Eu conheci Ernesto Che Guevara (foto) em julho de 1963, em Havana. Apenas alguns meses antes, em Florianópolis, perdi por pouco a oportunidade de viajar a Punta del Este com o presidente cubano Osvaldo Dorticós, que desembarcou no aereporto Hercílio Luz para uma reunião "secreta" com enviados do presidente Jânio Quadros. Na época, eu era repórter do jornal Diário da Tarde, furei o esquema de segurança do aeroporto, entrevistei Dorticós, recebi o convite para acompanhá-lo no Yliushen do governo cubano, mas me assustei e não fui adiante. As fotos que consegui do evento foram confiscadas pelo governo Celso Ramos, a pedido do Planalto, e a reportagem foi censurada no jornal. Afinal, a reunião de Florianópolis foi secreta e não tinha saído.
. Falo agora sobre o Che, porque neste dia 14 ele completou 80 anos.
. Em Havana, em julho, estive no enorme palanque onde se reuniram Fidel, Che, os outros líderes da revolução, mais convidados de primeira linha, como Ahmed Ben Bella, da Argélia, Salvador Allende, do Chile, e mais duas centenas de gente de grande calibre. A delegação brasileira foi bem tratada ali e depois, à noite, numa recepção numa das dachas confiscadas dos ricos plantadores de cana que tinham fugido para Miami. Foi num desses eventos que cumprimentei Che Guevara, mas nem conversa houve.
. As semanas seguintes em Cuba me levaram até Santiago, no extremo da ilha, mas também subi Sierra Maestra, onde durante anos os guerrilheiros barbudos esconderam-se. A viagem foi ciceroneada por Armando Hard, na época ministro da Educação.
. Voltei de Havana, um mês depois, forrado de literatura marxista, mas na cabeça o culto à personalidade de Fidel já começou a marcar a virada que alguns anos mais tarde eu faria na minha maneira de ver o mundo e enxergar os ditadores de todos os matizes.
ZH, Feijó e a farsa do Caçador de Marajás
As manchetes do Correio do Povo destes sábado e domingo, demonstram que o jornal Zero Hora não pauta apenas suas próprias edições quando fustiga Yeda e infla Paulo Feijó.
. Neste domingo, o jornal da RBS buscou saber dos leitores o que eles pensaram sobre a gravação traiçoeira, criminosa, anti-ética e imoral feita por Feijó em cima de uma conversa com o ex-chefe da Casa Civil, Cezar Busatto. 61,8% aprovaram o gesto do vice-governador. O jornal publica, também, um vigoroso editorial, intitulado "Virada Ética", onde elogia Feijó, os leitores que o apóiam na pesquisa, aproveitando para ressaltar os ganhos gaúchos em relação à revelação dos escândalos de corrupção, prvaricação e desvios éticos na administração gaúcha, o que inclui certamente o Tribunal de Contas e não apenas o governo estadual. ZH ruge diante das bandalheiras descobertas no RS, mas não fornece uma só linha para lembrar que o governo federal está envolvido até o fundo dos olhos em eventos escabrosos, dos quais são apenas exemplos mais recentes os episódios dos cartões corporativo, do dossiê criminoso montado contra FHC e da venda leviana da Varig para a Gol. Ou não foi o governo do PT, com Lula, quem começou toda essa sujeirada moral, ética e fática que envergonha os brasileiros e agora assombra os gaúchos ? Brasília está longe demais, o governo federal tem poder demais, ou os leitores gaúchosnão se interessam pelo que ocorre no Planalto Central ?
. Que tal ZH fazer uma pesquisa perguntando o que seus leitores acham de um linchamento, logo em seguida a um estupro cometido pelo criminoso ? Certamente 90% dos entrevistados aprovariam o linchamento.
. Muitos leitores acreditam que o editor desta página fustiga Feijó porque busca defender os acusados nas denúncias de corrupção no Detran. O editor quer mais é que todos eles sejam condenados na Justiça Federal e cumpram belos anos de prisão. Lugar de corrupto é na cadeia e quanto mais corruptos foram presos, melhor para a sociedade.
. Cada caso é cada caso e por isto não dá para confundir o combate à corrupção e os meios usados para fazer isto.
. Sempre é bom lembrar que Collor foi o Caçador de Marajás.
. Neste domingo, o jornal da RBS buscou saber dos leitores o que eles pensaram sobre a gravação traiçoeira, criminosa, anti-ética e imoral feita por Feijó em cima de uma conversa com o ex-chefe da Casa Civil, Cezar Busatto. 61,8% aprovaram o gesto do vice-governador. O jornal publica, também, um vigoroso editorial, intitulado "Virada Ética", onde elogia Feijó, os leitores que o apóiam na pesquisa, aproveitando para ressaltar os ganhos gaúchos em relação à revelação dos escândalos de corrupção, prvaricação e desvios éticos na administração gaúcha, o que inclui certamente o Tribunal de Contas e não apenas o governo estadual. ZH ruge diante das bandalheiras descobertas no RS, mas não fornece uma só linha para lembrar que o governo federal está envolvido até o fundo dos olhos em eventos escabrosos, dos quais são apenas exemplos mais recentes os episódios dos cartões corporativo, do dossiê criminoso montado contra FHC e da venda leviana da Varig para a Gol. Ou não foi o governo do PT, com Lula, quem começou toda essa sujeirada moral, ética e fática que envergonha os brasileiros e agora assombra os gaúchos ? Brasília está longe demais, o governo federal tem poder demais, ou os leitores gaúchosnão se interessam pelo que ocorre no Planalto Central ?
