Ao lado, Jabor, respondendo ao governador Tarso Genro.
Num artigo intitulado "Das advertências que vem de lá", o governador Tarso Genro resolveu duelar com o jornalista Arnaldo Jabor, reduzindo toda discussão a uma síntese dialética brega, a única que consegue emplacar desde que fez leitura mal digerida de Lênin: o mundo está dividido entre socialistas (comunistas) e não socialistas (capitalistas). Ele diz que no Brasil, hoje, o que está sendo preparado pela grande mídia e pela direita, que é beneficiária conjuntural das suas manipulações, é a intolerância. Tarso tem procurado polemizar com outros jornalistas em busca de 3 segundos de exposição na mídia nacional, mas todos eles o ignoram solenemente. O editor recomenda a leitura, mas não se responsabiliza pelo mau humor que dominará quem se atrever a ir até o final. Leia:
O colunista Arnaldo Jabor no jornal Estado de São Paulo
(06.05), termina uma coluna política da sua lavra, com o seguinte apelo:
"O Brasil está sofrendo uma mutação gravíssima e nossas cabeças também. É
preciso tirar do poder esses caras que se julgam 'sujeitos da história'. Até
que são mesmo, só que de uma história suja e calamitosa". Este texto foi
publicado no curso de uma campanha da mídia tradicional, não somente contra o
governo da Presidenta Dilma, mas já combinada com uma campanha contra o Estado
e contra os partidos em geral, especialmente contra tudo que cheira esquerda.
Esta cruzada já está contaminando, igualmente, a
suposta isenção da cobertura eleitoral, bem como a importância das eleições
presidenciais. Já festejam que quase 70% dos eleitores não gostariam de
votar em 2014. De outra parte, a campanha contra Petrobrás e a favor de uma
CPI, como se esta tivesse interesse em investigar corrupção e ilegalidades - de
resto já sob análise do MP e da Polícia Federal - alcançou um paroxismo inédito.
Não há mais noticiário político, nas televisões,
com um mínimo de equilíbrio. Aliás, os informativos tratam,
principalmente,de crimes (assassinatos em especial), incêndios de ônibus nas
grandes capitais; tratam de deficiências na prestação dos serviços públicos
(com fatos singulares, como se fossem característicos das prestações dos
serviços estatais); tratam de pequenas e grandes corrupções, com
acompanhamento (para humilhar) do cumprimento da pena do ex-Ministro José
Dirceu (já privilegiando a visita da sua filha!); tratam da impropriedade
do BNDES subsidiar investimentos que promovem empregos.
Certamente o fazem para que esqueçamos um fato já
notório, atestado por juristas insuspeitos: Dirceu e Genoíno foram condenados
sem provas, depois uma formidável pressão, promovida para desgastar a memória
positiva, no meio popular, dos governos do Presidente Lula.
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