Prazo para adesão ao novo Refis poderá ser ampliado nesta quinta-feira

O residente da República em exercício, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, afirmou nesta terça-feira que editará, nesta quarta, a nova medida provisória do Refis, desde que haja um acordo entre o governo e o Congresso sobre o prazo de adesão. Pela regra vigente, o prazo para aderir ao programa de renegociação de dívidas de pessoas físicas e jurídicas com a União termina nesta quinta, mas o governo já decidiu estender a data-limite. 

Na semana passada, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse que o novo prazo para adesão ao Refis será 31 de outubro, mas essa data ainda não foi fechada,


As alterações implicam em queda na arrecadação prevista com o Refis, neste ano, de R$ 13 bilhões para menos de R$ 500 milhões. O governo espera arrecadar cerca de R$ 10 bilhões com o programa.

Um comentário:

Anônimo disse...

O comentarista Fábio Alves, do Broadcast do Estadão, numa sequência de elogios ao poder do ministro da Fazenda Henrique Meirelles – “o governo de Michel Temer não sobrevive sem Meirelles à frente do Ministério da Fazenda. E Temer sabe disso”, escreve ele – atribui a ele – e apenas a ele -o fato de não ter sido rebaixada a nota de risco do Brasil pelas agências internacionais de análise de crédito.

“E como isso foi possível? O crédito é totalmente de Meirelles. Notícias de bastidores dão conta de que o ministro teria ligado para os principais analistas de Brasil nas agências de rating e pedido um voto de confiança antes da decisão de piorar a nota soberana, o que teria repercussões para os preços dos ativos brasileiros.”

Assim mesmo, no estilo “la garantía soy yo”. Meio verdade, meio exagero, claro, porque essa turma do mercado financeiro internacional desconfia de camelô e veja-se, por isso, o fracasso das viagens internacionais de Michel Temer.

O mais interessante, porém, é o “remédio” que, segundo ele, um empresário paulista receita para permitir que as “reformas” agonizantes ganhem sobrevida e o mercado sorria, satisfeito, na esperança de que “passem”.

São duas vias.

A primeira, “uma crise internacional, levando a uma pressão significativa sobre o mercado brasileiro e, portanto, sobre os políticos, os quais poderiam se sentir forçados a aprovar um remédio amargo como instinto de sobrevivência.”

A segunda, a confirmação da condenação de Lula em segunda instância, tornando-o inelegível: “sem esse candidato competitivo a ameaçar uma mudança no poder a partir de 2019, os políticos ficariam menos receosos em aprovar medidas impopulares, como a reforma da Previdência, e não serem punidos nas urnas”.

Vê-se, portanto, que o “probleminha” a resolver é o povo: mantê-lo em desgraça para que a desesperança e o medo o deixem paralisado enquanto se destrói seu país.

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