- Nada justifica a presença de Dilma Roussef em Porto Alegre para descansar. A população sofredora do Rio, atravessa situação de desespero por falta de abrigo e ajuda. É a hora de decretar estado de emergência e de calamidade pública, conforme a Lei 12340 de 01 de dezembro de 2010, além de instalar um gabinete de crise na região conflagrada, que continua tão viva quanto era há dez dias. A presença da presidente e seu ministério agilizaria ações de apoio, sobretudo militares, e a edição de atos, sem contar o apoio pessoal da chefe do governo, que não é só Mãe do PAC, mas mãe de todos os brasileiros que sofrem.
CLIQUE AQUI para ler a análise "Desleixo assassino", Eliane Cantanhêde, Folha deste domingo.
A proporção da tragédia do Rio de Janeiro, a maior do gênero em toda a história do Brasil, não é acompanhada pela presença física indispensável do governador Sérgio Cabral e da presidente Dilma Roussef na cena dos desastres que comovem todo o País. É a hora da presidente repetir o que fez o presidente chileno Sebastian Piñera, que acampou na boca da mina onde estavam soterrados 18 mineiros. É certo que Dilma Roussef liberou recursos para ajuda e deslocou-se para um rápido vôo de pássaro sobre a região conflagrada, mas em seguida retomou suas atividades burocráticas, inclusive uma adiável reunião ministerial, onde foi flagrada pelas câmaras de TV, rindo alegremente - risos impróprios e indecentes para a ocasião. Pior ainda: nesta sexta, 23h10m, a presidente desembarcou em Porto Alegre para passar o final de semana, como se fosse possível pensar em passear e descansar num momento em que todas as emissoras de TV mostram full time aos brasileiros, as incríveis cenas de sofrimento e morte nas ruas e encostas das principais cidades do Rio de Janeiro, onde o socorro parte do exército de voluntários e não dos agentes dos governos, que nem parecem saber o que está acontecendo e nem como agir. A nota a seguir, da revista Veja, mostra que as autoridades já sabiam desde 2008 que isto tudo aconteceria e exatamente onde aconteceu, mas não apenas não tomaram providências materiais, como sequer estabeleceram planos de contingência para socorrer a população desamparada.
Clipping
Revista Veja
Governo sabia de risco na região serrana do Rio desde 2008
O governo do Rio de Janeiro sabia do risco das chuvas na região serrana do estado desde novembro de 2008. Segundo reportagem publicada na edição de sábado do jornal Folha de S.Paulo, um estudo foi encomendado na ocasião para avaliar a situação das moradias no local e mapear as prováveis áreas de perigo. Nova Friburgo, Teresópolis e Petrópolis foram apontadas à época como as cidades mais vulneráveis.Em caso de chuvas fortes, a geografia peculiar da região – ocupação urbana em uma área montanhosa e com planícies fluviais – conferia às cidades o potencial de “gerar efeitos de grande magnitude”. Em entrevista ao jornal, o secretário do Ambiente do Rio de Janeiro, Carlos Minc, disse que só faltou retirar os moradores das áreas de risco mapeadas pelo estudo.O governo do Rio de Janeiro gastou 10 vezes mais recursos em obras de remediação aos desastres naturais do que em ações para preveni-los. Em 2010, o estado despendeu 80 milhões de reais para reconstruir áreas devastadas da capital, Angra dos Reis e Niterói. No mesmo ano, foram gastos 8 milhões de reais em projetos de prevenção aos deslizamentos, contenção de encostas e remoção de moradias em áreas de risco.
CLIQUE AQUI para ler este artigo. Ele alinha números terríveis: 1) custa 14 vezes mais caro remediar do que prevenir. 2) dinheiro de desastres no governo Lula, foram preferencialmente para a Bahia e menos para as áreas que sofreraram tragédias.
Tem mais.
Ouça André Rieu, na surpreendente Brazil Symphony, no Royal Albert Hall
André Rieu é surpreendente nesta Brazil Symphony, no belo Royal Albert Hall, de Londres. É o presente de sábado do leitor Guilherme Villela, ex-prefeito de Porto Alegre, na manhã deste sábado.
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Consultora da ONU diz: "Brasil não é Bangladesh". Não é ?
As cenas chocantes, dramáticas, revoltantes, incendeiam qualquer coração e mente que não aceita o descaso com que as autoridades federais e estadual fluminense trataram e tratam as repetidas tragédias que ocorrem no Rio de Janeiro.
. "O Brasil não é Bangladesh e não tem desculpa", verb alizou uma consultora externa da ONU, Debarati Guha-Sapir, na entrevista a seguir que esta página reproduz. É entrevista no Estadão deste sábado. O Rio, este sim, precisa de um PAC da Tragédia.
. Leia o que escreve o jornal de hoje: "O Brasil não é Bangladesh e não tem nenhuma desculpa para permitir, no século 21, que pessoas morram em deslizamentos de terras causados por chuva."O alerta foi feito pela consultora externa da ONU e diretora do Centro para a Pesquisa da Epidemiologia de Desastres, Debarati Guha-Sapir. Conhecida como uma das maiores especialistas no mundo em desastres naturais e estratégias para dar respostas a crises, Debarati falou ao Estado e lançou duras críticas ao Brasil. Para ela, só um fator mata depois da chuva: "descaso político."
CLIQUE AQUI para ler tudo.
Nota do editor - Leia também a hora da autocrítica de Cabral nunca chega. Clique aqui.
. "O Brasil não é Bangladesh e não tem desculpa", verb alizou uma consultora externa da ONU, Debarati Guha-Sapir, na entrevista a seguir que esta página reproduz. É entrevista no Estadão deste sábado. O Rio, este sim, precisa de um PAC da Tragédia.
. Leia o que escreve o jornal de hoje: "O Brasil não é Bangladesh e não tem nenhuma desculpa para permitir, no século 21, que pessoas morram em deslizamentos de terras causados por chuva."O alerta foi feito pela consultora externa da ONU e diretora do Centro para a Pesquisa da Epidemiologia de Desastres, Debarati Guha-Sapir. Conhecida como uma das maiores especialistas no mundo em desastres naturais e estratégias para dar respostas a crises, Debarati falou ao Estado e lançou duras críticas ao Brasil. Para ela, só um fator mata depois da chuva: "descaso político."
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