santos e Silva. A decisão foi apoiar o atual prefeito, Eduardo Loureiro, do PDT. A outra convenção foi realizada pelo presidente local, Juarez Chagas, que referendou a adesão à oposição, indicando o presidente da Câmara de Vereadores, Eduardo Silva, para ser o vice do candidato do PP, Alberto Wachter, apoiado ainda por PMDB, PSDB, DEM e PV. Ainda foi aprovada a coligação na proporcional com o PMDB.
. Agora, quem decidirá qual convenção é válida é a Justiça.
. O vereador Eduardo Silva fala em golpe, engendrado pelo pastor Reinaldo, Cláudio Manfrói e o deputado estadual Adroaldo Loureiro, do PDT, pai do atual prefeito. O pastor Reinaldo foi o único trabalhista que permaneceu na administração pedetista após a decisão do PTB local de sair do governo, em maio.
. O presidente municipal, Juarez Chagas, afirma que não foi notificado, oficialmente, da intervenção do partido. Ele contesta o fato do pastor Reinaldo ter sido indicado para a presidência da executiva, afinal, depois que o PTB decidiu-se pela oposição, ele não quis abandonar o cargo de secretário municipal de Planejamento e anunciou o seu licenciamento do partido. "Como pode um licenciado ser nomeado presidente?", pergunta.
. "E todo mundo sabe que após a eleição de outubro, pastor Reinaldo irá embora para Santa Catarina", complementa Eduardo Silva, em contato por telefone, com a equipe desta página. "A intervenção é um golpe à democracia e um desrespeito ao partido em Santo Ângelo", protesta.
. Uma convenção foi comandada pelo novo presidente anunciado, o ex-deputado federal pastor Reinaldo Santos e Silva. A decisão foi apoiar o atual prefeito, Eduardo Loureiro, do PDT. A outra convenção foi realizada pelo presidente local, Juarez Chagas, que referendou a adesão à oposição, indicando o presidente da Câmara de Vereadores, Eduardo Silva, para ser o vice do candidato do PP, Alberto Wachter, apoiado ainda por PMDB, PSDB, DEM e PV. Ainda foi aprovada a coligação na proporcional com o PMDB.
. Agora, quem decidirá qual convenção é válida é a Justiça.
. O vereador Eduardo Silva fala em golpe, engendrado pelo pastor Reinaldo, Cláudio Manfrói e o deputado estadual Adroaldo Loureiro, do PDT, pai do atual prefeito. O pastor Reinaldo foi o único trabalhista que permaneceu na administração pedetista após a decisão do PTB local de sair do governo, em maio.
. O presidente municipal, Juarez Chagas, afirma que não foi notificado, oficialmente, da intervenção do partido. Ele contesta o fato do pastor Reinaldo ter sido indicado para a presidência da executiva, afinal, depois que o PTB decidiu-se pela oposição, ele não quis abandonar o cargo de secretário municipal de Planejamento e anunciou o seu licenciamento do partido. "Como pode um licenciado ser nomeado presidente?", pergunta.
. "E todo mundo sabe que após a eleição de outubro, pastor Reinaldo irá embora para Santa Catarina", complementa Eduardo Silva, em contato por telefone, com a equipe desta página. "A intervenção é um golpe à democracia e um desrespeito ao partido em Santo Ângelo", protesta.
Oposição avisa Pedro Bala, em Gramado: "Vamos vencer esses reizinhos pedantes !"
Especial: Oposição buscará a revanche contra o PP em Gramado.
Gramado viverá um repeteco na eleição de 5 de outubro. O atual vice-prefeito, Nestor Tissot, é o candidato à sucessão do atual prefeito Pedro Bertolucci, do PP. A principal ameaça à continuidade do PP no comando de Gramado vem da união do PDT, do PMDB e do PT, que, em 2004, perderam para Pedro Bala por 52% contra 44,7% dos votos válidos.
