Artigo, Fernão Lara Mesquita - Ainda sobre o desabafo de Bolsonaro

- Fernão Lara Mesquita é colunista do Estadão e publisher do blog O Vespeiro.

A ilustração é do blog O  Vespeiro.

Sobre o “estilo Bolsonaro” o que há de importante, para além do que cada um acha, é que 58 milhões de brasileiros declararam na urna sua preferência nele sobre os discursos polidos (e engordurados) mas falsos que vivem sendo derramados por aí, e isso tem de ser respeitado acima de tudo num “estado democrático de direito”.

Se as reuniões dos governadores ofendidos por Bolsonaro fossem gravadas e exibidas na TV nada de muito diferente dos adjetivos com que eles foram brindados apareceriam referidos ao presidente. Se valer olhar pelo buraco da fechadura do banheiro nem o papa resiste. Se você é casado, tem um irmão, tem um sócio, tem um amigo com quem troca mensagens frequentes você sabe que escancarar o seu whatsapp na televisão e submete-lo a dias seguidos de “análises” por jornalistas com a obrigação de “dizer alguma coisa” 24/7, por “especialistas” em tudo e mais alguma coisa e por todos os inimigos que você fez na vida, a sua família, o seu negócio e as suas amizades não sobreviveriam.

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7 comentários:

  1. A divulgação do vídeo da já famosa reunião ministerial do dia 22 não continha nada do que o ex-ministro Sérgio Moro dizia ter e que ali estaria a prova de que Bolsonaro o pressionava para interferir na Polícia Federal. Provavelmente, o melhor resumo do que disse o presidente foi o da deputada estadual paulista Janaina Paschoal, ex-aliada do presidente e sua crítica contumaz: “Não vi crime algum nas imagens que foram a público. A fita que estou vendo reelege o presidente”. Confesso que não vi o que Moro andou dizendo que o vídeo mostraria, assim como acho que a eleição presidencial ainda está muito distante para o vídeo reelege-lo, mas ninguém pode negar que Bolsonaro deu um show de comunicação aos seus eleitores e até para seus adversários. Não há nenhum palavrão fora do contexto de uma conversa reservada, como era para ser uma reunião ministerial de rotina. Bolsonaro se comportou nessa reunião e depois na conversa que teve com jornalistas com a mesma autenticidade de quando era candidato. Foi o Bolsonaro de sempre, mais autêntico impossível. Acredito que reanimou até aqueles eleitores que estavam decepcionados com ele.De repente, a oposição que calou quando Lula disse tinha mulheres de grelo duro e que Pelotas exportava veados, ficou chocada com o vocabulário de Bolsonaro. Como se fosse um grupo de meninas virgens dentro de um bordel.

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  2. Brasília agora Políbio...muita gente nas ruas...
    Bolsonaro de helicóptero...
    Só verde e amarelo..
    Mito...2022...!!!

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  3. quem não resistiria à meia luz de um holofote jogado sobre suas vidas seriam muitos desses jornalistas que vivem ai pelas tvs e jornais kagando regras, condenando os outros, julgando-os com suas caras e bocas durante as reportagens e posando de homens cheios de virtudes, quase imaculados...

    uma olhada de leve com meia lupa e ja pegaríamos flagras de vários deles...

    alias, dois desses foram recém pegos em flagrante audio tecendo venenosas palavras contra um ex-colega de profissão...

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  4. Essa é a questão!!!

    Os falsos moralistas PTbas, eskerdebas e isentebas fingem sobre algo que fazem sempre!!!

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  5. A história está repleta de exemplos de sociedades que, em nome do saneamento da política, permitiram que gângsteres chegassem ao poder e, uma vez lá, por meio da propaganda e da intimidação, transformassem seus crimes em atos virtuosos, naturalizando sua imoralidade,
    Como consequência, todos os que tentassem impedi-los, fossem instituições ou partidos, eram, estes sim, considerados criminosos.
    Pois é exatamente o que se passa neste momento no Brasil (…).
    A solução encontrada por Bolsonaro para desafiar os limites a seu poder, bem ao estilo dos governos totalitários em que se inspira, foi começar a criar uma espécie de Estado paralelo, em que as normas que valem não são as inscritas na Constituição, mas as que vagam na sua cabeça. Conforme ele mesmo revelou na reunião ministerial, depois de se queixar de que os órgãos oficiais não lhe passam ‘informações’, Bolsonaro disse que dispõe de um ‘sistema de informações’ particular.
    Em outro momento, disse ele a apoiadores:
    "EU SOU A CONSTITUIÇÃO"...

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  6. Carlos Edison Domingues24 de maio de 2020 às 16:02

    POLÍBIO ! Encontrei, esta semana, um livro editado pela Livraria Francisco Alves, talvez década de 1920, sob o título de ULTIMAS Conferências e Discursos de OLAVO BILAC. No Capítulo XXVI interpretando o EXERCITO E A POLÍTICA, em pronunciamento feito "A guarnição e aos estabelecimentos de Porto Alegre,- 12 de outubro de 1916" assim se manifesta : "Como pode um militar, um verdadeiro conhecedor e um bom amigo de sua missão, trocar a sua independência pela dependência das transações das politicagem: trocar a linha recta e indivisa que a investidura militar traça ao soldado, pela triste linha tortuosa que as ambições impõem às camarilhas sem programa e aos corrilhos sem bandeiras; e trocar a sua moral integra e firme, fundada no dever, na disciplina, na justiça, por essas duas moraes paralelas da vida demagógica, - uma moral no lar e na vida íntima e outra moral na vida pública, uma condenando todas as traições na existência doméstica, e outra tolerando, aconselhando e praticando todas as mistificações e todas as deslealdades na existência partidária ?" (pag. 205). Esta interpretação a respeito da classe política no Brasil tem maia de 100 anos. Ao povo compete corrigir os erros, especialmente do Poder Legislativo, consequentemente o Judiciário é corrigido. Não se precisa dizer mais nada, frente ao momento que estamos atravessamos. Continuemos empunhando a Bandeira do Brasil ! Carlos Edison Domingues

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  7. Bolsonaro realiza um bom governo enfrentando uma massacrada perseguição mas o povo que nele votou a maioria permanece firme com ele

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