Este artigo é do Observatório Brasil Soberano
O artigo publicado pelo Valor Econômico no domingo provocou calafrios na Faria Lima. Não porque trazia algo revolucionário, mas porque dizia o que nenhum liberal tropical tem coragem de admitir: o livre-comércio fracassou como projeto de desenvolvimento.
O chefe do comércio americano, Jamieson Greer, afirmou sem rodeios que “soberania se produz, não se negocia”. Para um país dominado por bancos e planilhas, foi como ouvir uma blasfêmia.
Os Estados Unidos estão voltando a Hamilton. Enquanto o Brasil ainda recita Friedman, o governo americano está relendo as Cartas sobre a Economia Nacional e o Relatório das Manufaturas. Ali, Alexander Hamilton explicava que a liberdade de uma nação depende de sua capacidade de produzir o que consome. “Quem depende de outros para o sustento depende de outros para o poder”, escreveu ele. Greer trouxe essa ideia ao presente ao afirmar que “o comércio deve estar a serviço de algo maior” e que a soberania “é uma mistura de autonomia e resiliência”. Segundo ele, os Estados Unidos precisam de uma “economia de produção”, sustentada por uma grande classe média que trabalha, cria e acumula. Em suas palavras, “essa economia enfatiza uma sociedade que produz e cresce, em vez de uma pequena elite que extrai, realoca e esbanja”. É uma crítica direta ao modelo globalista que o próprio Ocidente criou — e que o Brasil copiou sem entender. O livre-comércio, sem base produtiva, não gera prosperidade; gera dependência
Devemos voltar a Hamilton e reler Ricardo e Adam smiti....Smiti defe ndia o comércio livre porque era inglês e a Inglaterra estava por cima na época ..livre comércio e bom para quem está por cima...e hoje quem está por cima da produção e a China ...o Brasil cresceu por cem anos 1880 a 1980 praticando a substituição de importações...e depois de 1990 foi para o livre comércio e estamos afundando há 40 anos...Hamilton era amigo de José Bonifácio..o paí de nossa independência...mas depois da independência trocamos a submissão a Portugal pela submissão a Inglaterra que defendia o livre comércio e deixou o Brasil preso na dívida externa até hoje...
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