O advogado Roberto Teixeira tem laços com a família do presidente Luiz Inácio Lula da Silva mais amplos do que a amizade. Estendem-se também ao lado profissional. Compadre de Lula, Teixeira advoga para Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, filho mais velho do segundo casamento do presidente.
. Teixeira defende Lulinha num processo, por danos morais, movido contra a revista "Veja" e o lobista Alexandre Paes dos Santos, conhecido como APS. Na edição de 25/10/ 2006, "Veja" publicou reportagem sobre como Lulinha teria praticado tráfico de influência a partir do escritório de APS, em Brasília.
. "Mas isso não significa que a gente confunda a posição dele como presidente da República, que eu respeito, com a amizade que se tem. Ele representa a República do Brasil, ele tem que cuidar da República como um todo. E me mantenho à distância que liturgicamente é necessária", disse Teixeira, em entrevista à Folha na ocasião.
A reportagem o questionou, por meio de sua assessoria, como seria o pagamento por seus honorários na defesa de Lulinha. Teixeira não respondeu até o fechamento desta edição. A Folha encaminhou as mesmas perguntas a Lulinha, que não quis comentar o caso.
. Lulinha entrou com ação na Justiça de São Paulo contra a editora Abril, que edita "Veja", e APS. Teixeira é o advogado principal de Lulinha na ação. É ele quem assina uma série de documentos relacionados ao caso. Lulinha pede R$ 10 mil de indenização.
. No começo deste mês, APS entrou com reclamação no Supremo Tribunal Federal, pleiteando suspensão do processo com base na decisão do STF que revogou parte da Lei de Imprensa. Por fax, Teixeira solicitou credenciamento de estagiário para tirar cópia do processo no Supremo.
. No último dia 9, o ministro do STF Menezes Direito negou o pedido de APS. Ou seja, o processo continua em curso.
. As informações acima são da Folha de São Paulo.
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