. O candidato a vice da situação será do PSDB. O nome será definido até o final de semana. A coligação ainda reúne o PTB, o DEM, o PR e o PSC. A oposição terá como candidato a prefeito, novamente, João Alfredo Bertoluci, o Fedoca, do PDT, com Caetano Cardoso, do PMDB, para vice.
. O clima político na cidade está quente, apesar do inverno. O presidente do PMDB, Deoclécio Moreira, tem dito que a oposição irá "vencer estes reizinhos pedantes".
. Pedro Bala está a frente do quatro mandato na prefeitura de Gramado, um a mais do que o ex-prefeito Nelson Dinnebier, do PMDB. Desde 1976, apenas Bertolucci e Dinnebier se elegeram prefeitos da cidade serrana, um dos principais pólos turísticos do Brasil.
. O rodízio entre os dois só será encerrado porque Dinnebier morreu poucos dias antes do pleito de 2000 e Bertolucci, que foi reeleito em 2004, não pode tentar um novo mandato. Asssim, após 32 anos, Gramado terá um prefeito diferente da dobradinha Bertolucci/Dinnebier.
. Dinnebier foi eleito prefeito em 1976, 1986 e 1996, enquanto Bertolucci venceu em 1982, 1988, 1992, 2000 e 2004. As eleições sempre foram muito apertadas na cidade de 31 mil habitantes que recebe 1,5 milhão de turistas por ano.
. Natural de São Francisco de Paula, Pedro Bertolucci veio para Gramado aos treze anos de idade para estudar e trabalhar. Entregou leite, foi açougueiro e formou-se em técnico em contabilidade na Escola Cenecista Visconde de Mauá. Pedro transformou-se um líder estudantil. Foi eleito o vereador mais jovem de Gramado e depois o vereador mais votado. É considerado responsável pelo salto da cidade como pólo turístico.
Quando beber, vá de táxi
OPINIÃO DO LEITOR
Alguns leitores se manifestaram contra a tolerância zero para bebidas, alegando idas a bares, almoços, coquetéis, etc. Ora, vão de táxi, que além de mais seguro, garantirão o direito de todos de encher a cara à vontade e não colocar os outros e a si mesmo em risco. Além do que, também estarão contribuindo para melhoria do trânsito, com menos carros circulando, e meio ambiente, com menos poluidores. Tolerância zero sim, não só para bebidas, como para circulação de veículos. Porque executivos de Nova York podem andar de metrô, deixando os carros em casa, e os “guaipecas” tupiniquins tem que andar de carro velho ? Temos que valorizar o transporte coletivo e utilizar alternativas de transporte. Carro não é status; é ferramenta de locomoção. Silvio Belbute, Porto Alegre, RS.
Marchezan Júnior será o candidato do PSDB em Porto Alegre
Nelson Marchezan Júnior será o candidato do PSDB em Porto Alegre. A decisão está tomada. Aconvenção municipal deste domingo rejeitará as propostas de coligação com Fogaça e com Onyx, privilegiando a candidatura do próprio Partido.
. Até o meio deste sábado, o PSDB ainda tinha dúvidas sobre as suas tres opções, mas as manifestações inequívocas dos diretórios nacional e estadual do Partido em favor de Marchezan Júnior levaram o deputado a enfrentar as urnas.
. Com a definição, o quadro eleitoral de Porto Alegre está posto por completo. Neste domingo, além do PSDB, também PMDBe PDT farão suas convenções, mas neste caso o candidato único será Fogaça, que também terá o apoio, segunda-feira, do PTB.
. Desta forma os principais candidatos serão:
Pela esquerda: Maria do Rosário, PT; Manuela D'Ávila, PC do B; Luciana Genro, PSoL.
Pela centro-esquerda: José Fogaça, PMDB, PDT e PTB.
Pela direita: Onyx Lorenzoni, DEM; Nelson Marchezan Júnior, PSDB.
. Até o meio deste sábado, o PSDB ainda tinha dúvidas sobre as suas tres opções, mas as manifestações inequívocas dos diretórios nacional e estadual do Partido em favor de Marchezan Júnior levaram o deputado a enfrentar as urnas.
