As prisões temporárias de 17 dos 23 empreiteiros termina amanhã, mas o juiz Sérgio Moro poderá prorrogá-las. Eles começaram a ser ouvidos no Paraná. Os outros cinco cumprem prisão preventiva, cujo prazo de confinamento é muito maior. No final de semana, todos pediram habeas corpus no TRF4, Porto Alegre, que negou tudo, dada a robustez das provas.
Em longa entrevista que concedeu hoje ao jornal Folha de S. Paulo, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, disse esperar que a prisão de executivos e presidentes de grandes empreiteiras do país na
operação Lava Jato faça com que muitos dos detidos busquem o instituto da
delação premiada para tentar reduzir o tamanho de suas penas.
"Isso é um rastilho de pólvora. Quando um começa a
falar, o outro diz: Vai sobrar só para mim?'. E aí eles começam a falar
mesmo."
. Na entrevista, Rodrigo Janot não quis listar nomes de políticos que foram corrompidos, mas confirmou que esta será a próxima fase. Ele não disse até que escalão irá o caso, mas avisou que depois de tudo, com certeza haverá reforma política e o País sairá melhor da crise.
. Questionado sobre a possibilidade de haver uma quadrilha
operando no desvio de recursos da Petrobras, Janot afirma que "em
princípio sim, tudo indica que sim, mas está cedo para falar ainda".
. À Folha, o procurador fez ainda um balanço de sua gestão
no comando do Ministério Público e rechaçou críticas de que recomendou o
arquivamento de muitos inquéritos no Supremo Tribunal Federal desde que assumiu
o cargo, em setembro de 2013.
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