A revista Veja adiantou esta noite os termos da reportagem de capa que publica na edição das eleições. É a bala de prata que abaterá Dilma. Em depoimento prestado na última terça-feira, o doleiro
que atuava como banco clandestino do petrolão implica a presidente e seu
antecessor no esquema de corrupção. É caso de cadeia. Lula pode ser preso a qualquer momento, já que não tem foro privilegiado, bastando que o juiz federal Sérgio Moro assim decida. Dilma, no entanto, enfrentará julgamento político no Congresso (impeachment) antes ou depois das eleições, caso seja eleita apesar dos crimes narrados por Veja. Leia mais:
Na última terça-feira, o doleiro Alberto Youssef entrou
na sala de interrogatórios da Polícia Federal em Curitiba para prestar mais um
depoimento em seu processo de delação premiada. Como faz desde o dia 29 de
setembro, sentou-se ao lado de seu advogado, pôs os braços sobre a mesa, olhou
para a câmera posicionada à sua frente e se colocou à disposição das
autoridades para contar tudo o que fez, viu e ouviu enquanto comandou um
esquema de lavagem de dinheiro suspeito de movimentar 10 bilhões de reais. A
temporada na cadeia produziu mudanças profundas em Youssef. Encarcerado desde
março, o doleiro está bem mais magro, tem o rosto pálido, o cabelo raspado e
não cultiva mais a barba. O estado de espírito também é outro. Antes afeito às
sombras e ao silêncio, Youssef mostra desassombro para denunciar, apontar e
distribuir responsabilidades na camarilha que assaltou durante quase uma década
os cofres da Petrobras. Com a autoridade de quem atuava como o banco
clandestino do esquema, ele adicionou novos personagens à trama criminosa, que
agora atinge o topo da República. Perguntado sobre o nível de comprometimento
de autoridades no esquema de corrupção na Petrobras, o doleiro foi taxativo:
— O Planalto sabia de tudo!
— Mas quem no Planalto?, perguntou o delegado.
— Lula e Dilma, respondeu o doleiro.
Mais, amanhã, na revista, ou no debate da Globo.