. Com a definição, o quadro eleitoral de Porto Alegre está posto por completo. Neste domingo, além do PSDB, também PMDBe PDT farão suas convenções, mas neste caso o candidato único será Fogaça, que também terá o apoio, segunda-feira, do PTB.
. Desta forma os principais candidatos serão:
Pela esquerda: Maria do Rosário, PT; Manuela D'Ávila, PC do B; Luciana Genro, PSoL.
Pela centro-esquerda: José Fogaça, PMDB, PDT e PTB.
Pela direita: Onyx Lorenzoni, DEM; Nelson Marchezan Júnior, PSDB.
Ex-líder dos “caras-pintadas” é denunciado por fraude no RJ
Depois de quase três anos de investigações, o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro conseguiu constatar que houve fraude na concorrência pública realizada pela Prefeitura de Nova Iguaçu em 2005, beneficiando a empresa Supernova Mídia e Comunicação, contratada para prestação de serviço por seis meses ao custo de R$ 598.460. O procurador- geral de Justiça do Rio, Marfan Martins Vieira, denunciou, na segunda-feira 23, o prefeito Lindberg Farias (PT) e outras sete pessoas pelo crime.
. Os esquemas do ex-líder estudantil foram denunciados por ISTOÉ em sua edição de 14 de maio, em matéria na qual a suspeita contratação da Supernova foi detalhada. Segundo a denúncia, encaminhada ao Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Rio - pois o prefeito tem foro privilegiado em ações criminais -, o processo licitatório foi direcionado para favorecer a Supernova, que havia prestado serviço a Lindberg na campanha eleitoral de 2004 e à qual o prefeito eleito devia R$ 250 mil.
. De acordo com o Ministério Público, a prisão preventiva dos denunciados só não foi solicitada porque o crime de fraude resulta em penas que variam de dois a quatro anos de detenção - e podem ser transformadas em penas alternativas, com multas e prestação de serviços públicos.
. Os esquemas do ex-líder estudantil foram denunciados por ISTOÉ em sua edição de 14 de maio, em matéria na qual a suspeita contratação da Supernova foi detalhada. Segundo a denúncia, encaminhada ao Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Rio - pois o prefeito tem foro privilegiado em ações criminais -, o processo licitatório foi direcionado para favorecer a Supernova, que havia prestado serviço a Lindberg na campanha eleitoral de 2004 e à qual o prefeito eleito devia R$ 250 mil.
. De acordo com o Ministério Público, a prisão preventiva dos denunciados só não foi solicitada porque o crime de fraude resulta em penas que variam de dois a quatro anos de detenção - e podem ser transformadas em penas alternativas, com multas e prestação de serviços públicos.
Veja mostra quem é quem no time de Obama
Clipping / A constelação Barack Obama / Revista Veja
Celebrado pelo talento retórico, o senador Barack Obama costuma usá-lo nos palanques tanto para inflamar as massas quanto para ocultar o biscoito fino. Obama não diz claramente se é contra ou a favor do livre-comércio ou das ações afirmativas. Mas, à medida que a campanha se desenrola, a cara de sua equipe é o que mais ajuda a dar alguma nitidez ao seu pensamento. Nos últimos dias, para decepção de uns e entusiasmo de outros, Obama passou a cercar-se de auxiliares do círculo de Bill e Hillary Clinton, ainda o casal mais poderoso do Partido Democrata. A nomeação mais significativa foi a do economista Jason Furman, que trabalhou na Casa Branca do ex-presidente e agora virou o manda-chuva das propostas econômicas de Obama. Furman tem 37 anos, vive flertando com a turma de Wall Street e já cobriu de elogios a política de salários baixos do Wal-Mart, para escândalo dos democratas puros-sangues. Mas ele não é o único que saiu da asa dos Clinton para aninhar-se sob Obama.
