Dilma já não estaria mais interessada nos favores de Valter Cardeal.
"O Cardeal está mais para sacristão". Este é o
infame trocadilho que circula pelos corredores da Eletrobras, numa sarcástica
alusão ao enfraquecimento do diretor de geração da estatal, Valter Luiz
Cardeal. Um dos principais colaboradores de Dilma Rousseff desde os tempos em
que ela comandava o Ministério de Minas e Energia, o executivo é visto hoje
dentro da companhia como uma lâmpada queimada. Na bolsa de apostas da
Eletrobras, já se dá como certa sua saída do cargo no fim do ano. Aos poucos,
Cardeal tem sido escanteado pelo Planalto das principais decisões relacionadas
à própria área de geração, seja por causa de seu esvaziamento político, seja
até mesmo em razão de equívocos técnicos.
. O caso mais recente e emblemático envolve as discussões
em torno do modelo das futuras hidrelétricas do Amazonas. Cardeal defendeu
abertamente a construção de reservatórios nos novos empreendimentos, a começar
pelas usinas do Tapajós e do Rio Madeira. No entanto, os estudos de viabilidade
eletrocutaram sua proposta. Nos dois casos, não há condições geológicas para o
represamento da água. As hidrelétricas terão de seguir o modelo fio d´água, no
qual a energia é gerada a partir do curso natural do rio. A descoberta, no
entanto, só veio após Dilma Rousseff, convencida pela avaliação de Cardeal,
disseminar publicamente que as novas usinas deveriam ter reservatórios, algo
que se revelou inexequível. É sintomático que a presidente e, sobretudo, o
próprio ministro Edison Lobão não tenham feito mais qualquer menção ao modelo
de construção das novas usinas. A ideia do governo é esperar a poeira baixar.
Até lá, Cardeal deve ser excomungado.
Para assinar: www.relatorioreservado.com.br.
Políbio:
ResponderExcluirFavor corrigir: EletroPTbrás.
O mercadante ja tomou o lugar dele faz tempo.
ResponderExcluir