Apesar das reiteradas declarações de ministros de que o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) não seria atingido pela crise de crédito mundial, o ritmo de gastos nas obras financiadas com dinheiro do contribuinte caiu, em média, mais de 70% em outubro, em relação aos meses anteriores.
. Os números são do Siafi, o sistema informatizado de acompanhamento de gastos federais. O levantamento feito pela ONG Contas Abertas se baseou nos registros lançados pelo Tesouro Nacional até a noite de terça-feira, na antevéspera da divulgação do novo balanço do PAC, marcada para hoje.
. A Casa Civil, que coordena o programa, não quis comentar os dados antes do evento no Palácio do Planalto. No início do mês, ao negar reflexos da crise mundial nas obras, a ministra Dilma Rousseff disse que o PAC manteria "ritmo de cruzeiro".
Entre 1º e 28 de outubro, os pagamentos do PAC somaram R$ 399,7 milhões, contabilizadas também as contas pendentes de anos anteriores. O valor é 66% inferior ao R$ 1,176 bilhão pago em setembro e 79% menor do que o R$ 1,668 bilhão de pagamentos feitos em agosto.
. As informações acima são do jornal Folha de S.Paulo.
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