Os principais auxiliares na área de política externa, tema quente em decorrência do desastre no Iraque, também saíram da seara dos Clinton. O mais experiente é Anthony Lake, 69 anos, conselheiro de segurança nacional de Clinton entre 1993 e 1997, período-chave durante o qual o mundo mudou com o desaparecimento da União Soviética e o ressurgimento da Rússia, sob o comando de Boris Ieltsin e seus vastos estoques de mercúrio (no humor) e de vodca (no fígado).
Obama também conta com Susan Rice, outra que trabalhou com Clinton, cuidando dos assuntos da África. "Doutora Rice", como é chamada, apesar de sua ligação com os Clinton, preferiu alinhar-se a Obama desde o início. Ela se encantou com a crítica contundente do democrata à guerra do Iraque. No fim de 2002, doutora Rice carregava seu barrigão de nove meses para os palcos em que fazia eloqüentes discursos contra a guerra. Mirava o alvo: Bush estava confundindo Al Qaeda com Iraque. Seu poder cresceu quando Samantha Power deixou a campanha depois de chamar Hillary de "monstro". Samantha, ela sim, era um rosto novo em folha. Nasceu e viveu na Irlanda até os 9 anos de idade, quando imigrou para os EUA. Tornou-se uma inteligência arejada da academia americana e uma defensora original dos direitos humanos. Entende de guerras e genocídios. Nada impede que, se Obama for eleito, ela tenha um cargo no governo.
Na política externa, Obama misturou Lake com Samantha Power, que não são opostos, mas estão longe de ser índios da mesma tribo. Na economia, além de Furman, tem Austan Goolsbee, professor da Universidade de Chicago, Jared Bernstein, identificado com a esquerda, e James Galbraith, filho do famoso keynesiano John Kenneth Galbraith e seguidor das idéias do pai. Disso tudo pode sair muita coisa, menos clareza. A favor de Obama, seus auxiliares são unânimes em afirmar que o candidato tem uma cabeça excepcionalmente aberta e gosta de ouvir opiniões diferentes antes de decidir. O que parece ambigüidade, dizem eles, na verdade é flexibilidade. Pode ser, mas o fato é que Obama não é claro em certas questões pela razão de sempre dos políticos em eleição: ele quer agradar a todos. O democrata é menos ambíguo quando se trata de fazer o lobby dos produtores americanos de etanol de milho. "Não vale a pena substituir nossa dependência do petróleo pela dependência do etanol do Brasil", disse.
Por enquanto sua campanha tem dado muito certo, e boa parte do sucesso é mérito de uma dupla de Davids. Um é David Axelrod, mestre em eleger políticos negros desde que orientou, em 1987, a reeleição de Harold Washington, o primeiro prefeito negro de Chicago. Depois disso, fez fila. Elegeu os prefeitos negros de Detroit, Cleveland, Houston, Filadélfia, Washington. O outro é David Plouffe, amigo e sócio de Axelrod. É o coordenador-geral da campanha. Seu jeito tímido e acanhado contrasta com o vozeirão de radialista. Gravitando em torno de todos está Valerie Jarrett, amiga de longa data e ex-presidente da Bolsa de Chicago. É a única pessoa com intimidade para dizer aos Obama as verdades que ninguém gosta de ouvir. Pairando sobre a constelação, está a mulher de Obama, Michelle. Ela não dá palpite na campanha, mas está sempre de olho na imagem do marido e tem sido uma presença para lá de cintilante na disputa.
Celebrado pelo talento retórico, o senador Barack Obama costuma usá-lo nos palanques tanto para inflamar as massas quanto para ocultar o biscoito fino. Obama não diz claramente se é contra ou a favor do livre-comércio ou das ações afirmativas. Mas, à medida que a campanha se desenrola, a cara de sua equipe é o que mais ajuda a dar alguma nitidez ao seu pensamento. Nos últimos dias, para decepção de uns e entusiasmo de outros, Obama passou a cercar-se de auxiliares do círculo de Bill e Hillary Clinton, ainda o casal mais poderoso do Partido Democrata. A nomeação mais significativa foi a do economista Jason Furman, que trabalhou na Casa Branca do ex-presidente e agora virou o manda-chuva das propostas econômicas de Obama. Furman tem 37 anos, vive flertando com a turma de Wall Street e já cobriu de elogios a política de salários baixos do Wal-Mart, para escândalo dos democratas puros-sangues. Mas ele não é o único que saiu da asa dos Clinton para aninhar-se sob Obama.
