Ele saiu do meio do povo e não voltou mais. Lula só anda com bilionários, exige jatos particulares para ir a cofnerências e só quer saber de Johnnie Walker Rótulo Azul. O pai dos pobres gosta de viver bem.
O editor leu, anotou atentamente e decidiu replicar o artigo a seguir de José Roberto Guzzo, revista Veja desta semana, que trata de informar que a elite brasileira é acusada todo santo dia pelo
ex-presidente Lula de ser a inimiga número 1 do Brasil — uma espécie de mistura
da saúva com as dez pragas do Egito, e culpada direta por tudo o que já
aconteceu, acontece e vai acontecer de ruim neste país, coisa que talvez seja correta, mas que na verdade está mesmo é alinhada com Lula e os governos do PT. Lula não trabalha, não no sentido que a palavra "trabalho" tem para o brasileiro comum, desde os 29 anos de idade, e transformou-se no queridinho de muita gente, inclusive da elite. Leia tudo:
É possível até que (Lula) tenha razão, pois se há alguma coisa acima de qualquer discussão é a inépcia, a
ignorância e a devastadora compulsão por ganhar dinheiro do Erário que inspiram
há 500 anos, inclusive os últimos dez e meio, a conduta de quem manda no país,
dentro e fora do governo. O diabo do problema é que jamais se soube exatamente
quem é a elite que faz a desgraça do Brasil. Seria indispensável saber:
sabendo-se quem é a elite, ela poderia ser eliminada, como a febre amarela, e
tudo estaria resolvido. Mas continuamos não sabendo, porque Lula e o PT não
contam. Falam do pecado, mas não falam dos pecadores; até hoje o ex-presidente
conseguiu a mágica de fazer discursos cada vez mais enfurecidos contra a elite,
sem jamais citar, uma vez que fosse, o nome, sobrenome, endereço e CPF de um
único de seus integrantes em carne e osso. Aí fica difícil.
Mas a vida é assim mesmo, rica em perguntas e pobre em
respostas; a única saída é partir atrás delas. Na tarefa de descobrir quem é a
elite brasileira, seria razoável começar por uma indagação que permite a
utilização de números: as elites seriam, como Lula e o PT frequentemente dão a
entender, os que votam contra eles nas eleições? Não pode ser. Na última vez em
que foi possível medir isso com precisão, no segundo turno das eleições
presidenciais de 2010, cerca de 80 milhões de brasileiros não quiseram votar na
candidata de Lula, Dilma Rousseff: num eleitorado total pouco abaixo dos 136
milhões de pessoas, menos de 56 milhões votaram nela. É gente que não acaba mais.
Nenhum país do mundo, por mais poderoso que seja, tem uma elite com 80 milhões
de indivíduos. Fica então eliminada, logo de cara, a hipótese de os inimigos da
pátria serem os brasileiros que não votam no PT.
As elites seriam os ricos, talvez? De novo, não faz
sentido: os ricos do Brasil não têm o menor motivo para se queixar de Lula, dos
seus oito anos de governo ou da atuação de sua sucessora.
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