O advogado Torquato Jardim é o novo ministro da Transparência. Ele é ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral.
Em Porto Alegre, a editora de Política de Zero Hora, Rosane Oliveira, chegou a cogitar, hoje, que Ibsen Pinheiro iria para o cargo. Ela se enganou.
Por que a CGU virou ministério da Transparência
A escola burocrática de administração surgiu da ideia de
desconfiança nas relações. A burocracia existe porque não há confiança na ação
dos agentes. Assim havia a necessidade de um órgão de controle.
O que a CGU fazia era fiscalizar se as ações dos órgãos
públicos estavam seguindo a letra morta da lei. Assim, verificavam se o
servidor publico, por exemplo, exigiu a cópia autenticada frente e verso do
comprovante de residência do cidadão para conceder um benefício garantido por
lei.
No sentido oposto, quando há confiança nas relações, esse
controle burocrático deixa de ser necessário.
Mas para que haja confiança, acima de tudo, há que ter
TRANSPARÊNCIA nas relações.
Na nova era da Revolução Científico-Tecnológica, quando
os processos administrativos passam a ser digitais e online, o controle do
governo é feito pela sociedade (e não o contrário).
Por isso, o fim da Controladoria-Geral da União,
transformada em Ministério da Transparência é um sinal de avanço, que coaduna
com as mudanças que estamos vivendo.
A tentativa de carimbar essa mudança como tentativa de
impedir o controle da corrupção é uma falácia promovida por aqueles que tentam
desestabilizar o novo governo.
Anderson Teixeira Gonçalves, servidor público federal.