Os principais auxiliares na área de política externa, tema quente em decorrência do desastre no Iraque, também saíram da seara dos Clinton. O mais experiente é Anthony Lake, 69 anos, conselheiro de segurança nacional de Clinton entre 1993 e 1997, período-chave durante o qual o mundo mudou com o desaparecimento da União Soviética e o ressurgimento da Rússia, sob o comando de Boris Ieltsin e seus vastos estoques de mercúrio (no humor) e de vodca (no fígado).
Obama também conta com Susan Rice, outra que trabalhou com Clinton, cuidando dos assuntos da África. "Doutora Rice", como é chamada, apesar de sua ligação com os Clinton, preferiu alinhar-se a Obama desde o início. Ela se encantou com a crítica contundente do democrata à guerra do Iraque. No fim de 2002, doutora Rice carregava seu barrigão de nove meses para os palcos em que fazia eloqüentes discursos contra a guerra. Mirava o alvo: Bush estava confundindo Al Qaeda com Iraque. Seu poder cresceu quando Samantha Power deixou a campanha depois de chamar Hillary de "monstro". Samantha, ela sim, era um rosto novo em folha. Nasceu e viveu na Irlanda até os 9 anos de idade, quando imigrou para os EUA. Tornou-se uma inteligência arejada da academia americana e uma defensora original dos direitos humanos. Entende de guerras e genocídios. Nada impede que, se Obama for eleito, ela tenha um cargo no governo.
Na política externa, Obama misturou Lake com Samantha Power, que não são opostos, mas estão longe de ser índios da mesma tribo. Na economia, além de Furman, tem Austan Goolsbee, professor da Universidade de Chicago, Jared Bernstein, identificado com a esquerda, e James Galbraith, filho do famoso keynesiano John Kenneth Galbraith e seguidor das idéias do pai. Disso tudo pode sair muita coisa, menos clareza. A favor de Obama, seus auxiliares são unânimes em afirmar que o candidato tem uma cabeça excepcionalmente aberta e gosta de ouvir opiniões diferentes antes de decidir. O que parece ambigüidade, dizem eles, na verdade é flexibilidade. Pode ser, mas o fato é que Obama não é claro em certas questões pela razão de sempre dos políticos em eleição: ele quer agradar a todos. O democrata é menos ambíguo quando se trata de fazer o lobby dos produtores americanos de etanol de milho. "Não vale a pena substituir nossa dependência do petróleo pela dependência do etanol do Brasil", disse.
Por enquanto sua campanha tem dado muito certo, e boa parte do sucesso é mérito de uma dupla de Davids. Um é David Axelrod, mestre em eleger políticos negros desde que orientou, em 1987, a reeleição de Harold Washington, o primeiro prefeito negro de Chicago. Depois disso, fez fila. Elegeu os prefeitos negros de Detroit, Cleveland, Houston, Filadélfia, Washington. O outro é David Plouffe, amigo e sócio de Axelrod. É o coordenador-geral da campanha. Seu jeito tímido e acanhado contrasta com o vozeirão de radialista. Gravitando em torno de todos está Valerie Jarrett, amiga de longa data e ex-presidente da Bolsa de Chicago. É a única pessoa com intimidade para dizer aos Obama as verdades que ninguém gosta de ouvir. Pairando sobre a constelação, está a mulher de Obama, Michelle. Ela não dá palpite na campanha, mas está sempre de olho na imagem do marido e tem sido uma presença para lá de cintilante na disputa.
