Em 2011, assessoria do ex-presidente pediu inclusão de executivo da Odebrecht em delegação brasileira para ir à África. Itamaraty estranhou pedido e solicitou informações. Dilma defende viagens de petista ao exterior
FERNANDO MELLO
FLÁVIA FOREQUE
DE BRASÍLIA
Na única viagem internacional em que o ex-presidente Lula
foi designado representante oficial do governo Dilma Rousseff, o petista pôs
entre os membros da delegação um diretor da Odebrecht. Como a Folha revelou anteontem, a relação de Lula com
empreiteiras é próxima: elas pagaram quase a metade de suas viagens
internacionais como ex-presidente.
O pedido para a inclusão do diretor da construtora na
delegação foi feito em 2011, na viagem de Lula para Malabo, capital da Guiné
Equatorial, para participar da Assembleia da União Africana.Ele causou estranhamento no Itamaraty, que cobrou
informações da assessoria do ex-presidente -que era chefe da delegação
brasileira.
Lula já havia visitado a Guiné Equatorial como presidente
em julho de 2010.
No país há quatro empresas brasileiras com grande
atuação: ARG, Andrade Gutierrez, Queiroz Galvão e OAS. A Odebrecht entrou na Guiné Equatorial após a visita de
Lula, sendo favorita para obras na parte continental, onde está sendo
construída uma capital administrativa. Em telegrama de 27 de junho de 2011, a embaixada
brasileira em Malabo informou ter solicitado informações à assessoria de Lula
sobre Alexandrino Alencar, que integraria a comitiva.
Alencar é diretor da Odebrecht e não estava na lista
oficial enviada ao Itamaraty. Seu nome apareceu "em mensagem recente
enviada a esta embaixada por aquela assessoria [de Lula]", informou
Francisco Chaves do Nascimento Filho, encarregado de negócios da embaixada. Hoje Alencar é o responsável pelo Desenvolvimento de
Negócios da Odebrecht. A relação dele com Lula é antiga. No livro "Mais Louco do Bando", Andrés Sanchez,
ex-presidente do Corinthians, relata uma viagem em 2009 que Alencar fez a
Brasília junto com Emílio Odebrecht, presidente do conselho de administração da
empresa.
Na ocasião, diz o livro, Lula comentou que os
representantes da Odebrecht "podiam dar uma mão" para o Corinthians
construir seu estádio.
Em resposta, segundo Sanchez, Odebrecht prometeu tratar o
assunto "com muito carinho". Hoje a empresa é a responsável pela
obra.
- Fotos ao lado são do lançamento do livro em Santa Maria. COMPRE CABO DE GUERRA
Últimos exemplares
499 páginas, 39 capítulos 5 cadernos cm 70 fotos, R$ 75,00
Tudo sobre o enfrentamento político entre o Eixo do Mal e o governo Yeda Crusius
Os assassinatos de Marcelo Cavalcante e Milton Kruger, com trechos inéditos dos inquéritos policiais + A agenda de Da Camino durante a CPI do Detran + 5 capítulos sobre a Farsa da Rodin e os acordos entre PF, MPF, Feijó, PSOL, PT, Tarso e a RBS + O déficit zero explicado com provas + As perseguições do governo Lula contra o RS + Tudo sobre os êxitos e fracassos do govenro Yeda.
COMPRE AGORA pelo e-mail polibio.braga@uol.com.br Entrega grátis em até 48h por Sedex.
- Fotos ao lado são do lançamento do livro em Santa Maria. COMPRE CABO DE GUERRA
Últimos exemplares
499 páginas, 39 capítulos 5 cadernos cm 70 fotos, R$ 75,00
Tudo sobre o enfrentamento político entre o Eixo do Mal e o governo Yeda Crusius
Os assassinatos de Marcelo Cavalcante e Milton Kruger, com trechos inéditos dos inquéritos policiais + A agenda de Da Camino durante a CPI do Detran + 5 capítulos sobre a Farsa da Rodin e os acordos entre PF, MPF, Feijó, PSOL, PT, Tarso e a RBS + O déficit zero explicado com provas + As perseguições do governo Lula contra o RS + Tudo sobre os êxitos e fracassos do govenro Yeda.
COMPRE AGORA pelo e-mail polibio.braga@uol.com.br Entrega grátis em até 48h por Sedex.