O Planalto disse que na foto Dilma estava acabrunhada, mas não é o que parece. A outra foto é de Tarso, mais desinibido e sem remorso.
A foto tirada pelo fotógrafo da CBF (Confederação
Brasileira de Futebol), Ricardo Stuckert, com Dilma Rousseff e José Maria Marin
sorridentes no Estádio Nacional, agravou a crise entre Governo Federal e CBF. O
estafe da presidente considerou o retrato "forçado", enquanto o site
da confederação diz que a foto "é significativa e fala por si".
A equipe de Dilma afirma que a presidente, vítima de
tortura no regime militar, ficou extremamente constrangida ao assistir à
partida ao lado do dirigente. Em sua época de deputado, o presidente do COL
(Comitê Organizador Local) e da CBF elogiou Sérgio Fleury, considerado um dos
principais torturadores do período da ditadura.
Tal constrangimento teria feito com que Dilma mantivesse
a decisão de conservar a maior distância possível do cartola, encontrando-se
com ele apenas quando for inevitável, como na abertura da Copa das
Confederações, no último sábado, em Brasilia.
No portfólio de Stuckert está uma foto de Marin com o
tucano Fernando Henrique Cardoso no Maracanã. Mas nem sempre as investidas do
presidente da CBF são bem sucedidas. Antes do amistoso contra a França, em
Porto Alegre, ele participou de um almoço com Tarso Genro, governador do Rio
Grande do Sul, que ao final do encontro descartou ser o intermediário de uma
aproximação entre o dirigente e Dilma.