Internet supera 40 milhões de usuários no país
O Brasil ultrapassou pela primeira vez a marca de 40 milhões de pessoas com acesso à internet em qualquer ambiente, como casa, trabalho, escola, telecentros e bibliotecas. O dado, divulgado ontem pelo Ibope/NetRatings, refere-se ao primeiro trimestre deste ano.
Segundo a pesquisa, de janeiro a março de 2008, 41,565 milhões de pessoas com 16 anos ou mais declararam ter acesso à internet, uma alta de 25,3% em relação ao mesmo período de 2007. Trata-se do maior nível atingido no país desde setembro de 2000, primeiro ano da pesquisa.
. O número de internautas equivale a 22,5% da população -o Brasil tem cerca de 184 milhões de habitantes. Em nenhum dos outros nove países analisados pela NetRatings esse índice é menor que 65%. Mas são todas economias desenvolvidas: Alemanha, Espanha, Estados Unidos, França, Itália, Japão, Reino Unido e Suíça.
. A maior parte das pessoas pesquisadas pela empresa afirma ter acesso à internet em casa (47,4%), seguido pelos locais públicos (41,2%) e no trabalho (22,5%).
Segundo a pesquisa, de janeiro a março de 2008, 41,565 milhões de pessoas com 16 anos ou mais declararam ter acesso à internet, uma alta de 25,3% em relação ao mesmo período de 2007. Trata-se do maior nível atingido no país desde setembro de 2000, primeiro ano da pesquisa.
. O número de internautas equivale a 22,5% da população -o Brasil tem cerca de 184 milhões de habitantes. Em nenhum dos outros nove países analisados pela NetRatings esse índice é menor que 65%. Mas são todas economias desenvolvidas: Alemanha, Espanha, Estados Unidos, França, Itália, Japão, Reino Unido e Suíça.
. A maior parte das pessoas pesquisadas pela empresa afirma ter acesso à internet em casa (47,4%), seguido pelos locais públicos (41,2%) e no trabalho (22,5%).
Embaixador falará, dia 1o, na Adesg, em Porto Alegre, sobre geoestratégia.
O posicionamento do Brasil perante as grandes nações e seu futuro na geoestratégia mundial, o novo cenário da disputa econômica no século XXI, a questão do biodiesel e do álcool, a influência das eleições norte-americanas em nosso País e as questões estratégicas da Amazônia são algumas das questões que serão analisadas terça-feira, dia 1º, pelo Embaixador Marcos Henrique Côrtes, em palestra aberta ao público.
. Panorama Geoestratégico Mundial – O Posicionamento do Brasil é o título da aula magna a ser proferida pelo Embaixador Côrtes na abertura do Curso de Estudos de Política e Estratégia de Gestão (CEPEG) da ADESG/RS – Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra – Delegacia no Rio Grande do Sul –, que acontece dia 1º de julho, às 19h, no Auditório do GBOEX (Rua 7 de Setembro, 604).
. Côrtes, que ocupou alguns dos principais postos da diplomacia brasileira, tendo sido Embaixador em Washington e em Viena, é especialista em geoestratégia mundial e tem sido palestrante emérito na Escola Superior de Guerra, no Itamaraty, e nas principais universidades brasileiras, como a Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
. Panorama Geoestratégico Mundial – O Posicionamento do Brasil é o título da aula magna a ser proferida pelo Embaixador Côrtes na abertura do Curso de Estudos de Política e Estratégia de Gestão (CEPEG) da ADESG/RS – Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra – Delegacia no Rio Grande do Sul –, que acontece dia 1º de julho, às 19h, no Auditório do GBOEX (Rua 7 de Setembro, 604).
. Côrtes, que ocupou alguns dos principais postos da diplomacia brasileira, tendo sido Embaixador em Washington e em Viena, é especialista em geoestratégia mundial e tem sido palestrante emérito na Escola Superior de Guerra, no Itamaraty, e nas principais universidades brasileiras, como a Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).