Os resultados eleitorais na maior parte das capitais demonstrou que as pessoas estão razoavelmente satisfeitas com seus prefeitos e por isto reelegem quase todos que podem. Os prefeitos estão com dinheiro, contiveram seus corruptos e fazem obras. É o que o povo quer. Agora é hora de ousar mais.
. A crise financeira global só agora começa a assustar internamente e poderá interferir nos resultados do dia 26, mas neste domingo foi tudo festa: a economia cresce, as pessoas estão consumindo, a política permanece estável e as instituições republicanas funcionam bem.
. Em Porto Alegre, o prefeito José Fogaça por muito pouco não faturou a eleição no primeiro turno. Um tsunami de migração de votos de última hora repetiu o que ocorreu em 2006 (Rigotto-Yeda) e 2002 (Britto-Rigotto) e levou pelo menos 6 pontos percentuais de Manuela D’Ávila, do PCdoB, para o candidato da coligação PMDB-PTB-PDT. Manuela foi a grande boa surpresa das eleições deste ano e foi elegante no discurso em que avaliou sua coligação com o PPS, agredida de maneira selvagem e continuada por Maria do Rosário, do PT.
. Os 43% dos votos válidos dados a Fogaça, que confirmaram a boca de urna do Instituto Methodus e do Correio do Povo (Zero Hora e Ibope erraram mais uma vez os resultados), podem ser melhor avaliados se comparados aos 20% de Maria do Rosário. Foi o pior desempenho do PT nos últimos 20 anos em Porto Alegre.
. Esta segunda-feira foi dia de lamber feridas e comemorar, mas a vida real da luta eleitoral recomeçará nesta quarta-feira. Agora, na telinha da TV e no dial dos rádios, o tempo será igual para os dois lados. Uma nova eleição vai começar em Porto Alegre.
Nota do editor – O PMDB foi o grande vitorioso nas urnas do RS. O PMDB não está mais divididido. O que saiu das urnas é o velho PMDB de Shirmer (Santa Maria), Sartori (Caxias), Fábio Branco (Rio Grande) e Fogaça (Porto Alegre), portanto o PMDB de Pedro Simon. Um deles – e mais Rigotto – será o candidato fortíssimo do Partido para 2010.
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