Começaria dizendo que a vaquinha mencionada é para ajudar
criminosos, condenados pelo Supremo Tribunal Federal por uma MAIORIA de juízes
(e não por um só), a pagar uma MULTA (e não uma “conta”). Faz muita diferença.
Segundo que somente estão pagando uma MULTA porque ROUBARAM algo, no caso os
nomes dos crimes são peculato, formação de quadrilha, falsidade ideológica e
outros mais, podendo-se escolher à vontade.
. Daria para esmiuçar linha por linha, palavra por palavra
do que escreveu Rosane para o jornal de domingo. Não é justo com ela que eu o
faça. Seria covardia minha contrapor as frases mal escritas, denunciadas por um
raciocínio insuficiente, seja moral, seja ética, seja judicial, seja
legalmente. Não teria fim.
. Maquiavel já dizia: “Fuja dos bajuladores, pois que são
como o carvão: apagado, suja; aceso, queima”. Aristóteles, muito antes dele,
disse “O adulador é um amigo que é ou muito inferior ou que finge muito bem
sê-lo”. Em ambos os casos, a bajulação explícita é explicada por … medo!
. A bajulação explícita no texto de Rosane pode ser vista
de algumas formas. A primeira delas é que a RBS foi, novamente, alvo de ataques
físicos por parte do “bloco de lutas”. A luta do tal bloco é contra tudo que
signifique liberdade e democracia. Para o tal bloco, a RBS é algo que se
aproxime de liberdade, de democracia e, portanto, deve ser combatido. Atacar
fisicamente a RBS, com pedras, bombas caseiras ou qualquer outra “ferramenta da
luta”, é atacar, também – E FISICAMENTE – seus funcionários, pessoas, seres
humanos que lá labutam honestamente.
Ora, a coisa começa a se tornar mais matemática do que
nunca. Há, sim, um enorme risco para as pessoas que lá trabalham, pois que um
coquetel Molotov pode fazer um prédio pegar fogo! Quem não sabe que isso é
possível? Uma pedra pode acertar uma pessoa defronte um computador escrevendo
uma resenha de novela, esfacelando um crânio e uma vida. Alguém não sabia
disso?
Eis, portanto, algo que pode explicar, ainda que
minimamente, a bajulação desenfreada que protagoniza Rosane de Oliveira, talvez
na tentativa de criar uma divergência, para que os manifestantes decidam, quem
sabe, escolher outro alvo para apedrejar, incendiar, destruir que não o local
onde trabalham ela e milhares de outras pessoas, diária e honestamente. Rosane
escreve, quem sabe, tentando criar uma barricada que não dependa da hoje
volátil Brigada Militar, uma Instituição que é, também, alvo escancarado do
mesmo bloco de lutas e de outras tantas falanges de esquerda radical.
É tarde, Rosane. Não adianta tentar adular mensaleiros, fazendo-os
outra coisa senão criminosos condenados. Não adianta chamar de “companheiros”
os condenados presos e os que ainda o serão. Agora é tarde para bajular o
escorpião que governa, pois que ou já estamos por sobre seu lombo em águas
profundas, onde seremos afogados, ou seremos picados mortalmente ao chegar à
margem.
Agora está mais do que na hora de ver a lei triunfar, da
liberdade prevalecer e da democracia vicejar. Mais do que nunca, é hora de se
levantar contra o que está errado e não edulcorar o que é errado. Fica feio,
fica chato.
. E agora não tem volta mais: é hora de ter coragem, de não
ficar quieto, de responder, de enfrentar o que está ruim.
. Mais do que nunca, está na hora de repudiar vaquinhas,
mas principalmente as de presépio.