Leia a manifestação a seguir e responda para o e-mail polibio.braga@uol.com.br a seguinte pergunta:
- De quem é o texto ?
Eis quatro opções para você:
1) o comando da campanha de Maria do Rosário.
2) algum familiar de Maria do Rosário.
3) o presidente do PT, Olívio Dutra.
4) um jornalista independente e atento.
Lula não está sendo justo
O tratamento que o presidente Lula está dispensando à candidata Maria do Rosário é, no mínimo, desleal. Por acaso, Rosário é menos petista do que Marta Suplicy, para quem Lula pede votos nas ruas de São Paulo? Ou Porto Alegre é menos importante do que Juiz de Fora e Cuiabá, cidades para as quais Lula encontrou tempo na agenda e gravou mensagens para os candidatos que têm a sua bênção no segundo turno? Custava ter gravado um depoimento personalizado, como fez para outros candidatos, antes de viajar para Espanha, Índia e Moçambique? O presidente está sacrificando uma companheira leal ao PT, para não se incomodar com o PMDB, um aliado importante do qual parece ter se tornado refém. Chega a ser acintoso ver o candidato do PMDB a prefeito do Rio, Eduardo Paes, apresentar-se ao lado de Lula na propaganda eleitoral, enquanto Rosário é obrigada a ficar repetindo que ela e o presidente são do mesmo partido, o PT. Eduardo Paes, para quem não lembra, era tucano à época do escândalo do mensalão e foi um dos maiores algozes de Lula na Câmara. Tentou até incriminar no mensalão um dos filhos do presidente. Agora, Paes é o candidato do governador Sérgio Cabral, aliado de primeira hora do Planalto, e se apresenta como o preferido de Lula na disputa com Fernando Gabeira (PV). Maria do Rosário foi sempre leal ao presidente. Quando concorreu a presidente do PT, nunca deixou de defender o governo. Vota com o Planalto em projetos impopulares, carrega as bandeiras de Lula, põe a mão no fogo pelo presidente. No primeiro turno, a desculpa de Lula para não se envolver na campanha de Rosário foi a candidatura de Manuela D’Ávila, do aliado PC do B. Agora, não tem justificativa: José Fogaça pode ter excelentes relações com o Planalto, mas o fato de ser do PMDB não faz dele mais um candidato do governo. De certa forma, Lula repete o que o PT fez com Luizianne Lins em Fortaleza, na eleição de 2004. Abandonada à própria sorte, Luizianne se elegeu e, para surpresa de quem não esperava nada dela, agora conquistou o segundo mandato no primeiro turno.
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