Na sua newsletter de hoje, o prefeito do Rio, César Maia (foto), confirma que numa reunião no Palácio das Laranjeiras com a governadora Yeda Crusius, em 2007, propôs que ele próprio e os governadores que estavam ali presentes, alcançassem recursos para o governo do RS, visando dar fôlego a Yeda para buscar o equilíbrio fiscal no Estado. Segundo Maia, a própria Yeda fez vasar a notícia e demonstrou empáfia ao rejeitar a proposta. Cesar Maia atribui aos problemas financeiros do governo estadual a atual crise no RS.
. A informação do prefeito é precisa e correta, mas a sua análise sobre a crise política atual não tem nada a ver. É totalmente furada, entre outras razões porque o equilíbrio fiscal está sendo alcançado, as medidas destinadas a buscar superavit já no ano que vem estão concretamente em andamento, como é o caso dos US$ 1 bi do Banco Mundial para ajudar a rolar a dívida extra-limite, e além disto a economia gaúcha vive momento virtuoso, o que transparece na elevação enorme da arrecadação.
LEIA:
1. O governo do estado do Rio Grande do Sul, enfrenta uma crise financeira estrutural há muitos governos. As medidas adotadas têm sido paliativas e resolvido episodicamente os problemas. Por ele passaram o PDT, PT, PMDB, PSDB, e a volatilidade não mudou. Nenhum dos governos -desde 1983- conseguiu equacionar a crise financeira. E lá se vão 25 anos.
2. No inicio do atual governo do PSDB, numa reunião no Palácio Laranjeiras a convite do Governador do RJ, com os governadores de SP e Espírito Santo, o Prefeito do Rio propôs um alivio de caixa imediato ao governo do Rio Grande do Sul, por ação de todos, a Prefeitura do Rio incluída, de forma a dar tempo à Governadora, para que adotasse as medidas que se fizessem necessárias.
3. Lembrou que um fracasso da Governadora eleita, seria o retorno da oposição do governo em 2010. E arrematou dizendo que uma crise financeira, além dos desdobramentos políticos, tem desdobramentos administrativos, "abrindo-se" para ter governabilidade com as conseqüências, que aliás, estamos vendo.
4. Nos dias seguintes, com o vazamento da proposta por alguém presente, vieram as críticas e ironias, em notas e matérias na imprensa, impulsionadas, entre outros e principalmente pela governadora. O tempo mostrou que a empáfia e o amadorismo ao tratar da proposta de se antecipar, transformaram a gestão em desmonte e que dois anos e meio antes do prazo, o governo do Rio Grande do Sul desintegrou.
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