O governo estadual e as prefeituras estão em polvorosa desde
o final da semana, quando receberam o aviso de que o governo federal decidiu que bancará menos da metade dos cursos e vagas para o chamado ensino
profissionalizante que querem os prefeitos de 200 municípios do RS, tudo no âmbito do Pronatec (Programa
Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego. O ministério do Desenvolvimento Social garantiu as 95 mil vagas, mas os prefeitos abriram inscrições sem obedecer os limites, forçando acordos com Senai e Senac.
. Em todos os municípios, amplas campanhas de recrutamento
foram feitas, 200 mil vagas teriam sido prometidas e agora ninguém mais sabe como
fazer com as inscrições que começam nesta segunda e com os cursos programados a
partir de março.
. O secretário gaúcho do Trabalho, Luís Lara, disse que não terá encontro com a ministra do Desenvolvimento
Social, Tereza Campello, mulher do deputado petista Paulo Ferreira, do RS, que
foi quem passou as ordens dos cortes. É que ele já garantiu as 95 mil vagas para este ano, que já são em número maior do que o total oferecido em dez anos, no período 2000 a 2009, inclusive. A média anual até o início do atual governo era de 1.500, mas o número avançou para 65 mil no ano passado e 95 mil este ano. O secretário Luís Lara acha que até poderá chegar aos 200 mil, mas isto dependerá de futuras negociações, muito depois do que já acertou. O RS é o segundo Estado mais contemplado pelo Pronatec. No RS, as prefeituras dão prioridade à formação de dependentes do Bolsa Família.
. O governo federal alega falta de dinheiro.
. O Pronatec foi programado para funcionar em 497
municípios. Até agora, aderiram 200 deles.