. Que tal ZH fazer uma pesquisa perguntando o que seus leitores acham de um linchamento, logo em seguida a um estupro cometido pelo criminoso ? Certamente 90% dos entrevistados aprovariam o linchamento.
. Muitos leitores acreditam que o editor desta página fustiga Feijó porque busca defender os acusados nas denúncias de corrupção no Detran. O editor quer mais é que todos eles sejam condenados na Justiça Federal e cumpram belos anos de prisão. Lugar de corrupto é na cadeia e quanto mais corruptos foram presos, melhor para a sociedade.
. Cada caso é cada caso e por isto não dá para confundir o combate à corrupção e os meios usados para fazer isto.
. Sempre é bom lembrar que Collor foi o Caçador de Marajás.
Cassel, do MDA, fala em nome do governo quando fala em expulsar a Stora Enso do RS ?
O governo federal não disse até agora se o ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, fala em seu nome ou em nome próprio quando avisa para quem quiser ouvir que vetará o investimento de US$ 1,2 bilhão que a Stora Enso programa fazer no RS.
. O Incra cria todos os obstáculos "possíveis" para que a Stora Enso não fique no RS. O editor tem decupagens de reunião de agentes do Incra, no interior gaúcho, comunicando ao MST que cria obstáculos de todo gênero para cansar o grupo sueco-finlandês.
. O PT, que já mandou a Ford embora do RS, agora quer mandar outra Ford embora, porque o investimento previsto pela Stora Enso é do tamanho do investimento exigido por uma montadora.
. O Incra cria todos os obstáculos "possíveis" para que a Stora Enso não fique no RS. O editor tem decupagens de reunião de agentes do Incra, no interior gaúcho, comunicando ao MST que cria obstáculos de todo gênero para cansar o grupo sueco-finlandês.
. O PT, que já mandou a Ford embora do RS, agora quer mandar outra Ford embora, porque o investimento previsto pela Stora Enso é do tamanho do investimento exigido por uma montadora.
Saiba por que Jair Soares não quis ficar no grupo de transição.
Até agora o ex-governador Jair Soares não abriu a boca para contar por que razão não quis permanecer no grupo de transição montado por Yeda Crusius para avaliar em nome dos Partidos da base aliada as mudanças que ela fará na administração estadual, a refundação do governo, segundo ela mesmo tem anunciado.
. As versões da mídia:
1) o grupo tem pouca expressão, já que os Partidos não indicaram seu primeiro time.
2) o PP não teria dado carta branca para Jair Soares agir como achasse melhor.
. A verdade verdadeira é que Jair Soares está irritado com o próprio Partido, já que este vetou-o para a presidência do BRDE.
. A vaga de Francisco Turra, que saiu do banco há dois meses, é do PP, mas até agora não foi preenchida.
. As versões da mídia:
1) o grupo tem pouca expressão, já que os Partidos não indicaram seu primeiro time.
2) o PP não teria dado carta branca para Jair Soares agir como achasse melhor.
. A verdade verdadeira é que Jair Soares está irritado com o próprio Partido, já que este vetou-o para a presidência do BRDE.
. A vaga de Francisco Turra, que saiu do banco há dois meses, é do PP, mas até agora não foi preenchida.
Pedro Bala, prefeito de Gramado, é cotado para o lugar de Marta Suplicy.
Aqui em Gamado, onde o editor passa o fim de semana chuvoso e frio, congestionado pelo irritante vai e vem de milhares de turistas, a notícia do dia é a informação de que o prefeito Pedro Bertolucci (foto), o Pedro Bala (ele é chamado assim porque distribui bala para todo mundo, sobretudo para os eleitores) poderá ser o novo ministro do Turismo.
. Pedro Bala, que é do PP, também é cotado para secretário gaúcho do Turismo.
. Pedro Bala, que é do PP, também é cotado para secretário gaúcho do Turismo.
Empresas unem Lap Chan e compadre de Lula
As relações do escritório do advogado Roberto Teixeira com o chinês Lap Chan vão além da representação da VarigLog nas pendências judiciais e administrativas da empresa na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e outros órgãos federais. A filha de Roberto Teixeira, Larissa Teixeira, é também diretora, junto com Lap Chan, de duas empresas em São Paulo cuja atividade principal, conforme as informações disponíveis no cadastro da Receita Federal, é administração patrimonial.
. Larissa divide com Lap Chan a administração das empresas Aliança Participações S.A. e Belenos Participações e Empreendimentos S.A., ambas com endereço na Rua Diogo Jacome, em Vila Nova Conceição, bairro de classe alta paulistana. Larissa é sócia e advogada do escritório Teixeira Martins Advogados, de seu pai.
