A presidente Dilma Rousseff completa meio mandato com um
balanço econômico assustador - dois anos de produção estagnada, investimento
em queda, inflação longe da meta, exportação emperrada e contas públicas em
deterioração. Desemprego baixo e um consumo ainda vigoroso são os dados
positivos, mas insuficientes para garantir a reativação de uma indústria sem
músculos para disputar espaço nos mercados. Sobram palavras: um discurso
triunfal sobre um "novo modelo macroeconômico", baseado em juros mais
baixos e câmbio menos valorizado, promessas de grandes obras de
infraestrutura e de reformas de amplo alcance. De concreto, houve a redução
dos juros, o que certamente contribuiu para o aumento da popularidade de
Dilma. Um balanço provisório basta para mostrar o alto custo dos erros
cometidos em dois anos pelos condutores da política econômica, liderados, é
bom lembrar, por uma presidente voluntariosa.
O crescimento econômico deste ano está estimado em torno
de um por cento por economistas do Banco Central (BC), do mercado financeiro e
das consultorias mais importantes. Esse resultado seria mim em qualquer
circunstância, mas no caso brasileiro há uma circunstância especial.
. No ano anterior o Produto Interno Bruto (PIB) havia
aumentado apenas 2,7%. O País perdeu o passo entre os emergentes de todo o
mundo.
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