CLIQUE aqui para ler a matéria completa do jornal O Estado de S.Paulo.
. Larissa divide com Lap Chan a administração das empresas Aliança Participações S.A. e Belenos Participações e Empreendimentos S.A., ambas com endereço na Rua Diogo Jacome, em Vila Nova Conceição, bairro de classe alta paulistana. Larissa é sócia e advogada do escritório Teixeira Martins Advogados, de seu pai.
CLIQUE aqui para ler a matéria completa do jornal O Estado de S.Paulo.
Feijó diz a Folha que grava todas as conversas sobre o governo Yeda
O vice-governador do RS, Paulo Feijó (DEM), 50, disse ontem (13) em entrevista que tem cópias de e-mails e de planilhas da época da campanha que o elegeu vice da governadora Yeda Crusius (PSDB), sua inimiga política. Ele não quis comentar o conteúdo, mas a Folha apurou que os registros trazem mais dados sobre a captação de recursos para a campanha eleitoral. A crise política no governo gaúcho se aprofundou desde o dia 6, quando Feijó divulgou gravação da conversa em que o ex-chefe da Casa Civil gaúcha Cézar Busatto admite o uso de estatais no financiamento de campanhas. Três secretários caíram. A governadora montou um gabinete de transição para tentar recompor sua base.
CLIQUE aqui para ler a entrevista completa de Feijo a Folha de S.Paulo.
CLIQUE aqui para ler a entrevista completa de Feijo a Folha de S.Paulo.
A venda da Varig: corretagem imoral do governo.
Nem a tropa de choque armada pelo governo do PT para desqualificar a ex-diretora da Anac, Denise Abreu, até há pouco uma das petistas mais prestigiadas no Palácio do Planalto, conseguiu impedir que ela deixasse meridianamente claro a patifaria que foi a venda da Varig.
. A Casa Civil, no caso a ministra Dilma Roussef, conseguiu trabalhar como corretora do negócio mal cheiroso. Denise Abreu comprovou o seguinte:
1) Por pressão da Casa Civil, a Anac concordou com a venda da Varig, em janeiro de 2005, para um fundo americano, com três sócios brasileiros e a assessoria do compadre de Lula, o advogado Roberto Teixeira.
2) A Casa Civil impediu que a Anac verificasse a origem do dinheiro dos três laranjas.
3) As dívidas fiscais e trabalhistas de R$ 7 bilhões foram transferidas para a empresa quebrada e não para a Varig vendida.
4) Meio ano depois de vendida para o fundo americano por US$ 25 milhões, a Varig Log vendeu a Varig para a Gol por US$ 320 milhões.
. Foi tudo feito a toque de caixa, inclusive mudanças oportunistas na Lei de Falência e pareceres da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional.
CLIQUE AQUI para ler o editorial do Estadão desta sexta-feira, intitulado "A corretagem imoral do governo", que conta melhor a escabrosa história.
. A Casa Civil, no caso a ministra Dilma Roussef, conseguiu trabalhar como corretora do negócio mal cheiroso. Denise Abreu comprovou o seguinte:
1) Por pressão da Casa Civil, a Anac concordou com a venda da Varig, em janeiro de 2005, para um fundo americano, com três sócios brasileiros e a assessoria do compadre de Lula, o advogado Roberto Teixeira.
2) A Casa Civil impediu que a Anac verificasse a origem do dinheiro dos três laranjas.
3) As dívidas fiscais e trabalhistas de R$ 7 bilhões foram transferidas para a empresa quebrada e não para a Varig vendida.
4) Meio ano depois de vendida para o fundo americano por US$ 25 milhões, a Varig Log vendeu a Varig para a Gol por US$ 320 milhões.
. Foi tudo feito a toque de caixa, inclusive mudanças oportunistas na Lei de Falência e pareceres da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional.
CLIQUE AQUI para ler o editorial do Estadão desta sexta-feira, intitulado "A corretagem imoral do governo", que conta melhor a escabrosa história.
VEJA mostra por que só agora Chávez quer o fim das Farc
Qual dos dois Hugo Chávez é sincero? O radical que defendia com paixão as Farc? Ou o presidente amansado que aconselha os narcoterroristas a depor as armas? "A esta altura, na América Latina, está fora de lugar um movimento guerrilheiro armado", explicou Chávez em seu programa dominical Alô Presidente, no dia 8. Em seguida, pediu a libertação incondicional dos mais de 700 reféns em mãos das Farc. Entender as mudanças no discurso do presidente venezuelano sempre foi um desafio. É certo que ele late mais do que morde. Seus vilipêndios contra o "império" e o "diabo" (George W. Bush), por exemplo, não afetaram o fato de os Estados Unidos serem o maior comprador do petróleo venezuelano. Chávez já mudou de posição outras vezes, apenas para ser desmentido logo depois. Talvez se tenha agora algo mais sério na guinada: a preocupação de Chávez com a própria sobrevivência política.